terça-feira, 1 de junho de 2010

Doce Submissão (Continuação 8)



Eu olhava incrédula para o que Carlos falava. Quer dizer que além de me seqüestrar ele já estava se achando o meu marido? Ah, que vontade que eu tinha de falar umas boas verdades para ele. A sorte dele era que minha boca ainda estava vendada.
- Agora fique aqui que vou lá embaixo buscar o resto das coisas.
Carlos retirou da gaveta mais algumas algemas e me prendeu nos quatro cantos da cama, me deixando em formato de “X”. Como eu estava muito cansada, acabei adormecendo. Só despertei quando vi Carlos conversando com Solange pelo celular. Ele havia retirado a venda de minha boca, ao que me deu brecha para começar a relutar de novo. Primeiro tentei ouvir um pouco da conversa entre eles.
- Não poderei ficar esse tempo todo que você está querendo! Já te falei! Uma hora vão desconfiar aqui no prédio, vou ter que ir pra outro lugar!
- ... – Solange falava algo que eu não conseguia escutar.
- É o seguinte, assim que eu conseguir essa maldita foto sua eu me mando com Letícia, ok!
- ... – outras palavras de Solange. Ao que Carlos respondeu:
- É, nessa parte você tem razão. Assim que Bruno ver que Letícia não volta mais vai começar a procurá-la. Com certeza checará nos aeroportos. Então tudo bem Solange, vou esperar mais esse tempo. Só até que Bruno não procure mais por Letícia. Depois vocês nunca mais ouvirão falar nos nossos nomes. E sim, te enviarei a foto o mais breve possível. Agora deixa eu desligar porque tem alguém acordada aqui. – Carlos falou, percebendo que eu havia acordado – Vejo que despertou do seu soninho agradável, meu anjo!
- Não sou, nunca fui, nem nunca serei seu anjo! Sabe muito bem de quem eu sou, senão não teria esse medo todo de sair daqui da cidade comigo! Sabe que ele vai me procurar, e sabe também que se ele te encontrar vai ser fim de carreira pra você e pra Solange!


- Menina teimosa você viu! Vou ter que colocar a venda novamente?
- Não! Não será necessário! Só quero que saiba que nunca te amarei! E se me mantiver presa aqui quero que saiba disso minuto à minuto! Você nunca vai me ter de verdade!
- Amor, vou relevar suas palavras. Está assim agora, logo voltará ao normal comigo, disso eu tenho certeza!
- Vai pensando, seu dissimulado!
- Eu preparei uma janta. Já está com fome?
- Não! Me recuso a colocar qualquer coisa que você faça aqui dentro da minha barriga! Morro de fome, mas não como!
- Você é quem sabe!
Carlos se levantou e ligou a televisão. Foi até a cozinha e voltou com dois pratos, o meu e o dele. Sentou-se ao meu lado e, assistindo a TV , começou a comer fazendo barulhos de quem se deleita e repetindo mil vezes que a comida estava maravilhosa. Mas eu não me rendi. Virei o máximo que consegui para o lado e fiquei assistindo televisão também. Passei o resto do dia assim, sem comer nada. A única coisa que entrou foi uma água que tomei para não desidratar. Pensava que se eu ficasse doente ali, talvez na primeira brecha que eu tivesse para ir embora eu poderia não conseguir. Então resolvi deixar meu corpo são, só não conseguia me alimentar porque não tinha fome nenhuma.
Alguns dias se passaram. Carlos sempre me tratando da mesma forma, como uma rainha. Só que uma rainha não ficaria presa nem um dia, e eu já estava presa há quase dois meses. Carlos só me soltava para que eu pudesse tomar banho e nisso ele me acompanhava sempre, colocando apenas algemas ligando meus braços e algemas ligando meus tornozelos. Assim ficava difícil escapar. Eu sempre estava sendo vigiada por ele que não fazia outra coisa a não ser cuidar de mim. Vez ou outra ele conseguia empurrar colheres de sopa na minha boca que iam “goela abaixo” como ele dizia. Pelo que eu fiquei sabendo por Carlos, Bruno já havia parado de me procurar e, depois que ele enviou as fotos de nós dois manipuladas por ele pra Solange, Bruno ficou descrente de tudo. Eu sentia uma saudade imensa de Bruno, mas também estava descrente de que um dia pudesse sair daquele cativeiro e reencontrá-lo. Já estava quase me acostumando com a idéia de ser o “bibelô” de Carlos. Como eu disse: quase!
Depois de tanto tempo me tratando com carinho absoluto e fazendo quase tudo o que eu pedia, Carlos veio com uma história diferente. Alguma coisa me dizia que ele mudaria dali pra pior e eu teria que assistir a tudo sem poder fazer nada. Pude perceber isso quando ele tentou novamente, depois de inúmeras vezes atrás, ficar comigo por inteiro. Eu já até sabia o que ele queria, quando se aproximou veio com o mesmo carinho de sempre, o problema era que eu não conseguia mais me entregar a ele. Eu já havia passado muita coisa ruim por conta dele, não seria justo eu me entregar assim. Mas não era o que Carlos pensava.
Chegou se deitando na cama devagarzinho, puxando a coberta de mim. Como eu não podia me mover, pois ainda usava as algemas, fiquei esperando que ele chegasse mais perto para poder deixar meu “NÃO” ecoar mais pertinho do ouvido dele.
- Lê, eu tenho uma surpresinha pra você. Lembra daqueles óleos, então, eu trouxe uns parecidos para uma brincadeirinha nossa. O que você acha, hein? Você deve estar com tesão, afinal faz tanto tempo que não fazemos. Vamos, ceda dessa vez! Prometo te levar ao céu!
- Carlos, deixa de ser sínico! Neste inferno que estou seria impossível alcançar o céu! Me erra, vai?!?!?! Já sabe que eu não quero, não insista!
- Eu sinto muito, Lê, mas eu não vou desistir não! Não hoje! Já desisti de você todo esse tempo, hoje é sua vez de ceder! – Carlos falou se aproximando de mim. Subindo no meu corpo e deslizando as mãos pelos meus seios. Confesso que, como fazia tanto tempo que não era tocada daquela forma, meu tesão realmente aumentou na hora. Eu podia não querer estar com Carlos, mas ele sabia muito bem como me atiçar. E foi o que ele fez.
- Você vê agora que também tem uma atração por mim?! Viu só, basta eu te tocar que você se treme toda!
- Tá Carlos, o erro do ser humano é confundir carência com tesão! É isso que eu tenho, carência! Por isso meu corpo tá reagindo dessa forma, mas não se alegre, não tem nada a ver com você!
- Tudo bem, eu não me importo com isso. Cedo ou tarde isso terá muito a ver comigo, por enquanto eu me conformo em satisfazer sua “carência”! – enquanto Carlos falava, ele levava uma das mãos para minha calcinha, onde ficou esfregando por cima. Eu não resisti e comecei a rebolar na mão dele, acho que me deixei levar pelo momento. A verdade era que Carlos era um homem muito atraente e tinha uma lábia que era difícil não cair. Mesmo assim eu tentava me esquivar.
- Tá vendo, Lê! Viu como você gosta! Rebola na minha mão, rebola?!
- Sai daqui! Sai de perto de mim! – falei e parei de rebolar na mesma hora. Eu estava realmente muito carente, nem estava me reconhecendo. Não queria de forma alguma estar com Carlos naquela condição, mas parecia mais forte que eu. Um misto de tristeza e tesão invadiram meu corpo. Acabei virando pro lado e chorando muito. Queria muito saber onde estava Bruno, e porque ele havia parado de me procurar. Se fosse o contrário eu buscaria ele até no infinito, mas parece que ele havia me abandonado no primeiro empecilho. Não queria pensar nisso, ele provavelmente teve os motivos dele para não concluir a busca. Naquele momento eu só queria achar uma forma de escapar das mãos de Carlos.
- Amor, sinto muito, mas dessa vez você vai ter que ceder! – Carlos falou puxando meu corpo pra perto do dele e com uma de suas mãos rasgou minha calcinha. Cheguei a ficar marcada na pele pela força feita na calcinha contra o meu corpo. Pedi pra ele que parasse, mas nem eu mesma estava sendo sincera nisso. Queria e não queria. Não sabia o que pensar dele, não sabia o que pensar de mim. Como eu poderia estar me entregando assim pra ele? E tudo o que eu sentia por Bruno, deveria deixar morrer naquela noite? Eu não queria que isso acontecesse, mas Carlos estava irredutível.
- Para, Carlos! Não fala isso! Estará cometendo mais um crime! – falei desesperada tanto por desejar quanto por não querer ele por perto.
- Não será um crime, meu bem! Você gosta de coisas assim que eu sei! Era isso que praticava sempre com Bruno, não era? Me fala! – Carlos já alterava o tom de voz.

- Não era assim! Não era dessa forma! Você tá agindo errado! Não faz isso... por favor! – falava entre soluços.

- Você vai gostar! Eu prometo! – depois de falar isso Carlos puxou meu sutiã e passou o óleo entre minhas pernas. Começou a esfregar, primeiro devagar depois foi aumentando a intensidade. Eu não sabia se tentava afastá-lo ou se deixava rolar. No fundo eu sentia um ódio profundo por ainda ter dúvida sobre isso, eu deveria continuar no não e olha lá. Era o mínimo que eu podia fazer. Comecei a me debater e a xingá-lo. Pedia para ele se afastar, mas ele não saía de perto. Ajoelhado em cima de mim começou a forçar o pau dele pra dentro da minha bucetinha. Eu tentava fechar as pernas, mas com elas presas ficava meio difícil. Carlos, depois de um tempo forçando conseguiu socar o pau todinho dentro da minha bucetinha. Começou a bombar forte, eu só pedia pra ele parar. Comecei a xingá-lo novamente ao que ele começou a responder com tapas na minha cara.
- É disso que você gosta, sua vadia! Você gosta de levar tapa na cara! – falava e batia enquanto continuava bombando forte dentro de mim.
- Já te falei que não é assim! Para! – eu falava tentando negar que meu desejo era o mesmo dele naquele momento. Eu não deveria estar gostando daquilo, mas não sei por qual motivo, eu na verdade estava gostando muito.
- Não é assim? Como não é assim? Eu vi as fotos que o detetive de Solange tirou de você e de Bruno! Não negue! Eram todas explícitas, nós sabíamos exatamente o que se passava entre vocês dois!
- Acontece que tudo era feito com o meu consentimento e, principalmente, com carinho de ambas as partes!
- Então deixa eu te dar meu carinho hoje, deixa. – Carlos passeava com a língua pelo meus rosto, sugava meus lábios, lambia e depois assoprava meus lóbulos. Eu acabei não resistindo e me entreguei à ele que, depois de um tempo naquele papai e mamãe, acabou me livrando das algemas e, pegando pela minha cintura me colocou de 4 na sua frente. Segurou pelos meus cabelos pressionando minha cabeça contra a cama e enfiou o pau de uma só vez. Começou bombando devagar e logo ganhou ritmo. Estocava tão fundo que acabei ficando completamente estirada na cama. Sentia o peso do corpo dele contra o meu, sentia todo o calor do momento e não me segurei por muito tempo. Acabei gozando no pau de Carlos. Ele, percebendo que eu havia gozado, retirou o pau de dentro da minha bucetinha e voltou a me algemar. Me colocou deitada de barriga pra cima e com a cabeça para fora da cama. Veio na minha frente e enfiou o pau na minha boca. Estocava bem forte e eu só sugava aquele membro delicioso. Minha garganta ficava entalada de tão fundo que ia o membro de Carlos. Ele começou a bombar mais rápido ainda e depois de algum tempo pude sentir aquele gozo quente dentro da minha boca. Depois disso ele retirou o pau de lá e ficou espalhando aquele líquido pelo meu rosto. Me levou para tomar banho com ele e eu, daquele dia em diante não troquei uma só palavra com Carlos. Era só choro e ressentimentos. Não admitia, mas havia gostado muito daquele momento e isso me deixava mais furiosa ainda porque meus pensamentos só conseguiam ver Bruno descobrindo daquela noite e não querendo mais voltar comigo.
O tempo se passava e Bruno nunca aparecia. Não havia nenhum sinal de que ele estivesse me procurando, nada. Carlos continuava me tratando muito bem, porém nunca me deixava solta. Estava sempre dentro do quarto e o lugar mais longe dali que eu podia ir, mesmo assim sob a vigilância de Carlos, era ao banheiro. Eu até chegava a pensar em não relutar mais contra Carlos, os sentimentos dele pareciam ser verdadeiros. Mas essa idéia logo saía da minha cabeça, pois se eu estava ali, sem Bruno, era por culpa de Carlos e de Solange. Jurei a mim mesma que jamais o perdoaria e, mesmo tendo que viver eternamente como sua refém ele jamais teria acesso ao meu coração.
Mais alguns meses se passaram sem que Carlos tivesse tentando fazer mais algo comigo. Mas o meu sossego não duraria muito tempo. Estava um dia chuvoso e Carlos havia saído de casa pela manhã. Quando chegou parecia meio tenso, mas eu nem perguntei e nem me interessava saber o porquê daquilo. Fiquei na minha só observando os movimentos de Carlos. De repente ele entra no quarto e fala que vamos nos mudar dali para outro estado ou talvez outro país. Novamente o desespero me veio à cabeça. Eu sabia que Bruno não estava mais me procurando, mas mudar dali seria assinar minha sentença e ter a certeza de que meu destino seria estar ao lado de Carlos pra sempre. Definitivamente, não era o que eu queria.
- Para onde pretende me levar?
- Não sei ainda, sei que não ficaremos mais aqui!
- Pode me falar o que está acontecendo? Você fez mais alguma merda? – perguntei desconfiada.
- A única merda que fiz foi não ter dado fim em Bruno enquanto eu podia!
- Então essa nossa mudança repentina tem a ver com Bruno? – perguntei não escondendo minha alegria. Enfim Bruno havia voltado a me procurar. Isso significava muito para mim. Significava principalmente que ele não havia deixado de me amar. Como eu estava feliz!
- Não fique contente! Ele nunca vai te achar! – falou Carlos, completamente irado e fora de si.
- Não conte com isso! Bruno sempre consegue o que quer! - falei provocando Carlos que já não estava nem um pouco satisfeito. Carlos veio em minha direção e lançou um forte tapa contra meu rosto.
- Cale a boca! Isso é idiotice! Você nem deve ter sentido tanta falta dele assim! Como pode alguém querer trocar uma pessoa que trata como uma princesa por um cara que te faz de escrava sexual dele?!?! Você deve ser completamente louca!
- Louco é você que me tirou dos braços do amor da minha vida mesmo sabendo que eu nunca te amaria de verdade!
- Mesmo não me amando você gosta de mim! Isso eu tenho certeza! Caso contrário não me desejaria tanto! – Carlos falava com um sorriso debochado no canto da boca.
Aquilo para mim havia soado como um tapa. Senti meu coração doer de tristeza. Por mais que eu não admitisse, ele não estava falando nenhuma mentira, eu realmente sentia uma atração diferente por Carlos. Isso me fazia crer que toda a culpa por estar ali naquele momento era minha, pois eu não deveria ter me deixado envolver com alguém como ele. E eu, de fato, não sabia como ele conseguia seduzir daquela forma. Ele era um lobo em pele de cordeiro e disso eu não podia duvidar.
Depois de um tempo jogando uma roupa pra lá e um sapato pra cá, Carlos veio em minha direção. Eu já não duvidava de nada que ele pudesse fazer, mas sabia que ele não me machucaria de verdade, talvez por isso não tinha tanto medo dele.
- Sabe, antes de te levar daqui, quero você mais uma vez!
- Ah, ta! Lá vem o louco outra vez! Não vê que não te quero?
- Vai querer!

E Carlos veio novamente para cima de mim, me chupava como um animal. Me apertava em todas as partes do meu corpo. Falava coisas horríveis sobre a minha pessoa e sobre o que ele faria dali pra frente. Eu só tentava me soltar dele.
Enquanto isso outra coisa acontecia do lado de fora do apartamento. Bruno havia descoberto toda a farsa de Carlos e de Solange. Depois de tanto tempo me procurando nos lugares errados, Bruno acabou seguindo Carlos descobrindo assim o lugar onde eles estavam me escondendo. Decidiu resolver as coisas do modo dele, não chamou polícia nem nada. Maquinou os planos e seguiu tudo à risca. E assim, sem que ninguém percebesse, Bruno veio me buscar.


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