domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma Música Brutal - Décimo Quinto Capítulo


- Sinto muito... mas aconteceu... – eu murmurei. Ele balançou a cabeça.

- Sim, foi um acidente. Estou correto? – ele perguntou sem tirar as mãos de mim. Eu balancei a cabeça em afirmação. Então ele sorriu sarcasticamente. – Assim como isto aqui será tratado como um acidente! – Victor gritou me jogando contra o chão novamente. Eu cai me encolhendo, abraçada entre os joelhos. Ele abaixou também, puxou meu cabelo até que eu o encarasse. Fechei meus olhos instintivamente, pois o terror só fazia aumentar quando eu encarava aquele olhar frio de Victor em cima de mim. – Abra os olhos, sua vadia! – ele falou batendo em meus rosto repetidas vezes. Conseguiu por fim que eu abrisse os olhos. – Você não vai ter esse filho. Entendeu? – ele me balançou.

- Pelo amor de Deus, Victor. O que pretende fazer? – Victor não respondeu. Apenas levantou e parou a um passo da posição em que eu estava. Então ele aumentou o som que ainda repetia a mesma música insistentemente, tornando o ambiente mais assolador ainda. Então ele cuspiu acertando meu rosto.

Uma Música Brutal - Décimo Quarto Capítulo


Despertei aos poucos tentando descobrir onde estava. Olhei ao redor e logo vi Samantha presa a uma poltrona. Tentei me levantar, mas percebi que também estava toda acorrentada em cima de uma espécie de maca de hospital, um pouco mais larga. Analisei o ambiente obscuro, parecia um calabouço. Havia uma escada que levava para cima, deduzi que estávamos em algum subsolo. Voltei novamente meus olhos para Samantha, ela parecia estar desmaiada, então comecei a chamá-la.

- Samantha! – eu balbuciei. – Samantha! – falei um pouco mais alto, mas ela não respondia. Então apelei e gritei. – Samantha! – ela despertou na mesma hora abrindo seus olhos arregalados. Olhava assustada para todos os cantos daquele ambiente, assim com eu fiz. Depois pousou seu olhar em mim.

- Como você está, Letícia? – ela perguntou.

- Bem, na medida do possível! – eu respondi.

- Tenho que achar uma forma de pegar meu celular!

- E como pretende fazer isso? Está toda amarrada!

- Vou pedir para usar o banheiro!

Uma Música Brutal - Décimo Terceiro Capítulo

- Vamos Lê, diga à ela o que há de errado com você! – o homem falou com o tom sombrio de sua voz. Samantha o encarou, assustada. Ela não havia dito meu nome antes, e ela teve que se esforçar para descobrir como ele sabia que Letícia era eu.

- Victor! – ela pronunciou quase sem voz. Quando ela se virou para encará-lo Victor já exibia uma arma em sua mão. – Eu sinto muito, Letícia. Eu acho que não deveria ter aberto a porta! – ela considerou depois de ver nos olhos de Victor que ele certamente não tinha boas intenções. – Por favor, não faça nada com ela! Só peço isso! – Samantha falou perplexa. Seu rosto pálido não escondia suas emoções, estava apavorada. Eu respirava fortemente, tentava manter o controle sobre eu mesma, mas era impossível. – Sente-se, Letícia. Por favor, fique calma! O seu estad... – ela ia completar, mas eu sacudi a cabeça.

- Por favor, não diga nada sobre a gravidez. Eu imploro! – eu murmurei. Samantha concordou com a cabeça.

- Céus, como eu sou estúpida! – Samantha se lamentou.

- Eu esperava vir num momento em que ela estivesse sozinha. – Victor falava, pensativo. – Mas sempre havia alguém com ela. Então eu pensei que com você aqui talvez pudesse ser mais fácil! – Ele olhou para Samantha. – Seja esperta, Samantha. Meu negócio é com Letícia. Você tem uma escolha: fique aqui no apartamento enquanto eu carrego Letícia ou a forço a vir comigo também! Mas vai ser pior se decidir se meter no meu caminho! – ele soava ameaçador e agora deixava a arma que trazia consigo a nossa vista, para reafirmar o tom de ameaça. Aquilo era um seqüestro e ele não estava pra brincadeira.

- Samantha, fique... – eu murmurei pensando que ela não tinha que estar lá. Ela não tinha culpa de nada, não deveria ser levada só por minha causa.

Uma Música Brutal - Décimo Segundo Capítulo

Pelo menos uma coisa não havia acontecido mais, Victor parecia ter se distanciado. Nenhum outro sinal depois daquele dia. Apenas os pesadelos me atormentavam, era quase uma rotina. Eu agora tinha duas mais novas amigas. Suzy e Samantha se fizeram tão presentes quanto nunca. Nem parecíamos ter nos conhecido há tão pouco tempo. Já faziam dois meses depois da notícia de minha gravidez. Eu, obviamente, já estava tendo acompanhamento médico. Por ser uma dançarina ativa, a barriga estava demorando a aparecer e só meus seios já estavam começando a ficar inchados. Mas quem olhava não percebia que eu estava grávida, exceto pelo fato de estar tão sensível. Dérick e Carlos estavam bem mais atenciosos e cuidadosos comigo. Enfim eu tinha a família que nunca tive antes. Uma família diferente, mas uma família.

*****
A aula daquela manhã não estava rendendo para mim. Os enjôos decorrentes da gravidez eram outro sintoma forte e aquela sala de aula fechada repleta de perfumes de diferentes odores e marcas não estavam me fazendo muito bem. Mesmo assim resolvi assistir a aula até o final, pois em breve eu teria que trancar a faculdade e quanto mais adiantada eu estivesse melhor. A aula foi salva, mas os estudos da tarde tiveram que ficar para outra hora. Liguei para Dérick perguntando se ele poderia vir me buscar, mas ele estava com um pequeno problema no Clube dele e de Enzo, o Segredos das Mil e Uma Noites, mas conhecido como “Segredos” apenas . Ele até queria abandonar o que estava fazendo para vir ao meu encontro, mas eu pedi que não o fizesse. A última coisa que eu queria era parecer um “problema” para os outros. Carlos estava em outra cidade bem próxima, a trabalho. Só me restava incomodar outra pessoa...

- Alô, Samantha?

Uma Música Brutal - Décimo Primeiro Capítulo

Acordei na madrugada devido ao pesadelo e também com um barulho que vinha do interior do apartamento. Risadas, cochichos... Carlos estava de volta! Examinei o relógio de cabeceira, marcavam cinco e meia da manhã. Eu até que havia dormido bem afinal.

Levantei, vesti o baby-doll e fui até o banheiro lavar o rosto. Faziam alguns dias que estes pesadelos me atormentavam. Novamente a mesma cena de Victor me perseguindo e eu perseguindo Dérick. Soava estranho, mas eu me preocupava em não pensar muito sobre o sonho. Talvez eu estivesse mesmo grávida. Mulheres neste estado costumam ter pesadelos... ou não?

Olhei para a minha cama, Dérick dormia como um anjo. Um anjo dominador, talvez o arcanjo Miguel. O simples pensamento me fez fantasiar com Dérick vestido como um anjo, um guerreiro, o próprio arcanjo Miguel. Eu nunca havia visto um anjo antes, mas eles certamente deveriam ser parecidos com Dérick.

Perdida entre estes pensamentos, acabei chegando bem perto de Dérick. Os barulhos fora do quarto ainda não haviam cessado. Ouvia Carlos, ouvia Samantha e ouvia também uma terceira voz, feminina. “Céus! Carlos não se cansava nunca?”, eu refletia. Mas meus pensamentos foram interrompidos pelo relampejo irradiante dos olhos castanhos de Dérick me fitando. Eu recuei, tímida, arrancando um sorriso límpido de Dérick.

- Eu estava... – “te contemplando?”, claro, não terminei a frase, mas Déric parecia ler meus pensamentos.

- Não se preocupe com isso, bebê. Eu costumo ficar tão perdido quanto a lucidez de um homem que vaga sozinho pelo deserto quando paro para contemplar sua beleza! Venha até aqui! – ele falou batendo de leve na cama, ao lado dele. Eu deslizei apenas para me sentir, em poucos segundos, acolhida em seus braços. – Outro pesadelo?

- Estão cada vez mais freqüentes... – eu refleti. Ele friccionou os lábios, uma fúria invadiu seu ser, afastando sua paz. Mas ele se controlou e calmamente disse:

- Enquanto eu estiver aqui, independente de estar ao seu lado ou não, eu prometo que ele nunca mais lhe fará mal algum. Nem que para isso eu tenha que... – vi fúria em seu olhar, me encolhi como um bichano assustado, ele retrocedeu perante minha fragilidade. Acariciou meu rosto e beijou-me lentamente, tomando meus lábios de forma possessiva, mas carinhosa. – Não me encare assim, meu amor. Eu não poderia suportar a idéia de que também lhe causo medo! O único medo que quero que sinta é o de não saber qual será o próximo limite prazeroso que testarei em você. Nada mais que isso! Minha fúria não tem a ver com você, ela é fruto dos péssimos hábitos de meu irmão. Apenas isso! – ele falava me aconchegando em seus braços, querendo me proteger quase que do mundo inteiro. E eu sentia sua proteção, e me sentia bem por isso.

- Eu não estou com medo de você... – falei me apoiando em seu peito.

Uma Música Brutal - Décimo Capítulo

- Eu quis dizer, bebê, que você sempre foi uma submissa! E não importa o quanto tente fugir disso, você nunca vai conseguir, simplesmente porque faz parte do seu instinto! – ele me beijou por fim. Seus lábios colaram nos meus de forma suntuosa e eu podia sentir meu coração acelerar a cada investida de sua língua no interior da minha boca. Ele se afastou e eu continuei inclinada, tentando receber mais de sua deliciosa e sedutora boca. Ele se afastou andando pela sala ampliada do apartamento, chegando até a porta do terraço gourmet. Eu voltei a minha forma, ainda necessitada. – Eu me lembro a primeira vez que pisei neste apartamento! – Dérick analisou. – Você tremia como vara verde! – ele sorriu transmitindo aquela sonora e rouca voz para todas as terminações nervosas de meu corpo. Aquilo me fez lembrar o quanto e como eu o desejava.

- Quer água? – eu perguntei tentando retomar minha posição naquele lugar.

- Não ainda, bebê! Você está com sede?

- Na verdade não...

- Então venha aqui, Lê! – ele falou. Eu fiquei sem reação, então continuei onde estava. – Lê! – sua voz soou pela sala e, mesmo estando baixa, o tom grave despertou minha mente. – Aqui! – ele falou apontando a frente dele. Eu obedeci e segui até parar na frente dele. – Chegue mais perto! – eu cheguei e ele me puxou, então andamos até o terraço e paramos na frente da grade do terraço. – Lê, feche os olhos e sinta o vento bater em seu rosto!

- Sim Senhor! – eu respondi sentindo aquele leve sopro sacolejar meus cabelos.

- É boa essa sensação?

- É ótima!

- E essa? – ele perguntou deslizando os dedos sobre o tecido que cobria meus seios. Estremeci.

- Também é! – eu respondi em frenesi.

- E essa? – ele falou na mesma hora em que puxou meu cabelo com sua mão livre. Meu corpo foi para trás puxado pela força. Eu abri os olhos num impulso. – Continuei com os olhos fechados, Lê! – sua voz soou baixa. Eu obedeci. – Responda a pergunta, bebê! – ele falou alisando meu rosto.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Uma Música Brutal - Nono Capítulo (Parte 2)

Ter chegado à metade da aula não foi tão proveitoso assim, ainda mais numa aula tão complexa quanto aquela estava sendo. Carlos ainda inventou de me ligar no meio da aula para saber de mim e saber porque eu não havia acordado nem ele nem Samantha para me trazerem a aula, expliquei que estava tudo bem. Ele não acreditou, então disse que passaria mais tarde para me ver. Ele sem querer acabou me desconectando mais ainda com a aula. Decidi ir para a sala de estudos e pegar a matéria depois, junto com o pessoal do grupo de estudos.
                                              
Como não havia muita gente na sala de estudos individual eu logo consegui um lugar para me sentar. O lugar todo era separado por várias “baias” que abrigavam os estudantes, fazendo uma espécie de “mini sala” para cada um. Isso permitia uma maior privacidade. Estava concentrada nos livros, mas a todo o momento eu percorria a sala contemplando de alguma forma o estranho silêncio que reinava naquele local. Novamente me reconfortava pregando os olhos nos estudos. De repente ouvi a porta abrir lenta, devagar, e alguém adentrar a sala de estudos. Desviei o olhar para a estagiária que controlava a entrada e a saída dos estudantes, ela parecia normal. Voltei os olhos ao estudo. Uma risadinha sufocada ecoou no recinto e eu novamente desviei o olhar, observando-a. Agora ela conversava com um rapaz alto, que se debruçava sobre o balcão onde ela ficava. “Os dois parecem íntimos, uh!” – eu pensei erguendo a sobrancelha. Concentrei-me novamente nos estudos.

Uma Música Brutal - Nono Capítulo (Parte 1)


Foram três dias de sexo intenso. Um início de paixão tórrida; e eu voltava a me sentir como uma adolescente. Um pouco boba, eu acho! Sorria por tudo e para tudo. Maldita espontaneidade quando mais se precisa disfarçar! Eu notava de longe o ar debochado de Carlos enquanto ele assistia televisão em um sofá próximo a mesa onde eu mantinha uma pilha de livros e meu caderno da faculdade e me concentrava nos estudos. Eu até que tentava não pensar naquele fim de semana agitado, mas Carlos fazia questão de me lembrar quando dava aquelas risadinhas sufocadas depois de soltar alguma piada do gênero: “O fim de semana de Letícia e Dérick”.

- Quanta infantilidade pra um homem que está perto de completar seus trinta anos! – eu o repudiei.

- Não estamos falando de nada infantil aqui! Aliás, o assunto é até proibido para menores de dezoito anos! – ele debochou. Depois de um tempo avoada perdida em meus pensamentos, Carlos protestou: - Não sou eu quem está te atrapalhando de estudar!

- Sabe, eu estava pensando em algo que Dérick me contou sobre ele e Victor... – eu falei refletindo.

- Ah é, e o que ele te contou pra deixar você tão pensativa assim?

Uma Música Brutal - Oitavo Capítulo (Parte 2)


- Perfeito! – ele abriu um sorriso gentil, acariciando meus cabelos. – Mas não pense que vai escapar de um castigo por isto! Está na hora de lhe passar alguns treinamentos... – ele analisou alisando o queixo, depois prosseguiu ao me perceber encolhida. – E não se preocupe quanto ao frio, pretendo deixar seu corpo bem aquecido! Agora agache sobre os joelhos! – Ele ordenou firmemente, ainda que gentil. . Eu obedeci, esperando o próximo comando. Ele tocou meu queixo, fazendo-me olhar para ele. – Sempre que estiver nesta posição mantenha a cabeça baixa! – eu concordei e prontamente abaixei a cabeça. Escutei seus passos, depois seu retorno. Ele possuía uma corda de algodão em uma de suas mãos. Ela estava enrolada como uma cobra contorcida a procura de descanso. Dérick parou na minha frente, com a corda na altura de meu rosto de uma forma que, mesmo estando com a cabeça baixa, eu pude observar sua mão segurando a corda. Aqueles traços másculos parecia o controle remoto dos meus sentidos. Também pudera! Observando de perto eu podia compreender perfeitamente a sensação que aquelas mãos conseguiam provocar quando estavam literalmente brincando com minha feminilidade. Traços fortes, robustos, veias protuberantes, dedos longos, uma palma masculamente torneada e finalmente toda a habilidade que elas possuíam provocariam facilmente até a sensibilidade de uma mulher frígida.

Dérick levou algum tempo manuseando delicadamente aquela corda em torno do meu corpo. Primeiro os pulsos para trás, passou pelos meus seios em duas voltas como se me abraçasse, depois meus ombros e por fim minha cintura. A armação formou duas alças em minhas costas, começando no ombro e parando na cintura, seguindo a linha dos nós. Depois de todo o trabalho, Dérick parou para observar sua obra final. Contemplou com malícia, deslizando seus dedos por cada detalhe íntimo de meu corpo. Meus seios estavam inchados devido à pressão da corda, ainda pouco avermelhados, mas com bicos durinhos. Ele contornou os pequenos círculos rosados de meus mamilos, depois pressionou os bicos, ao mesmo tempo, provocando uma dor acentuada. Ele os puxou para cima então eu ergui meu corpo tentando acompanhá-lo, foi mais alto do que eu pude alcançar, a dor se acentuou mais profundamente e então ele os soltou ao mesmo tempo, abandonando-me a entrega excitante daquela dor. Os tremores em meu corpo recomeçavam e Dérick teve que levantar para afastar os dele também, sua natureza não negava, estava excitado mais do que queria, do que devia. Encarei-o em protesto, mas ele me lançou um olhar congelante.

- Abaixe a cabeça, Lê! – ele ordenou. Eu obedeci, mas subordinação não durou muito tempo.

- Parece que alguém também não está conseguindo se controlar! – eu lancei a frase com um sorriso desafiador no canto de meus lábios. Ele sorriu também, mas se conteve. Então me encarou sério, franziu o cenho e depois abriu o sorriso mais malicioso que um homem pode ter. Seus lábios de espessura média se alargaram e seu queixo esguio tomou uma forma servida evidenciando todo aquele ar dominador.

- Parece que alguém está tentando desafiar um Dom! – ele falou se aproximando e abaixando-se atrás de meu corpo. Suavemente suas mãos tocaram meus seios, estremeci. Depois ele ajustou alguma coisa na amarração e logo em seguida puxou levemente as duas alças. Eu não cheguei a sentir, até que ele se levantou e, em um puxão vigoroso, Dérick me colocou de pé usando apenas as alças da amarração. O susto e a imprevisibilidade daquele puxão me fez notar o quão altivo Dérick poderia ser e, apesar de ter apreciado o que o efeito “pós-puxão” provocou em minha libido, resolvi não provocar mais. – Como pode ver, eu sempre estou no controle, bebê! – ele falou me puxando para trás, de encontro ao seu corpo. Depois juntou as alças em uma só mão, deixando a outra livre, jogou-me para frente outra vez e puxou meu corpo antes que eu pudesse me esticar com a jogada. Ao voltar de encontro ao seu corpo, Dérick armou sua mão livre em direção as minhas nádegas e quando eu fui parada pela mão que segurava as alças senti um tapa estrondoso estralar em minha bundinha.

- Ahhh... – eu gritei sentindo um misto de dor e prazer, libertação. Dérick esquentou meu traseiro roçando-me em seu sexo férvido de excitação. Senti minha grutinha pulsar de desejo, então, instintivamente, cooperei com o estímulo balançando meu quadril apertando-o contra o dele.

- Sub impaciente! – ele falou me afastando. – Vou lhe dar uma lição agora! – Dérick completou levando-me em direção a cama, onde me atirou aos lençóis sedosos que faziam volume na cama king size. Com as mãos presas nas costas, quase me afundei quando não consegui me mover em meio a tanta maciez. Dérick foi habilidoso e logo me levantou daquele sufoco, mas me colocou em uma posição nem tanto favorável quanto a primeira. Ele virou minha cabeça para o lado e me fez encostar completamente os ombros na cama, depois puxou minhas nádegas de modo que eu ficasse afundada com o tronco na cama e a bunda empinada evidenciando meu buraquinho e minha boceta molhada por tamanha excitação. Ele contemplou por um tempo, logo em seguida estava novamente em posse da chibata que usara em mim mais cedo. Eu esperei aflita o contato da chibata com minha bundinha empinada, mas ele não veio. Senti ele deslizar uma mão pela minha coxa, chegar até a virilha e focar em meu clitóris. Massageou o local por alguns segundos, depois deslizou suavemente um dedo para dentro de minha boceta, eu gemi, ele tirou. Mais um tempo para o ar, sem nenhum toque, até que... a chibata acertou lacerando minha grutinha, eu recuei. Dérick veio logo em seguida, massageando, me retorci em seus dedos. Ele sentiu minha boceta melar com intensidade, então aplicou outro golpe, mais forte dessa vez, fazendo com que eu me contorcesse deslizando entre os lençóis. Haveria com certeza uma punição, pois, atordoada pelo descontrole, acabei saindo da posição em que ele havia me colocado. Erro grave!

- Desculpe Senhor! – eu tentei amenizar a situação.

- Você tem consciência de seu erro, já é um bom começo! – ele falou em tom grave. – Mas não é tudo! – Dérick falou puxando novamente meu quadril para a posição inicial e segurando-o desta vez com uma de suas mãos. Seu braço era tão forte que, mesmo amortecida, eu não deslizava pela cama. Ele novamente se apossou da chibata e desta vez arremessou seguidos golpes interruptos, todos compassados de acordo com sua vontade. Meu corpo estremecia por conta própria, já não tinha mais controle nem nessa parte. Eu me arqueava de desejo e prazer, também de dor, mas uma dor suportável, gostosa. Porém essa dor se intensificava a cada golpe e Dérick parecia não ter a intenção de parar tão cedo. Já estava começando a ficar doloroso sentir aquele descarrego, pensei em usar a palavra segura, mas me recusei. “Eu ainda agüento!”, pensava comigo. A dor, o prazer, a intensidade... céus! Eu já não tinha o controle de mais nada. “a palavra de segurança! Use-a!”, meu subconsciente insistia em me alertar, porém minha confiança em Dérick era maior, eu sabia que ele não me machucaria de verdade. Mas será que ele queria que eu usasse a palavra de segurança?! Enquanto isso minha vagina pulsava ainda mais forte, completamente inchada com tantas pancadas sobre ela, na última eu me arqueei mais profundamente, então Dérick lançou a chibata no chão e, tão imprevisível quanto nunca, ele me penetrou infiltrando seu pênis em minha vagina de forma arrebatadora. Seu corpo caiu em cima do meu em um momento e no outro ele já estava estocando seu membro suntuoso dentro de minha grutinha latejante. Uma vez, eu gemi, duas vezes, eu choraminguei, três, quatro, cinco, seis vezes e eu estava me derretendo em cima da cama balbuciando coisas desconexas, gemendo compulsivamente, sentindo toda aquela explosão dentro de mim, um mergulho numa onda chamada prazer.

Dérick compartilhava comigo esse sentimento e eu me deliciava sentindo o espasmo de seu pênis palpitando em minha vagina jorrando toda a sua quentura para meu interior. Enfim ele soltou meu quadril deixando meu corpo deslizar em tremores por cima da cama, seu corpo acompanhou o meu e ele acabou em cima de mim, com seu membro ainda dentro de minha grutinha. Agora sim estávamos exaustos. Exaustos, mas completos.

Uma Música Brutal - Oitavo Capítulo (Parte 1)

- Nossa vida foi conturbada... – ele pigarreou, parecia ser difícil falar sobre isto. – eu e Victor tínhamos um pai alcoólatra que espancava nossa mãe constantemente. Mas ela nutria um amor por ele que só vendo. Por mais que a família, minha tia e meu avô, ambos já falecidos, por mais que eles tentassem ajudar, ela não aceitava que o estava perdendo para aquele vício doentio que o fazia se transformar em um monstro às vezes. Disseram-me que quando eu nasci a situação piorou.  Sete anos mais tarde aquele desgraçado a matou! – ele falou rangendo os dentes. – Victor viu tudo, ele tinha apenas treze anos! – Dérick finalizou como se compreendesse em parte o transtorno mental que se tornara parte da vida do irmão.

- Oh, Dérick, sinto muito! – eu me encolhi contra ele, como se pudesse acolhê-lo de certa forma.

- Tudo bem, você não teve culpa! – ele me olhou dando um leve sorriso. – Mas enfim, fomos morar com meu avô e minha tia. Eles cuidavam muito bem de nós dois, mas Victor nunca esqueceu o que nosso pai fez. Quando completou dezesseis anos, ele fugiu de casa. Pouco tempo depois ficamos sabendo que meu pai havia sido assassinado, ainda não tínhamos notícias de Victor. Ele reapareceu há aproximadamente três anos atrás e me trouxe para esta cidade, a princípio para morar com ele. Conheci o clube de Enzo porque ele freqüentava, mas Victor andou aprontando e se afastou do clube. Ele havia me ensinado algumas coisas, mas meu “professor” definitivo foi Enzo!

- Céus, que história! – eu falei aflita pelo infortúnio dos dois.

- Não me olhe assim! É tudo passado agora!