sábado, 7 de abril de 2012

Uma Música Brutal 2 - Dançando com Lobos (Parte 2)


- Precisamos conversar! – Samantha falou olhando para Susy. Enzo entendeu que deveria sair agora, mas antes segurou a mão de Susy e disse:

- Nada é tão ruim que não possa ser enfrentado! – ele beijou seu rosto por fim deixando-a atônita com seu jeito impressionantemente sedutor. Antes de sair Enzo lançou um olhar reconfortante para Samantha, como quem pedia para pegar leve, ela compreendeu.

- O que quer agora, Samantha? Outro show? Eu não vou discutir com você em um jantar que é tão importante para Letícia! – Susy tentou ser calma.

- Por favor, antes de me julgar me escute!

- Ah sim, te escutar, assim como você vem fazendo comigo esse tempo todo neh?! Me “escutando”...

- Agora é sério, Susy. O que você ouviu aqui hoje não foi uma história qualquer, é verídica e envolve coisas que você conhece muito bem! Envolve você como garota de programa! – Samantha falava enquanto Susy demonstrava não levar a sério a conversa. Se é o que você quer pra você, eu não posso falar mais nada. Não é meu direito, eu sei. Estive fora por muito tempo e não sabia que estava passando por tanta coisa assim aqui. Mas quero que pense em você e no seu filho porque, se algo acontecer, ele não vai ter mais a mãe por perto. Você acha isso justo? Aliás, nós não vamos mais te ter por perto, e é por isso que isso me preocupa tanto! Droga, Susy, você sabe que eu não sou boa com as palavras. Eu só estou tentando dizer que eu te amo muito pra te perder pra esse mundo! – ela tinha lágrimas nos olhos agora e Susy pode perceber o quão sério ela falava. As duas se abraçaram e Letícia veio se unir à elas.

- Desculpa, eu acabei ouvindo a conversa sabe... caso vocês brigassem de novo, eu tinha que ficar de guarda. – Letícia falava sorrindo, mas com lágrimas nos olhos também. – É bom tê-las de novo!

- Vem logo, Lê! Eu sei que você quer um abraço! – Susy sorriu. E elas formaram um abraço em trio.

- Sabe porque esse jantar era importante pra mim, Susy? Porque você e Sammy são importantes para mim e eu simplesmente não estava suportando ver vocês brigarem assim!

- Podemos aproveitar o resto da noite, por favor?! – Samantha falou enxugando as lágrimas.

- Insensível! – Letícia sorriu e as três caminharam para dentro da casa.

O resto da noite teve um clima mais suave e até contou com risos das duas primas se lembrando das coisas de infância. Todos estavam prontos para partir e Enzo se ofereceu para levar Susy até sua casa, já que ela estava meio “alta”. Ela pensou em recusar, mas Letícia e Samantha ficaram em cima dela para que ela aceitasse a carona.

- Vou dormir aqui hoje, amanhã eu levo seu carro! – Letícia a tranqüilizou.

- Bem, acho que não me resta tanta alternativa assim, não é mesmo? – Susy falou olhando para as duas, enquanto Enzo a esperava já dentro do carro. Sammy e Letícia balançaram a cabeça fazendo um coro “huhum!”. Então ela se foi.


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- Você quase se meteu em encrenca hoje, minha pequena! – Dérick falou quando ficou sozinho com Letícia.

- Bem, acho que tive tudo resolvido antes do fim da noite, então não fui tão mal assim! – Letícia sorriu.

- Você nunca é tão mal assim! – ele falou beijando-a – Venha, quero desfrutar do nosso resto de noite! – ele falou conduzindo-a até o quarto.

- Ora, ora, ora! – ela sussurrou.

- Dispa-se para mim, pequena! – ele mandou. Letícia obedeceu e a dor foi clara no rosto de Dérick ao ver as marcas que ela ainda carregava daquela maldita semana em que esteve nas mãos de Victor, seu irmão. Ele balançou a cabeça para voltar a si, tinha certeza de que se visse ele por mil vezes, por mil vezes o mataria. – Maldito! – Dérick esbravejou.

- Oh, Dérick! Dessa forma não vou mais estar despida para você! – ela falou triste. – Eu já estou bem melhor...

- Tem razão, pequena. Lembrar só torna isso mais doloroso! – ele considerou. Ela consentiu com a cabeça. – Vem, quero você em meus braços agora!

Letícia chegou perto e Dérick a abraçou com cuidado. A vontade de tê-la era tão forte que ele se preocupou que não a manteria tão a salvo assim quando estivessem na cama. Calor selvagem invadiu o corpo de Letícia quando ela percebeu o olhar fulminante de Dérick sobre seu corpo. Ele delineou cada curva dela, dedicando maior atenção ao seu bumbum. Ele simplesmente adorava a forma como eram redondinhos e deliciosos. Deu uma leve mordida que fez Letícia soltar um pequeno gemido. Ele gostou do barulho que ela fez, então mordeu de novo.

- Aiii! Apenas arranque-o fora se desejar! – ela o desafiou.

- Atrevida! – ele sorriu como se aceitasse o desafio. Jogou-a na cama e a virou de costas. Encheu suas mãos com as nádegas de Letícia e as apertou passando a língua em torno delas.

- Humm... isso é gostoso! – Letícia admitiu. Dérick sorriu, mas de repente soltou a mão em cima dela. – Aiiii... – ela soltou um grito com o susto. E depois virou esforçando-se para olhar para ele. – Porque???


- Eu preciso ter um motivo?

- Presumo que não... – ela sorria enquanto ele a arrastava para o quarto. Alguns metros sendo carregada por ele e então ela foi jogada na cama. Levantou novamente o desafiando, ele virou para fitá-la.

- Não se mexa! – Dérick apertou os olhos, Letícia levantou as mãos em rendição. Como ela adorava aquilo. Dérick caminhou até a cômoda e de lá retirou uma sacola, ela viu que reconhecia aquilo. Há tempos não usavam aquele vibrador em forma de borboleta.

- Ah não, Dérick! Não poderíamos ser normais pelo menos um pouquinho assim??? – ela choramingou fazendo um gesto encolhendo os dedos. Ele viu o divertimento em seus olhos e sorriu também. Ele bem sabia que a “normalidade” a qual ela se referia não poderia existir entre eles uma vez que estavam em um relacionamento tão surreal. Ele sabia mais que isso, ele sabia também de suas necessidades. Ele sabia como fazê-la flutuar, como lidar com seu corpo, com seus desejos. Definitivamente a “normalidade” não era para eles.

- Seria como não poder brincar em um parque de diversões, bebê! – ele sorriu maliciosamente enquanto vestia a borboleta no quadril de Letícia.

- Eu estou tão... excitada... vai me fazer gozar rápido assim! E eu ainda quero muito você dentro de mim! – ela pediu aflita. Mas Dérick apenas sorriu. Tê-la assim tão entregue e desejosa era apenas parte da diversão.

- Chegamos ao ponto então! – ele sorriu malicioso. – Você está proibida de gozar até que eu esteja completamente enterrado em você, bebê!

Bem, ele sabia como ter uma diversão e isso ela não podia negar. Dérick então subiu em Letícia e começou a beijá-la. Sugava delicadamente seus lóbulos, sua boca, seu pescoço, até chegar a seus seios. Ela respondia com gemidos e carícias. Quando Dérick alcançou um mamilo, acionou o vibrador com seu controle remoto e de repente Letícia sentiu se clitóris ser freneticamente estimulado por aquele brinquedinho, assim como todo o resto de seu corpo estava sendo estimulado a cada toque de Dérick.

- Desse jeito eu não resisto... – ela gemeu enquanto arfava deleitosamente vendo Dérick chupar um seio, depois passar para o outro e delicadamente cobrir sua auréola com sua boca quente. Então ele a sugava e interrompia o movimento do vibrador. Novamente a incitava passeando com sua língua pelo corpo de Letícia e então religava o vibrador. Letícia estava entre o céu e o inferno sem poder responder ao toque tão provocante de Dérick e àquele temporário e irritantemente delicioso movimento do vibrador entre suas pernas torturando seu clitóris. – Oh, Dérick... – ela soltou outro gemido.

- Ainda não, bebê! – ele falou enquanto se encaixava no corpo de Letícia. Suas pernas afastaram as dela, deixando sua bocetinha extremamente molhada bem abertinha, à espera do seu membro latejante. – Você está deliciosa, bebê! – ele sussurrou. Depois beijou-a novamente e então enterrou seu pau lá no fundo de sua bocetinha. Letícia soltou um gritinho sufocado, depois começou a gemer deliberadamente. Ela queria gozar, ela podia, mas ele parou o movimento da borboletinha e também parou de se movimentar. Ela o olhou em interrogação como quem dizia “porque parou?”. Dérick sorriu e então forçou o movimento entre suas pernas, entrando e saindo, até que ligou novamente o vibrador e o colocou no modo 3 (o último, mais rápido e mais intenso). – Agora, bebê! – ele comandou. Então Letícia se arqueou sentindo sua pulsação vacilar enquanto ela liberava uma explosão de vibrações que se expandiam pelo seu corpo deixando-a completamente em estado de êxtase. Ao mesmo tempo Dérick saboreava sua libertação em espasmos que o deixaram em frenesi. Letícia se levantava para caminhar até o banheiro quando Dérick a puxou e sussurrou em seu ouvido – Estamos apenas começando, bebê!

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O caminho foi meio esquisito, de repente Suzy estava vendo o homem Enzo, e não o amigo de seus amigos. Era difícil não olhar para ele e para aquele corpo extremamente sexy e não pensar em sexo. Para ele também não foi diferente, ele nunca a viu como estava vendo agora e aquilo estava fazendo seu sexo quase saltar de suas calças. Ela permanecia em silêncio, tímida talvez, ou perdida em seus pensamentos, ele não podia garantir nada.

- Quantos anos tem, Susy? – ele perguntou quebrando o silêncio entre os dois.

- Vinte e três...

- Jovem!

- Devo ter quase a sua idade! – ela falou o medindo dos pés a cabeça e considerando no máximo trinta.

- Quarenta? – ele sorriu não se deixando intimidar pela idade.

- Muito bem conservado, eu diria! – ela retrucou.

- Digamos que o trabalho exige que eu seja.

- Em quê trabalha? – ela foi rápida, depois engoliu seco. Tinha que ser sempre tão descuidada com as palavras assim? – Depois reclamo de Sammy... – ela chiou.

- Não se preocupe, não tenho problema em responder! – ele sorriu.

- Droga, ele tinha que ser tão perceptivo? – ela pensou, mas não falou desta vez.

- Fui promovido a Capitão da força tática policial recentemente. E você, o que faz? – ele chegou ao ponto quando aceitou responder a pergunta dela. “nada discreto”, ela pensou.

- Trabalho com entretenimento! – ela foi superficial. Ele entendeu que ela não queria falar, mas se isso envolvia algo com as pessoas de quem Jéssica e Jonatas estavam atrás ele tinha que saber. Não pela Força Tátiva, mas por ela. Ele a quis proteger desde quando a viu encostada na grade da varanda da casa de Dérick. Ele simplesmente tinha que protegê-la nem que tivesse que trancá-la em um quarto. Ele tinha que forçá-la de algum jeito. Ela tinha que confiar nele.

- Entretenimento?! Parece um trabalho satisfatório! – ele foi cauteloso.

- Nem tanto! É bom quando se trata do seu entretenimento e não do dos outros! – ela foi objetiva.

- Mesmo assim, quando se trata de entretenimento, de certa forma nos distrai também! Ouvi dizer que trabalha em um escritório? Qual o nome?

- Whou, whou... Quantas perguntas, Senhor Enzo! – ela sorriu. – Se estou num interrogatório precisa me dizer... tenho que chamar meu advogado! – Susy levantou os braços em rendição. Enzo sorriu.

- Senhor Enzo soa bem! Mas não, não precisa de um advogado. A não ser que esteja metida em alguma encrenca... – ele a desafiou. Susy ficou séria de repente. Preferia não falar sobre o assunto com ninguém, mas conhecia um homem que, pelo julgamento dela diante das conversas que ela acompanhara pelo telefone, ele poderia estar perfeitamente envolvido em toda aquela merda. Mas ela não sabia da história, não era envolvida e nem era uma vítima, logo, não teria que estar envolvida em algo tão grave. Ela achava realmente que sabia muito bem se cuidar sozinha, sempre soube, e não seria agora que faria diferente.

Enzo estacionou o carro na frente da casa de sua ex-sogra, onde ela passaria a noite já que gostaria de amanhecer ao lado de seu filho. Ela agradeceu pela carona e se despediu com um “até mais ver” embora quisesse ter dito “na sua casa ou na minha?”. Um sorriso malicioso invadiu seus pensamentos quando pensou neles indo para algum lugar juntos. Depois refrescou a cabeça e começou a caminhar para dentro quando percebeu que Enzo não sairia da frente da casa até que ela entrasse e estivesse segura. Ela o fez. Sua sogra, Maria, ainda estava acordada. Ela pediu a benção em demonstração de carinho e respeito à mulher mais velha, quase uma mãe para ela, e logo seguiu para o quarto onde seu filho se encontrava. Ele sim dormia. Susy se aproximou e deu-lhe um beijo leve na testa, tomando cuidado para não despertá-lo. Depois o cobriu e saiu do quarto lentamente. Apagou a luz e se despediu dizendo:

- Eu te amo!

Quando saiu do quarto encontrou “mãezinha” (como ela chamava a sogra) parada atrás dela. Foi quase um susto, mas ela logo se recuperou.

- Ainda vai sair? – perguntou D. Maria, preocupada.

- Tenho um compromisso inadiável... – ela fez com tom cansado em sua voz.

- Sabe que não tem que ir! – D. Maria tentou convencê-la. Por mais que ela tentasse esconder as coisas que fazia, era praticamente impossível esconder algo de D. Maria. A senhora mais velha dava seus conselhos, cuidava, mas não ousava se intrometer tanto. Talvez no fundo ela também não visse outra solução, apesar de tentar apontar várias para Susy quando conversavam. Ela a amava como se fosse sua filha, e Susy a amava como se fosse sua mãe, mas D. Maria sabia que a vida havia sido muito injusta com ela e, mesmo querendo questioná-la, não podia ser tão injusta quanto isso. Depois que ambas perderam Edu, filho de D. Maria e pai de Pedrinho (o filho de Susy), elas não tiveram mais ninguém por elas. Mesmo D. Maria ajudando o máximo com seu filho, não era o suficiente e, infelizmente, ela teve que se virar de alguma forma.

- Cuida dele por mim, mãezinha! – ela falou com um sorriso singelo no rosto.

- Eu sempre cuido, querida, eu sempre cuido! Gostaria de poder cuidar melhor de você também... – D. Maria tinha um olhar entristecido. Susy se aproximou, pegou suas mãos e deu um beijo em cada uma, depois sorriu e se retirou dizendo:

- Você cuida, mãezinha!

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A noite caía enquanto Susy dobrava a esquina da rua de D. Maria. Um táxi foi a melhor opção já que as amigas praticamente a impediram de sair de carro. Era fim de semana e ela tinha um compromisso, o que a fez remeter a um ponto: não deveria ter bebido tanto.

Já se passava das 11 horas quando o táxi estacionou em um renomado restaurante que se encontrava no centro da cidade. Susy desceu e solicitou que ele a aguardasse por pelo menos 5 minutos, se ela estivesse muito atrasada o compromisso certamente teria sido cancelado e ela voltaria pra casa no mesmo táxi. Ele concordou e lá ficou esperando-a pelo tempo combinado.

Quando entrou falou seu nome e o nome de quem a estava esperando. Logo a recepcionista a conduziu para uma mesa onde se encontravam alguns homens muito bem vestidos. A conversa fluía entre os contadores de vantagens e as risadas eram fartas. “Homens medíocres!”, ela pensou. Certamente não estava em uma boa noite e, acabar em uma mesa como acompanhante de um esnobe era a última coisa que queria. Infelizmente não pôde desmarcar esse compromisso, pois já havia feito isso por três noites seguidas e o cachê oferecido a ela não era lá algo com o qual estava acostumada. Geralmente pagavam uma quantia considerável, mas não tão considerável quanto esta.

- Boa noite, senhores! – ela forçou o sorriso mais lindo que pôde ter. Logo viu a razão por estar ali se levantar e saudá-la com um beijo quente... “para ele!”, ela pensou novamente. Era Dr. João, um rico e pervertido empresário daquela região, advogado do diabo nas horas vagas.

- Rapazes, esta é Nina! – falou o homem alto, robusto e com barbas que caiam em cascata sobre seu queixo. Sua idade girava facilmente em torno dos seus cinquenta anos. Olhar para a saliência de sua barriga fez Susy ter ânsia de vômito. Como Enzo conseguia se manter tão em forma enquanto estes homens pareciam viver na idade da pedra?

- Creio que já fomos apresentados em alguma ocasião! – cintilou um homem que estava sentado á esquerda de Dr. João. Ela logo o reconheceu, era Luigi Constantino, o homem descendente de italiano com quem ela havia saído por duas vezes desde que ele estava na cidade. Ao contrário de Dr. João, Luigi Constantino tinha uma aparência mais jovem e parecia gostar de cuidar do corpo. O homem era estranhamente sexy com seu cavanhaque que contornava perfeitamente seu queixo largo. Poderia possivelmente se passar por um bom partido, mas aquele homem não enganava o ar apurado de Susy. Foi dele que ouviu a tal conversa suspeita que poderia ligá-lo ou torná-lo um dos suspeitos de Jéssica e Jonatas. Porém ela conhecia pouco sobre ele e não tinha certeza de nada, não era certo incriminá-lo sem provas formais. As duas vezes que estiveram juntos só a deixaram descobrir o quanto ele era bom de cama, e disso ela não podia discordar.

- Olá, Sr. Luigi Constantino! – ela foi educada ao cumprimentá-lo. Dr. João sentiu uma pontada de ciúmes. Sabia que Susy era sua contratada, mas nada o impedia de fantasiar que vivia um lindo romance com aquela mulher linda e sexy ao menos que estivesse ao lado de sua rabugenta esposa, Nora. Susy não o deixava ir tão longe em seus pensamentos, mas ela trabalhava exatamente com aquilo: satisfazer fantasias, o que mais ela poderia fazer?!

Os homens conversaram por mais um tempo e ela tolerava pacientemente até o fim de uma discussão sem pé nem cabeça. “Coisas de homens fúteis e bêbados”, ela quase falou alto. Um bocejo saiu graciosamente de sua boca quando ela pediu licença aos homens para ir ao banheiro. Enquanto esteve lá aproveitou para relaxar um pouco longe do olhar inconveniente dos homens que sabiam exatamente para o quê ela estava lá acompanhando Dr. João. Ela pensou por um tempo sobre as coisas que ouvira a pouco no jantar, aquilo a estava deixando atordoada. Ela sabia que sempre havia sido cautelosa, o problema é que não podia confiar em estar pisando em terreno conhecido por muito tempo, sempre havia chance de tropeçar. Susy lavou os olhos com cuidado para não remover a maquiagem. Secou-se olhando para o espelho por um tempo.

- Você vai sair dessa também! – ela mesma a fortaleceu. Mas depois se recobrou do tanto de vezes que falou a si mesma que largaria os cigarros e, no entanto, até agora não havia conseguido se livrar deles. – Sua fraca! – ela grunhiu. Logo retocou a maquiagem e saiu do toilet. Ficou surpresa ao se deparar com Luigi Constantino, que parecia esperá-la ali na frente.

 - Ragazza! – Luigi Constantino sorriu para ela. Susy o cumprimentou e fez que ia sair da frente dele em direção à mesa em que estavam, mas ele a interrompeu. – Ninguém está mais por lá!

- Mas... – ela suspeitou.

- Eu e Dr. João tivemos uma longa conversa até que ele a liberasse para mim por esta noite! – ele sorriu novamente.

- Isso soa estranho... – ela analisou. Dr. João a esperou por três noites seguidas e agora ele a havia cedido para Luigi Constantino?! Isso soava realmente estranho.



Continua...




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