sábado, 28 de janeiro de 2012


Eufemismo...
Feminismo...
Voyage...
Voyage...
Vem Mestre... 
Seja meu guia... 
Conduza-me pelo caminho das pedras...
E me mostre os exóticos sabores dessas terras desconhecidas...
Sim, querido, adoro ser seu bibelô. Adoro saber também que, de todas as peças expostas em seu quarto, eu sou a mais rara... única... insubstituível...  e inquebrável!
O prazer da dor é comparável ao primeiro suspiro que se dá após um profundo e silencioso mergulho em uma devastadora e turbulenta onda...

Que meu feminismo não me poupe do prazer de te ter tão rude, tão... homem;
E que o seu machismo não te impeça de desfrutar do prazer de me ter tão delicada, tão... mulher.

A vida e a arte...

Ah se a vida fosse tão sedutora, exótica e encantadora quanto a arte...

A dor e a cor...


Creio que se a dor pudesse ser representada por uma cor, ela também escolheria o vermelho... Porque assim como a paixão, o desejo e a luxúria, a dor também percorre e se espalha por cada veia de nossos corpos reacendendo como um choque cada um dos nossos sentidos... sendo ela tão vital quanto o sangue que circula... e tão fatal quanto o sangue que escorre...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Uma Música Brutal - Décimo Sexto Capítulo

Dei mais alguns passos e logo encontrei Mestre Enzo sentado no bar conversando com algumas pessoas. Dois homens, parecendo serem dominadores, e uma mulher, que mais parecia uma domme. Mestre Enzo, quando me viu, abriu um sorriso que iluminou aquele ambiente obscuro. Me senti em casa. Ele então fez um gesto para que eu me aproximasse. Fui até ele.

- Oi Enzo! – eu cai na burrice de cumprimentá-lo naquele ambiente cheio de regras.

- Uma novata?! – a domme presumiu me encarando séria. Vi ar de divertimento nos olhos de Mestre Enzo, que apenas balançou a cabeça em afirmação. Pronto! Apenas alguns minutos dentro do clube e eu já estava conseguindo causar uma péssima impressão.

- Esta é Letícia, Mistress Verônica! – Enzo me apresentou. – Acho que não preciso dizer quem ela é nem o que ela é aqui dentro, não Letícia?! – ele perguntou voltando-se para mim. Fiz com a cabeça que havia compreendido e então cumprimentei a domme.

- Boa noite, Verônica! – eu achei que deveria cumprimentá-la também. Ela sorriu debochada.

- Tem dono? – Mistress Verônica perguntou, olhando para Mestre Enzo.

- Mestre Dérick! – ele respondeu tomando um gole de sua bebida.

- Se fosse minha sub já teria recebido um castigo! Mas como pertence a Dérick, só posso fazer uma coisa: relatar em detalhes sua insubordinação em relação aos Mestres e à mim, Mistress, deste Clube! – ela falou séria. Eu a olhava incrédula. Eu mal havia chegado e ela já estava querendo me ensinar a como deveria agir?! Pelo que eu havia entendido só Dérick poderia fazer isso. Olhei para Mestre Enzo tentando conseguir dele alguma explicação, mas ele se manteve imparcial. Por fim apenas disse:

- Vá procurar Dérick! Ele te explicará tudo sobre este local!

Eu fiz que sim com a cabeça e parti ouvindo atrás de mim mais algumas observações de Mistress Verônica sobre a minha falta de disciplina. Nem liguei para isso, apenas me dediquei a encontrar Dérick. E quando isso acontecesse, era ela quem iria se ver comigo por ter me tratado assim! Certo?

Cortei todo o salão em busca de Dérick. Por onde passava via algumas cenas acontecendo. “Na frente de todos?! Credo!”, eu pensava. No caminho tropeçava em alguns Dominadores que me paravam e me perguntavam se eu estava acompanhada, se eu tinha dono, se queria um dono... essas coisas. Nunca havia sido tão abordada na minha vida, um ou outro convite me parecia tentador, mas nenhum dominador dali se comparava ao meu Dérick. Ao homem que eu amava com tanta força. Aquele a quem eu desejava com tanta convicção. Uma coisa havia me agradado ali dentro: nenhum homem me forçava a ficar com ele, bastava eu dizer que estava acompanhada que me desejavam “boa noite e boa sorte”. Passei por um local que me chamou a atenção. Uma mulher estava completamente amarrada e elevada acima do chão, seu Mestre hora soltava algumas chibatadas em sua nádega e hora se colocava de pé na frente dela, oferecendo seu membro para que ela o chupasse. Aquilo me excitou de um jeito que acabei ficando toda molhada. De repente senti uma mão pesada se apoiar sobre meu ombro. Ia me virar para ver quem era, mas não precisei.

- Essa cena te excita, huh?! – Dérick falou em tom firme e grave.