quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 11)

Nas semanas seguintes ao ocorrido, Letícia preferiu se concentrar no trabalho. Talvez Cauã estivesse certo com suas suspeitas em torno de Arthur e ela não queria pagar para ver. As coisas entre ela e Cauã já estavam voltando ao normal, o trabalho estava novamente ocupando toda a agenda dela. O contato que ela tinha com Arthur por MSN foi cancelado por Cauã numa noite em que ela esquecera o notebook ligado; ela até teve a intenção de brigar com ele, mas achou melhor não tirar as coisas do seu rumo o que era engraçado para uma pessoa como ela que nunca havia se deixado apegar por ninguém para justamente não criar este vínculo que mais se parecia uma prisão. Um vínculo que a impedia de manter contato com outras pessoas fora do seu círculo rotineiro de amigos, um vínculo que a impedia de viver coisas novas, ter novas visões e experimentos. Cauã estava achando muito conveniente este novo estilo de vida de Letícia, por outro lado ela estava detestando esta nova rotina. Sempre que ia sair, não importava com quem fosse, tinha que dar satisfações para Cauã, isto se ele não a acompanhasse também mesmo que fosse para encontros de trabalho. Ele vivia monitorando o notebook e o celular dela, assim como suas anotações na agenda. Ele tentava ser discreto, mas sempre deixava escapar um ou outro ato de fiscalização e insegurança da parte dele. Ela sempre fingia que não percebia, não estava querendo problemas no relacionamento. Mas a cada dia que passava a insegurança de Cauã aumentava e isso acabava afetando o relacionamento entre os dois.
O final de semana estava chegando e com ele a finalização da segunda etapa do projeto. Letícia e Leila, como de costume, marcaram outra reunião, só que desta vez só entre os colaboradores do projeto. Seria um jantar em um restaurante perto do pub de Arthur e Cauã, sempre antenado, não deixaria Letícia ir sozinha. Ligou para ela logo pela manhã:
- Que horas será a reunião? – ele perguntou.
- Às 19 horas, por quê?
- Me espere! Vou com você! Beijo! – ele falou desligando o telefone sem dar tempo para que Letícia rejeitasse a proposta. Estas atitudes que ele tomava sempre a incomodava, ela o questionava, mas ele sabia levar ela na conversa.
Naquela noite, como combinado, Cauã passou na empresa para buscar Letícia. Leila veio junto na desculpa de ter deixado o carro no lava a jato (mas o que ela queria na verdade era estar mais perto de Cauã, ela sempre aproveitava toda e qualquer oportunidade para isto e sempre que podia o envenenava contra a amiga na esperança que ele se separasse dela). Letícia nunca desconfiava da amiga e não se importava que vez ou outra Cauã fosse a deixar em casa ou se ele fizesse algum favor a ela quando ela pedia (sempre propositalmente).
Eles chegaram a passar na frente do pub. Arthur foi avisado por Leila (que ficava forçando contato com ele para contar sobre Letícia. Ela o fazia crer que Letícia não era feliz ao lado de Cauã e que a amiga só esperava uma oportunidade para voltar a se encontrar com Arthur. Isto era mentira da parte dela, Letícia até pensava em Arthur sim, mas não cogitava a possibilidade de voltar a se encontrar com ele). Arthur já havia tentado entrar em contato com Letícia, mas ela não respondia às suas ligações, às suas mensagens no e-mail ou msn, então ele ficava meio duvidoso se deveria ou não lutar por ela. Ele não sabia se ela esteve com ele naquela noite só para contar conquistas ou se esteve porque realmente sentia algum desejo por ele, por outro lado aquela noite havia parecido, pelo menos para ele, tão verdadeira, que era quase impossível pensar que teria sido coisa momentânea.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 10)



- Eu sei que gosta! – ele falou amarrando as mãos dela com a corda e depois fazendo com que ela se deitasse no sofá. Ele veio por cima bolinando toda a extensão do corpo de Letícia e esticando os braços dela pra cima. Ele se excitou ao vê-la daquela forma, viu que ela também estava excitada, mas ao perceber isto o ódio que sentia voltou tomando conta dos seus pensamentos mais sufocantes. Soltou um tapa no rosto de Letícia que ficou vermelho na hora, no momento ela não reagiu, parecia se excitar mais ainda, e quanto mais ela se excitava mais ele se irritava, pois percebia que era daquilo que ela gostava e que, sendo assim, poderia perdê-la facilmente para aquele Mestre sádico.
Cada olhar, cada gemido que Letícia soltava o remetia a cena dela transando com Arthur, ficou imaginando o quanto ela deveria ter gostado de estar com outra pessoa e a vontade que dava nele era de acabar com a raça daquele cara que havia encostado em sua amada. Sentia raiva dela também, pois havia feito de tudo para que ela esquecesse aquela paixão que nutria por Arthur e mesmo assim ela traiu a confiança dele. Aqueles pensamentos o atormentavam e desnorteado ele começou a machucar Letícia por querer, por vontade usava toda a força que podia ter contra ela. Soltou outro tapa, desta vez foi com tudo na coxa dela, ela gemeu, estava gostando de ser machucada, mas não era o que ele queria que ela sentisse; ele no fundo queria que ela estivesse odiando aquilo, pois pelo menos ele saberia que ela não havia gostado tanto assim de estar com Arthur. Cauã, irritado, segurou-a pelos cabelos, levantou e fez com que ela levantasse também. Arrastou-a até o centro da sala, onde a jogou sobre o tapete gritando com ela:
- É isso que ele faz com você?
Letícia o encarou assustada com a interrogativa de Cauã; não estava esperando que ele interrompesse aquilo para questionar sobre ela e Arthur. Ela lançou um olhar carente para ele, mas foi respondida com seguidos tapas em seu rosto.
- Pare! Está me machucando! – ela suplicou.

Estranha Sedução (Continuação 9)

Nas semanas que se seguiram Letícia e Leila novamente se focaram no projeto para darem início à segunda etapa. Leila até chegou a rondar Letícia sobre o que acontecera naquela noite, mas Letícia se sentia meio incomodada ao tocar no assunto. No fundo ela não acreditava que se submeter a um homem era a melhor maneira de conquistá-lo, por outro lado ela não teria por onde começar se não cedendo às vontades de Arthur como estava fazendo. Arthur respeitou o profissionalismo de Letícia não a interrompendo enquanto cumpria a segunda fase de seus deveres dentro do projeto, mas também não a deixou completamente de lado; sempre que podia ele enviava tarefas, leituras e filmes para que ela estivesse sempre conectada com aquele “outro mundo”, um mundo novo ao qual Letícia não estava muito a fim de adaptar-se. Um dia depois de Letícia ter se encontrado com Arthur, Cauã teve que fazer uma viajem a negócios. Ele não revelou muito sobre a viagem, mas afirmou que logo estaria de volta. Letícia, por sua vez, não quis encher a cabeça de Cauã com mais coisas, pois havia percebido nele uma preocupação descomunal; assim sendo, preferiu não contar naquele momento o que havia rolado entre ela e Arthur.
Em duas semanas Cauã já estava de volta. Ainda parecia tenso, segundo as constatações de Letícia. Ela ainda estava envolvida com o projeto e ainda não havia voltado a se encontrar com Arthur; pelo menos só havia uma confissão a fazer, mas preferiu deixar novamente para outra hora, pois julgou que Cauã não estava em um de seus melhores dias. Adiou a conversa. Leila sempre cutucava, mas Letícia desconversava, jurava que o assunto não era com ela. Quando tinha que fazer plantão para finalizar algum processo do projeto ela sempre falava para a amiga que podia concluir sozinha; fazia isto na verdade para tentar ficar um pouco livre das especulações que a amiga vinha fazendo desde a noite de seu encontro. Os dias foram se passando e ela e Cauã foram criando um vínculo muito forte. Ele sempre tinha alguma surpresa para ela, sempre a tratava carinhosamente, era um verdadeiro gentleman. Como o projeto estava demorando a concluir, Letícia continuava ficando até tarde no escritório. Cauã passava quase toda noite para buscá-la e foi numa dessas noites que Cauã descobriu, por um acaso, que Letícia tinha contato com Arthur.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 8)

Ela virou, olhou para ele já entendendo perfeitamente o que estava acontecendo; poderia não ser no tempo dela, mas com certeza seria no tempo dele. Ambos estavam desejando isto há muito tempo, não podiam terminar aquela noite apenas com um “até outro dia”. Ela voltou até o local em que estava, esperou a próxima ordem que logo surgiu:
- Tire sua roupa! Fique só de lingerie!
Ela sorriu e obedeceu. Tirou o vestido, gostou de ver o rosto de Arthur simplesmente ganhar luz ao vê-la só de lingerie. Ele ficou admirando-a durante algum tempo, logo depois caminhou até a porta e a trancou dizendo:
- Desligue seu celular! Quero privacidade total quando estiver com você! - ele ordenou. Letícia obedeceu sentindo um friozinho na barriga a cada palavra proferida por ele. Ele se sentou na cadeira, chamou Letícia. Quando ela estava vindo ao encontro dele, ele ordenou que ela parasse. Mesmo sem entender ela obedeceu novamente.
- De quatro, como uma cadelinha!

Estranha Sedução (Continuação 7)


- Desculpe querida, mas eu só estou repassando o recado. Converse com ele, tudo bem? Podemos ir agora? – Ágata perguntou carinhosamente.
- Desculpe-me você, eu que me estressei um pouco com ele, não deveria ter descontado em você! Podemos ir sim.
E elas caminharam até a sala onde estava Arthur. Chegando lá, Ágata se retirou e deixou Letícia a sós com Arthur que estava sentado numa cadeira no cantinho da sala. Como ele permaneceu em silêncio, Letícia resolveu quebrar o gelo:
- Ela é sua companheira? – Arthur permanecia em silêncio. – Assim, eu andei pesquisando a vida de vocês, esta cultura diferente, li um pouco sobre o relacionamento 24/7, é o que você e essa moça vivem? Um 24/7? – ela insistia. Arthur continuava calado. – Vou ficar conversando sozinha? Você ta me ouvindo? Quer mudar de assunto? – ela perguntou. Arthur, porém nada falou. Desta vez levantou-se, a analisou novamente dos pés a cabeça. Aproximou-se dela, chegou bem pertinho, sentiu aquele cheiro doce que vinha dos cabelos de Letícia, gostou. Segurou os cabelos dela levantando-os para cima, aproximou o nariz da nuca dela para sentir melhor aquela fragrância refrescante. Letícia gostava daquele jogo de sentidos, mas queria arrancar alguma palavra da boca de Arthur, então ela falou:
- Eu sabia que tinha chamado a sua atenção! – ela falou, satisfeita. Arthur pareceu não gostar do que ouvira, o semblante dele que antes era de contemplação agora dava lugar a uma expressão de desdém; ele saiu de perto falando:
- você chegou atrasada! Falei que não tolero os atrasos!
- Atrasada? Olha, se você não percebeu, quando você chegou eu já estava por aqui! Há meia hora antes, pra ser mais exata!
- Sim, eu a avistei sentada no banquinho do bar. Mas eu fui claro ao dizer que a esperava no lugar aonde nos vimos pela última vez!
- E eu estava lá!
- Não, você não estava! Estou percebendo que você não vai entender o que estou querendo dizer, então serei mais claro: Nos encontramos pela última vez aqui, dentro desta sala! Você por um acaso estava aqui, exatamente neste local, às 22 horas?
- Oras, não seja tão categórico, Arthur! Eu já estava dentro do pub, como eu poderia imaginar que eu teria que te encontrar aqui na sala?
- Pela lógica, é óbvio! Ou você também não sabe o que é isso?
- Você só pode estar brincando! Não vou ficar aqui ouvindo estas asneiras, seu grosso! – Letícia falou, caminhando para a porta que ainda estava aberta. – Não sei aonde eu estava com a cabeça quando aceitei vir encontrar com você, eu deveria estar louca! – ela falou indo embora.

- Espere! – Arthur a interrompeu. - Você me deseja, não deseja?! – Ele perguntou para Letícia.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 6)


- O que está fazendo aqui? – ela perguntou arregalando os olhos. Depois percebeu que estava sendo invasiva demais e quis reformular a pergunta. – Você por aqui... estão ocupados?! Fala pra Letícia que eu volto em outra hora! – ela falou tropeçando nas palavras, visivelmente desnorteada por ter encontrado Cauã no apartamento da amiga.
- Não Leila, tudo bem. Pode entrar! Estamos de saída, mas parece que sua amiga ainda vai demorar um pouquinho se arrumando. Ela está no quarto, vou chamá-la! – ele falou fechando a porta por trás de Leila e indo chamar Letícia.
- Já estão nesta intimidade toda?! – Leila pensou vendo Cauã adentrar todos os cômodos do apartamento de Letícia sem a mínima cerimônia. Uma pontinha de inveja bateu nela, pois estava se lembrando que na noite anterior o único assunto dela com Cauã era sobre Letícia. Não por vontade dela, mas porque ele só sabia e só queria falar nisto. Aliás era exatamente sobre isto que ela havia ido conversar com a amiga, porém, quando entrou e percebeu o clima que estava rolando entre eles ali no apartamento, preferiu ficar na dela e inventar outro assunto como motivo para ter ido falar com Letícia.
- Ela falou pra você entrar lá no quarto que ela esta se arrumando!
- Tudo bem! – ela falou adentrando o apartamento e olhando meio de rabo de olho para Cauã.
- Oi amiga!!! – Letícia falou enquanto ainda procurava uma sandália ideal no meio de tantas outras.
- Sabe, olhando tudo espalhado assim, nunca tinha reparado quantas sandálias você tem aqui! – Leila falou sorrindo.
- E no meio de tantas, nenhuma me serve para hoje!
- Mas o que aconteceu que deixou vocês tão empolgados assim pra sair num dia de chuva?!
- Chuva??? Nem percebi que estava chovendo. Aliás, Cauã foi no comércio ainda pouco e não estava nesta chuva toda...
- Acabou de cair. Mas creio que isto não vá impedir vocês na empolgação em que estão!
- Não mesmo! Mas e você, quero saber como foi a sua noite de ontem!!!
- Foi boa! – ela respondeu. – apesar de você ter estragado a melhor parte fazendo com que Cauã fosse atrás de você! – ela pensou, mas achou melhor não falar. – Mas quero saber por que estão neste alvoroço todo?!?
- Amiga... – Letícia se virou pra responder pensando que ainda na noite anterior havia proposto aquele encontro entre a amiga e seu atual namorado. – eu não premeditei nada, nem sabia que aconteceria...
- Fala...
- É que eu e Cauã... nós estamos namorando! – ela falou esperando alguma reação da amiga que nem esboçou nenhuma expressão significativa.

domingo, 21 de novembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 5)

- Cauã?! Onde está Leila?
- Está no bar, conversando com um amigo. Eu quis deixá-los à vontade!
- Conversando com que amigo?
- Um amigo meu que encontramos no bar. Como eles se deram bem resolvi deixá-los a sós para conversarem melhor!
- Ah tá! Me diz que aí não tem seu dedo!?
- Tá bom, confesso! Não consigo mentir pra você mesmo, não é?! Você sabe que meu interesse já tem nome e que esse nome é o seu, Lê! Eu aceitei sair com a Leila, mas você sabia que não passaríamos dali. Como eu não queria decepcioná-la, resolvi convidar um amigo para entreter Leila, e não é que deu certo!!! – ele falou dando um sorriso de lado.
- Você não tem jeito mesmo! – ela sorriu meio sem graça. Na verdade ainda estava chateada com o que havia acontecido a pouco tempo atrás. A cena de Arthur praticamente a expulsando daquele local não saía da cabeça dela, ela precisava de algo para se distrair, pois não estava nem raciocinando direito.
- Você não me parece bem!
- E não estou! Mas me diz, porque estava aqui me esperando? Se eu tivesse voltado acompanhada? – ela perguntou meio irritada com a atitude de Cauã. – Você não pode vir sem ligar pra mim antes! Digo, você poderia não ter me encontrado aqui! – ela falou, tentando disfarçar a inquietude. Por mais que aquilo a deixasse muito irritada, jogar a raiva que estava sentindo de Arthur em Cauã não seria gentil da parte dela. – Desculpa, eu não quis ser rude, mas... você não está cansado? Não precisava ter me esperado! – ela finalizou.
- Na verdade, eu vim porque sabia que não estaria bem!
- Como assim sabia? – ela sorriu meio que forçada. – Sou tão previsível assim?
- Não, querida! Pelo contrário! O que aconteceu na verdade foi que, entre uma conversa ou outra, Leila deixou escapar a roubada em que ela havia metido você quando te contou sobre o tal pub que Arthur freqüentava. E confesso que fiquei surpreso ao saber que você não relutou em ir ao tal pub, pois, pelo que ela descreveu, o local é totalmente bizarro!
- Então ela descreveu o tal pub? Engraçado, porque pra mim ela não falou nada!
- Ah não?! Estranho! Por se tratar de um lugar tão incomum achei que ela a tivesse a alertado antes de deixar que você se enfiasse no meio de tanta gente de gosto peculiar! – ele falou, mais refletindo sobre a atitude da amiga de Letícia com ela do que questionando Letícia sobre isso.
- Foi exatamente o que pensei quando cheguei lá! – ela falou.
- Enfim, não foi por causa do lugar que eu vim vê-la! Foi porque ela também acabou deixando escapar algumas características do homem que você tanto cobiça. Quando conheci mais sobre o tal Arthur, achei que poderia precisar da minha companhia quando chegasse. Estava errado? Se quiser eu vou embora, sem problemas!
- Não, espera! – Letícia falou, suspirando. Cauã estava certo, pela segunda vez. Ela não podia continuar com aquilo e, se Arthur não era para ser seu, por qual motivo ela dispensaria a companhia de Cauã que era tão gentil com ela?! – Fica vai... – Letícia pediu para Cauã que abriu um sorriso que ia de canto a canto do seu rosto.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 4)



Três semanas se passaram desde aquele dia. Com o projeto de Letícia em andamento, ela e a amiga estavam sempre juntas e sempre ocupadas. Vez ou outra Cauã tentava falar com Letícia, mas ela só atendia o telefone com pressa, não se prolongava nos assuntos e nunca aceitava um convite para sair. Leila, que não era tão interessante assim quanto a amiga, sempre achava um absurdo ver a amiga rejeitando tais convites.
- Eu custo a te entender, Lê! Um cara lindo desse, visivelmente caidinho por você, e você nem conversa com ele direito, já atende falando que vai desligar. O que você tem, afinal? O problema ainda é Arthur?! – Leila perguntava surpresa com a atitude da amiga.
- Não é isso, Leila! É que não estamos tendo tempo pra nada e olha que nosso projeto mal começou! Não posso me distrair com outras coisas! – ela respondia.
- Seu projeto! Eu só estou ajudando! – Leila retrucou.
- Já pedi pra você parar com isso, Leila! O projeto é nosso, nós estamos desenvolvendo, e muito bem por sinal! Eu não teria saído do lugar se não fosse você do meu lado! – Letícia respondeu chateada com a contestação da amiga. Leila vinha agindo diferente nos últimos dias, Letícia não fazia a mínima idéia do porque da amiga estar daquela forma com ela, na verdade nem questionava tanto as atitudes dela, porém não podia deixar que a amizade se transformasse numa rixa sem fim. – Sabe, de uns tempos pra cá parece que não estamos nos entendendo tão bem assim. Não sei o que está acontecendo com você, Leila, mas sabe que pode contar comigo pra tudo! Sempre fomos unidas, não queria que isso mudasse! Se estiver com algum problema, se estiver chateada com algo, você tem que me falar pra gente poder resolver! Eu não sou adivinha, não vou saber se você não me contar. E então, Leila, você quer conversar?

domingo, 7 de novembro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 3)



- Este é nosso amigo Cauã! Primo de um dos nossos colaboradores na empresa que também está fazendo parte do projeto. – falou Letícia achando que deveria terminar o que havia começado. Arthur nunca havia mostrado interesse em nada que pudesse vir de Letícia antes e, agora, estava curioso para saber quem era o rapaz que a acompanhava. Talvez isto fosse um grande passo. Talvez estivesse no caminho certo e nele ela continuaria até ver se os resultados seriam favoráveis para ela ou não. – Arthur, este é Cauã! Cauã, este é Arthur, um grande amigo de Leila! – Letícia os apresentou e, depois dos cumprimentos de praxe ela puxou Cauã para o meio do salão e começou a dançar coladinha nele. Vez ou outra tentava olhar para ver se Arthur estava prestando atenção neles dois. Hora percebia que sim, mas na maioria das vezes ele estava entretido conversando com outras pessoas. É, talvez assistir aos dois dançando não era a intenção de Arthur que parecia no mínimo desinteressado naquilo. Teria que tentar outra coisa então, e ela já sabia exatamente o que fazer.
Chamando Cauã para um canto da festa onde pudessem ser observados por Arthur que ainda estava sempre atento aos dois, Letícia começou a beijá-lo da forma mais sexy que podia fazer. Cauã também respondia aos beijos dela de forma desenfreada. E Le a puxava para perto dele, enchia as mãos nas nádegas de Letícia e a acariciava sem se importar com o resto dos presentes na festa. Letícia, quando percebeu que Cauã já estava no ápice de seus desejos, colou sua boca no ouvido dele e, entre uma mordidinha e outra, o convidou para continuarem o que estavam fazendo lá fora, no jardim. Mas teriam que ser discretos, segundo ela; e, para isso, ela teria que sair primeiro e depois de um tempinho ele poderia vir à procura dela. Ele concordou que seria melhor assim e então deixou que ela se fosse.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 2)




- O que deu na cabeça dele? Por que ele veio acompanhado?
- Oras Letícia, foi idéia sua enviar dois convites para ele!
- Mas... mas você me disse que ele não estava namorando nem nada. Como eu poderia imaginar que ele encontraria alguém de uma hora pra outra? Bem, na verdade, um homem desse eu sei que encontraria alguém até em meia hora. Mas como eu iria adivinhar que ele traria esta pessoa pra nossa festa?
- O que queria? Ele nem sabe das suas intenções. Ele deveria ter adivinhado também? E tem outra coisa, você está se desesperando antes do momento! Nem a conhecemos e já estamos dando títulos pra moça. Vamos recebê-los, assim teremos certeza de algo!
- E vamos mesmo! E na verdade, saber quem ela é não fará diferença alguma. Agora mesmo que vou seduzir Arthur, não aceito perder assim fácil!
- Letícia, por favor, não seja tão infantil!
- Não serei! – falou Letícia já se dirigindo ao encontro de Arthur e da tal moça.
- Letícia! – Leila tentou chamar a amiga, mas como ela não atendeu, Leila foi atrás para evitar que ela tomasse alguma atitude que causasse constrangimentos a quem quer que fosse.
Letícia se aproximou do casal, se apresentou como a amiga da amiga de Arthur e, para tentar parecer mais próxima ainda dele ela o lembrou: “sou aquela com quem você foi tão cortês na casa de Leila”. Para a surpresa de Letícia, Arthur não fez questão de esconder que a conhecia e tão pouco que a conhecia muito bem. Pois como ele disse:
- Claro que me lembro. Foi uma pena não termos tido tempo de conversar naquele dia, eu tinha muitos compromissos. Espero que não tenha se chateado com isso.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Estranha Sedução (Continuação 1)




Aquela seria uma ocasião perfeita, pensou Letícia. Nada poderia ser mais propício do que aproveitar aquela festa para reencontrar Arthur. E era o que faria! Chamou Leila para conversarem na casa dela e começaram a colocar o plano em ação. Mesmo com todos os alertas de Leila, Letícia estava decidida a conquistar aquele homem e para isso precisava da ajuda da amiga. Leila por sua vez não poderia recusar isso à amiga, então, com o telefone na mão discou para Arthur.

- Deixa no viva-voz, eu quero ouvir ele também!!! – falou Letícia animada.

- Não amiga, por que deixar no viva-voz? Eu vou ter que manipular a conversa, você nem tinha que estar aqui, pode me atrapalhar! – respondeu Leila repreendendo a amiga. No fundo, Leila não queria que a amiga ouvisse alguma possível pista que Arthur pudesse dar sobre o motivo pelo qual a levou a se envolver com ele. Ainda não estava certa do que queria e não queria se precipitar contando para a amiga pois sabia que ela faria estardalhaços ao ouvir o que estava acontecendo. – Sai, Lê! Anda, me deixa convencê-lo sozinha!

- Ai sua chata, ta bom, eu saio! Mas depois quero saber dos detalhes!

- Você não tem jeito mesmo, neh! – falou Leila sorrindo daquele eterno jeitinho meio menina de ser da amiga.

Depois de rediscar, do outro lado da linha:

- Olá, moça! – falou Arthur

- Oi, Mestre! – Leila respondeu

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Estranha Sedução


Letícia estava voltando do trabalho ainda com a cabeça no escritório pensando no trabalho que teria no outro dia. Havia fechado mais dois projetos e dali em diante teria que colocar tudo em prática, isso com o auxílio de sua equipe que naquela altura do campeonato talvez não tivesse o contingente necessário para a execução dos mesmos. Com o olhar voltado para as lojas por onde passava (mesmo sem prestar a mínima atenção nas vitrinas era assim que ela sempre caminhava) ela teve uma idéia que faria com que a concretização de seus projetos se realizasse de forma mais rápida e produtiva. Foi nesse momento que teve a idéia de ligar para sua amiga, Leila, a fim de recrutá-la para mais este empreendimento.
Ela sabia que sempre que precisasse poderia contar com o auxílio de sua amiga, pois, além de terem cursado a mesma faculdade, ambas eram muito ligadas desde a infância. Letícia só não tinha tanta certeza assim porque há muitos meses não se viam nem se falavam. Era tanta correria no dia-a-dia delas que mal conseguiam se comunicar, e nos últimos meses a situação havia piorado porque Leila estivera viajando a trabalho e não deu certeza de quando voltaria.
Enfim, depois de quase um dia inteiro tentando contactar Leila, Letícia conseguiu falar com a amiga. As duas marcaram de se encontrar na casa de Leila para conversarem sobre os projetos e também colocar a conversa em dia.
Letícia chegou sem horário marcado afinal, elas nunca precisaram disso. Tocou a campainha e estranhou quando escutou uma voz masculina atender do outro lado. Chegou a imaginar que talvez pudesse ter tocado a campainha do apartamento errado, na dúvida perguntou a quem atendeu se ali era o apartamento da Leila. Para alívio de Letícia, era sim e o homem que atendeu se apresentou como tio dela. Letícia estranhou outra vez, uma vez que a amiga era como ela, praticamente sozinha no mundo. Ambas vieram para a cidade juntas e deixaram os pais ainda adolescentes em busca de concluírem os estudos numa boa escola. Ao longo de todos estes anos Leila nunca havia falado de tio nenhum na cidade e, de repente, aparece um. Bom, se ela não falou do tio até agora foi por algum motivo que mais tarde ela saberia com certeza.
Quem a recebeu na porta foi o tal tio. Um homem aparentando ter seus 40 anos, mais ou menos, segundo a percepção de Letícia. Muito bonito, por sinal; corpo bem cuidado, daquele tipo que só aparenta ter a idade que tem pelo simples fato de assumir os grisalhos adquiridos ao longo dos anos.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Doce Submissão (Continuação 11)




Seu olhar era penetrante e abrasivo. Ainda via o sentimento de ódio exalar como pólvora que queima. Movida por um impulso dei um pulo da cama e fui em direção à porta. Puxei, revirei, torci a todo custo a fechadura, mas era em vão. Ouvi sua voz rasgar todo o interior daquele cômodo.
- Está trancada! – falou no tom mais grave que poderia ter usado.
Virei-me assustada. Encarei-o, mas percebi que não poderia fazer nada que resultasse em alguma solução sensata. Continuei séria. O pavor fez com que eu praticamente escorresse encostada na porta, até ficar completamente encolhida encostadinha na porta.
- Com medo, minha doce cadelinha? – falou, levantando-se da cadeira. Não ousei me mover ou falar qualquer coisa que fosse. – É bom que ainda preserve isso! – se aproximou de mim e começou a alterar o tom da voz num sentido mais grave e onipotente ainda - Posso ter me tornado seu marido... – falou me levantando pelo braço - ... mas sempre serei seu dono! – me puxou até a cama e lá me jogou bruscamente sem se importar com a forma que eu cairia.
- Por favor, Bruno!- pedi temendo o que ele pudesse fazer. Bruno respondeu vindo em minha direção e colocando seus dedos entre meus lábios.
- Uma cadela obediente só fala quando lhe é permitido ou ordenado! – preferiu Bruno, lançando-me um tapa no rosto. Calei-me no exato momento. Como não poderia fazer mais nada além de ceder aos caprichos de Bruno, fiz o que mandava meu corpo e o que implorava meus desejos: obedecê-lo.
Estava quietinha quando vi Bruno se levantando da cama e retirando a gravata que estava nele.

Doce Submissão (Continuação 10)





Acordei sentindo alguns tapinhas leves no rosto.
- Acorde, menina dorminhoca!
- Mas... mas... como? – foi a única coisa que consegui sussurrar.
- Não fique aí com essa cara de quem viu um morto vivo! – falou Carlos soltando a sua risada mais sarcástica do mundo. – Adivinha... eu estou vivíssimo! E outra coisa, agora quero mesmo você para mim! Sem ninguém se metendo no meio!
Bastaram essas palavras para que eu desmaiasse novamente. Carlos era realmente imprevisível. De certo haveria forjado a morte para se livrar de algumas investigações e das acusações que pesavam sobre ele. - Como ele era maquiavélico! – pensava eu. Se ele foi capaz de mais esta proeza, então não duvidaria de mais nada que viesse dele.
Novamente alguns tapinhas leves no rosto e eu desperto já tendo certa noção do que estava acontecendo. Carlos desta vez não estava para brincadeiras. Já havia perdido tudo o que resta de um homem, que era a sua dignidade, nada mais faria sentido para ele. Nada mais o seguraria.
- O que pretende desta vez, Carlos? Me trancafiar novamente num quarto e me deixar viver à mínguas, mesmo tendo a certeza de que nunca vou te amar, e que, agora não tenho desejo algum por você? É isso?

Doce Submissão (Continuação 9)




Bruno entrou na casa sem fazer barulho algum. Não sei como, mas ele havia conseguido arrombar a porta. Entrou quarto a dentro, Carlos estava em cima de mim em mais uma daquelas sessões agonizantes. Eu naquela situação de desejar sem querer de verdade e ele tentando fazer com que eu gostasse daquilo tudo. Meus olhos cheios de lágrimas quase não acreditaram quando viram Bruno entrando pelo quarto. Eu soltei logo um grito de desespero:
- Bruno, meu amor!
Carlos levou um susto. Levantou-se rapidamente vestindo as calças que estavam pela metade das pernas dele e soltou as frases que quase não saíram devido ao pavor que ele estava ao ver Bruno ali, parado na sua frente.
- Como conseguiu entrar? – perguntou Carlos, assustado.
- Você vai pagar por tudo o que fez a Letícia, seu desgraçado! – Bruno mal terminou a frase e já avançou em cima de Carlos. Os dois travaram uma luta que parecia não ter fim. Bruno puxou Carlos para fora da cama, o jogou no chão e começou a dar murros na cara de Carlos. Só conseguia enxergar o sangue escorrendo do rosto de Carlos que tentava revidar a todo custo. Bruno não parecia ser tão forte quanto estava demonstrando ser, mas acho que foi o ódio do momento que fez com que ele se tornasse quase uma máquina de atrocidades. Depois de tanto esmurrar Carlos, Bruno se levantou e começou a dar pontapés nele, vinha com chutes tão fortes que Carlos chegava a rolar pelo chão do quarto.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Doce Submissão (Continuação 8)



Eu olhava incrédula para o que Carlos falava. Quer dizer que além de me seqüestrar ele já estava se achando o meu marido? Ah, que vontade que eu tinha de falar umas boas verdades para ele. A sorte dele era que minha boca ainda estava vendada.
- Agora fique aqui que vou lá embaixo buscar o resto das coisas.
Carlos retirou da gaveta mais algumas algemas e me prendeu nos quatro cantos da cama, me deixando em formato de “X”. Como eu estava muito cansada, acabei adormecendo. Só despertei quando vi Carlos conversando com Solange pelo celular. Ele havia retirado a venda de minha boca, ao que me deu brecha para começar a relutar de novo. Primeiro tentei ouvir um pouco da conversa entre eles.
- Não poderei ficar esse tempo todo que você está querendo! Já te falei! Uma hora vão desconfiar aqui no prédio, vou ter que ir pra outro lugar!
- ... – Solange falava algo que eu não conseguia escutar.
- É o seguinte, assim que eu conseguir essa maldita foto sua eu me mando com Letícia, ok!
- ... – outras palavras de Solange. Ao que Carlos respondeu:
- É, nessa parte você tem razão. Assim que Bruno ver que Letícia não volta mais vai começar a procurá-la. Com certeza checará nos aeroportos. Então tudo bem Solange, vou esperar mais esse tempo. Só até que Bruno não procure mais por Letícia. Depois vocês nunca mais ouvirão falar nos nossos nomes. E sim, te enviarei a foto o mais breve possível. Agora deixa eu desligar porque tem alguém acordada aqui. – Carlos falou, percebendo que eu havia acordado – Vejo que despertou do seu soninho agradável, meu anjo!
- Não sou, nunca fui, nem nunca serei seu anjo! Sabe muito bem de quem eu sou, senão não teria esse medo todo de sair daqui da cidade comigo! Sabe que ele vai me procurar, e sabe também que se ele te encontrar vai ser fim de carreira pra você e pra Solange!

Doce Submissão (Continuação 7)


Os dias foram se passando e eu sempre encontrando desculpas para não estar perto de Carlos. Acabamos nos afastando um pouco, com muita reclamação de Carlos, que não queria admitir que não tínhamos mas muito em comum e que nossa curta história já estava chegando ao fim. Assim acontecia com Bruno e Solange também. Ela não admitia o fim do relacionamento e ficava jogando coisas na cara de Bruno. Fazia questão de ficar ligando para ele todos os dias, atormentando-o com suas histórias de como o bebê seria feliz naquela família e de como ela estava sofrendo com tudo. Nada daquilo fazia mais sentido para Bruno que não pensava em outra coisa a não ser em como seríamos felizes juntos, só eu e ele sem Solange nem Carlos por perto. Chegamos a ter a idéia de nos mudarmos daquele estado, mas como não queríamos nos afastar de alguns amigos decidimos que ficaríamos por ali mesmo, mas em outra cidade. Carlos, depois de tanto ficar atrás de mim para que voltássemos sem conseguir grandes resultados, acabou sumindo. Fazia um bom tempo que não o via. Solange continuava a não dar trégua, mas nunca havia ouvido falar de mim, nem por Bruno nem por nenhum outro parente ou amigo próximo de nós. Pelo menos era o que nós pensávamos. Um dia eu estava arrumando as nossas coisas para que pudéssemos mudar até que escuto a campainha tocar. Na mesma hora senti um frio na barriga, não estava esperando visitas e algo me dizia que eu não gostaria daquela.
Fui abrir a porta meio apreensiva, e minhas suspeitas se concretizaram na forma de Solange. Mas como ela havia adivinhado meu endereço? Ou melhor, como ela havia me descoberto? O que me restava naquele momento era recebê-la e esperar para saber o que ela queria.
- Olá. Posso ajudar em algo? – perguntei, fingindo que não a conhecia.
- Oras, Letícia! Não finja essa cara de “nuncatevinavida”! Você sabe muito bem quem sou eu, e vou te contar um segredinho: eu já sei quem é você desde de o primeiro momento em que você e Bruno começaram a se encontrar!
Uau! Isso era realmente uma surpresa pra mim. Jamais esperaria ouvir isso de Solange um dia. Como ela poderia saber o tempo todo se nunca havia se manifestado? Ela mesma responde percebendo minha cara incrédula.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Doce Submissão (Continuação 6)


Estava me arrumando pra sair quando o telefone tocou. Do outro lado da linha escuto a voz de Carlos.
- Oi, meu anjo! Acredita que já estou morrendo de saudades? Saudades desse seu olhar penetrante, desse seu corpo maravilhoso e dessa sua boquinha super sexy!!!
- Oi Carlos, como vai? Me deixa sem graça assim! (risos)
- Ah, não precisa ficar sem graça! Você é toda linda assim mesmo! Tudo mérito seu! Sem graça fico eu de poder estar perto de uma mulher tão maravilhosa e inteligente como você!
- Nossa! – falei meio tímida – Não sou tudo isso não! Não acha que ta exagerando não, hein?
- Jamais!
- Tá certo...
- Pronta para uma pequena aventura, minha menininha linda!?
- Uma aventura? O que você ta planejando? Posso saber??? – perguntei meio intrigada.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Doce Submissão (Continuação 5)




- O que quis dizer com “seu estado”? – perguntei a Bruno.
- Há quanto tempo está aqui?
- O suficiente!
- Certo... Lê, a Solange está grávida.
- O quê?
- É isso mesmo que você ouviu!
- E quando pretendia me contar isso?
- Olha, Lê, naquele dia que dormi na sua casa sai de lá disposto a terminar com a Solange, mas aí ela veio com essa notícia, eu não poderia abandoná-la nesse momento. E não te contei porque não queria que você se afastasse de mim por causa disso.
- Como você pôde fazer isso comigo? Como quer que eu seja só sua se sabe que não ficaremos juntos pra sempre? O que vamos fazer agora? Eu espero seu bebê nascer pra você ver que seu tempo encurtou e que agora tem que ter mais tempo pra sua nova família? – Bruno se levantou e veio em minha direção.
- Teremos que aprender a lidar com isso!
- Eu tenho que aprender a aceitar você com ela e você não pode aceitar nem que eu fique com alguém??? Espera aí Bruno, eu também vou formar uma família um dia, e se não for com você será com outra pessoa. Eu não posso ser só sua, eu também tenho minha vida e quero poder ter uma família um dia, e... – Bruno me calou com um beijo caloroso. Pude perceber o quanto ele estava sofrendo com aquilo tudo assim como eu.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Doce Submissão (Continuação 4)




Bruno chegou perto de mim trazendo a coleira em suas mãos. Chegou por trás, baixou meus braços e tirou a escova da minha mão. Senti uma das mãos de Bruno (a que estava com a coleira) deslizando pela minha nuca e a outra segurando meus cabelos. Foi descendo com a mão passando a coleira pelos meus seios enquanto a outra puxava fortemente meus cabelos para cima fazendo com que eu abaixasse um pouco a cabeça. Senti seu corpo me pressionar contra a penteadeira e sua respiração na minha nuca, ele estava ofegante. Soltou meus cabelos fazendo-os cair para frente, tampando meu rosto. Passou a coleira pelo meu pescoço e segurando com as duas mãos foi apertando vagarosamente. Eu estava quase ficando sem ar então, com uma de minhas mãos puxei a coleira pra frente na tentativa de afrouxá-la um pouco, mas Bruno não deixou. Ao mesmo tempo em que pressionava meu corpo contra a penteadeira ia apertando cada vez mais a coleira em meu pescoço, eu já estava ficando vermelha então comecei a me debater tentando me livrar das mãos de Bruno. Ele começou a passar a língua pelo meu rosto fazendo a tonalidade do meu rosto, que estava vermelho, ficar ainda mais evidente. Debatia-me o tempo todo, tentava puxar o ar que entrava com dificuldade, quase nada. Bruno segurou a coleira com uma das mãos e com a outra empurrou meu corpo contra a penteadeira, fiquei inclinada e ele por trás. Tentava empurrá-lo com minhas mãos pra trás, hora segurava a coleira tentando puxá-la hora tentava afastá-lo de mim até que vi Bruno colocando aquele mastro delicioso dele pra fora. Ele segurou minhas mãos e com seu pau latejando enfiou diretinho na minha xaninha. Quando fez isso Bruno relaxou a coleira e eu dei um suspiro profundo tentando recuperar todo o ar que faltava dentro de mim.
- Seu desgraçado! Você quer me matar? – gritei para Bruno como uma louca, tentando afastá-lo de mim.

- Quero te matar de prazer, meu amor! – disse Bruno enquanto começava a acelerar os movimentos que fazia com o pau todinho enfiado em minha xaninha. Eu até queria me distanciar dele, mas Bruno exercia um poder sobre mim que nem eu mesma conseguia explicar. Era uma coisa psicológica, ele simplesmente conseguia me manipular apenas com um olhar. Foi enfiando e me segurando contra seu corpo. Aquela pressão era deliciosa. O pau dele todo enterrado em mim era delicioso e eu percebia porque nunca conseguia dizer não para ele. Comecei a me rebolar também e me virei para procurar os olhos de Bruno que não segurava mais meus braços. Ele me pegou pela cintura e me levou até a base da penteadeira onde me sentei e abri minhas pernas para Bruno o máximo que consegui. Ele parou por um instante e ficou apreciando minha bucetinha lisinha na frente dele, depois veio com tudo e começou a chupar deliciosamente. Sugava todo líquido de prazer que saia dela. Enfiava a língua pelo meu canal vaginal e depois saia chupando. Eu me contorcia buscando aprofundar mais, então Bruno se levantou e começou a bater o pau dele na minha xaninha que foi ficando vermelhinha e inchada de excitação. Bruno forçou a entradinha devagarzinho e quando dei por mim ele já estava com o pau todinho enfiado nela. Eu o abracei por cima dos ombros dele e pude sentir aquele corpo gostoso e definido roçando contra o meu, rebolei mais ainda. Sentia aquele membro delicioso pulsar dentro de mim quase me rasgando por dentro, meu corpo estremecia. Bruno mexia num frenesi alucinante.