sexta-feira, 4 de junho de 2010

Doce Submissão (Continuação 9)




Bruno entrou na casa sem fazer barulho algum. Não sei como, mas ele havia conseguido arrombar a porta. Entrou quarto a dentro, Carlos estava em cima de mim em mais uma daquelas sessões agonizantes. Eu naquela situação de desejar sem querer de verdade e ele tentando fazer com que eu gostasse daquilo tudo. Meus olhos cheios de lágrimas quase não acreditaram quando viram Bruno entrando pelo quarto. Eu soltei logo um grito de desespero:
- Bruno, meu amor!
Carlos levou um susto. Levantou-se rapidamente vestindo as calças que estavam pela metade das pernas dele e soltou as frases que quase não saíram devido ao pavor que ele estava ao ver Bruno ali, parado na sua frente.
- Como conseguiu entrar? – perguntou Carlos, assustado.
- Você vai pagar por tudo o que fez a Letícia, seu desgraçado! – Bruno mal terminou a frase e já avançou em cima de Carlos. Os dois travaram uma luta que parecia não ter fim. Bruno puxou Carlos para fora da cama, o jogou no chão e começou a dar murros na cara de Carlos. Só conseguia enxergar o sangue escorrendo do rosto de Carlos que tentava revidar a todo custo. Bruno não parecia ser tão forte quanto estava demonstrando ser, mas acho que foi o ódio do momento que fez com que ele se tornasse quase uma máquina de atrocidades. Depois de tanto esmurrar Carlos, Bruno se levantou e começou a dar pontapés nele, vinha com chutes tão fortes que Carlos chegava a rolar pelo chão do quarto.


- Agora você vai saber o que é estar de mãos atadas enquanto um louco faz o que quiser contigo! Vê se isso é bom! – nunca vi Bruno gritar tão nervoso com alguém como ele estava – Aonde estão as chaves? Quero as chaves das algemas que estão prendendo Letícia! Me dê elas agora!
- Estão dentro da gaveta! – Carlos falou já totalmente sem forças pra revidar, no chão do quarto ainda. Enquanto Bruno se afastou pra pegar as chaves ele foi se rastejando em direção à sala. Até tentei alertar Bruno sobre aquilo, mas ele só queria me soltar daquele lugar.
- Eu te amo! – eu disse pra ele entre soluços – Eu te amo muito! Eu sabia que não me deixaria aqui! Eu simplesmente sabia!
- Meu amor, ele te machucou? O que ele fez esse tempo todo? Ele te feriu, meu amor?
- Não amor, não quero mais falar sobre isso, vamos embora! Por favor, quero sair deste lugar!
- Claro amor, claro! Vou te tirar daqui agora! – Bruno soltou todas as algemas, me pegou no colo e caminhou comigo em direção à sala. Quando chegamos lá tivemos outra surpresa. Solange esperava por nós, com uma arma nas mãos. Apontou diretinho na cabeça de Bruno que me soltou na hora e se pôs na minha frente para que nada me atingisse.
- Não pense que vai terminar assim! – disse Solange com um olhar fulminante em nossa direção.
- Gostaria que tudo tivesse dado certo, não é mesmo Solange? Achou que eu jamais descobriria! Pois bem, descobri e aqui vim buscar o único e verdadeiro amor da minha vida! – Bruno falou com um sorriso de vitória nos lábios. Aliás, lábios lindos dos quais eu tanto senti falta.
- E vai dar certo! Não gosto de pessoas no meu caminho! E ela está no meu caminho! – falou Solange apontando para mim.
Ela começou a girar na sala tentando nos encurralar. Bruno não deixava que eu ficasse na frente, eu só queria terminar logo com aquilo.
- Se você atirar em um de nós dois você vai ter que pagar por isso, Solange! Pense um pouco! Além de não poder me ter de volta ainda vai ter que passar um bom tempo na cadeia, está mesmo disposta à isso? – Bruno tentava convencer Solange a largar a arma, mas ela não queria conversa.
- Não vou deixar que vocês tenham um final feliz! Agora é questão de honra para mim!
Enquanto rodávamos em volta do sofá percebi Carlos se levantando por trás de Solange. Tudo o que Bruno falava para ela fazia com que ela ficasse com mais ódio ainda. Não parecia que iria cooperar. Ela começou a gritar com ele e me xingar de todos os nomes possíveis, puxou o gatilho de uma hora pra outra. Eu fechei os olhos no exato momento em que ela efetuou o disparo na arma. Um silêncio desesperador tomou conta da sala. Não tinha coragem de abrir os olhos, certamente ela havia ferido Bruno. Seria duro demais ter que ver aquilo. Fiquei ali, de olhos fechados, até sentir Bruno me abraçando e tocando em todos os cantos do meu corpo.
- Você se machucou, meu amor? Está tudo bem com você? – perguntava ele.
- Sim, estou bem. Mas e você? Se machucou? Aonde o tiro pegou? – perguntei tocando ele também.
- Tente se acalmar, meu bem! Vire-se e olhe você mesma!
Quando olhei, Solange estava caída no chão com o corpo sangrando e Carlos com uma outra arma na mão estava ligando para a polícia e para a ambulância.
- Amor, ele também está armado!
- Sim, e foi ele quem atirou em Solange.
- Está falando sério?
- Também custei a acreditar, mas foi exatamente o que aconteceu!
Carlos veio caminhando em nossa direção e disse que a polícia estava a caminho, assim como a ambulância que levaria Solange ao médico. Nos contou também que era um ex-delegado, “ex” porque com certeza seria demitido depois de todas estas denúncias que faríamos contra ele. Ele nos disse que estava disposto a pagar pelos erros cometidos, assim como estava disposto a fazer com que Solange pagasse também. Confesso que a atitude dele me surpreendeu, mas mesmo assim não me sensibilizou. Esperamos algum tempo até que nos levassem para a delegacia para registrarmos a ocorrência. Não vimos Carlos ser levado para a delegacia também, saímos antes e ele ficou conversando com os policiais, de certo relatando tudo o que acontecera. Depois de tudo resolvido na delegacia, eu e Bruno fomos para minha casa. Estávamos ambos exaustos e tudo o que desejávamos naquele momento eram nossos corpos juntos. Chegando em casa:
- Custa-me acreditar que foi algo real. Para mim isso foi um pesadelo ao qual nunca mais quero retornar.
- E não retornará meu bem! Agora estamos juntos e nunca mais ninguém fará mal algum a você! Eu prometo!
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
Depois deste pequeno diálogo ficamos num abraço abrasador e demorado. Sentíamos muita necessidade de sermos um, de estarmos juntos. Bruno e eu fomos tomar um banho e, obviamente, depois de tanto tempo longe, o desejo falou mais alto.

- Você me quer meu amor? – falei seduzindo Bruno.
- Te quero por inteira! – Bruno falou me agarrando pela cintura e dando-me um beijo de tirar o fôlego. Minha língua também procurava desesperadamente pela língua de Bruno. Nós dois, de pé embaixo do chuveiro que parecia lavar não só nossos corpos, mas nossas almas também. Minhas mãos deslizavam pelo corpo de Bruno até que fui interrompida com ele segurando uma delas. Descendo pelo peitoral ele a conduziu até seu pênis, que já estava durinho. Apertei com delicadeza, senti o suspiro de Bruno no meu ouvido.
- Delícia!
- Delícia vai ser ele na minha boca!!! – quando falei isso fui deslizando minha língua pelo peitoral de Bruno, acariciando-o. Bruno me fitava o tempo todo.
- Minha devassa!
- Toda sua!
Abocanhei o membro de Bruno e engoli todinho. Aquilo me excitava tanto quanto estava excitando Bruno. Eu ali, agachada aos pés de Bruno, em total estado de submissão, sugando todo o líquido de prazer que brotava daquele pau delicioso. Bruno agarrou meus cabelos e começou num vai e vem frenético. Socava o pau lá no fundo da minha garganta e, nesse ritmo extasiante, Bruno gozou. Gozou intensamente deixando minha boquinha e meu rosto completamente lambuzados pelo seu prazer. Levantei e beijei Bruno maliciosamente. Ele no fundo sabia o que aquilo significava, sabia que a cadelinha dele era quase insaciável. Ele me puxou para fora do banheiro e me colocou de quatro no chão do quarto.
- Como você é vadia! A minha vadia! – falando de um jeito sexy e malicioso, Bruno estocou com toda a sua força o pau na minha xaninha, que se contraia de tanto tesão. Enfiava com toda a sua vontade, com todo o seu desejo. Eu suspirava, gemia, me contorcia em seus braços. Bruno sabia exatamente como me levar à loucura, e isso ele fazia muito bem. Nem Bruno resistiu àquele delicioso momento. Me segurando pela cintura, Bruno estocava com passadas lentas e rápidas e, num ruivo alucinado ele me ergueu para cima de seu corpo, agarrou-me entrelaçando seus braços em minha cintura e segurando meus seios com suas enormes mãos. No mesmo momento eu soltava um gemido de liberdade nos braços de Bruno. Que delícia! Gozamos os dois, juntinhos, e não havia ninguém no mundo que pudesse tirar aquilo de nós. Éramos um só corpo, uma só alma. E a música que soava em meus pensamentos demonstrava bem o que estávamos sentindo naquele momento.
“Éramos nós...
Éramos nós...
Um mais um...
Éramos mais que só dois...” (Skank – um mais um)
Adormecemos ali, em estado de êxtase... eu e ele... “nós um”....
Quando nos recuperamos de todo aquele trauma, começamos a colocar nossa vida em ordem. Seis meses haviam se passado depois daquele incidente e eu e Bruno não poderíamos estar mais felizes. Estávamos com um sonho se concretizando, nossa casa estava quase pronta e Bruno havia me dado de presente a casa onde havíamos passado aquela semana maravilhosa. Vez ou outra íamos para lá. Júlia ainda prestava alguns serviços para nós dois, mas se limitava apenas a serviços domésticos, nunca mais nos envolvemos com ela, acabamos ganhando a amizade e a lealdade dessa pessoa maravilhosa que era ela. Eu, enfim, estava realizando o sonho de toda submissa, viver um relacionamento estável, amoroso e feliz com meu próprio dono.
Mais alguns meses se passaram. Bruno e eu nos casamos e mudamos para a casa que havia ficado pronta a pouco tempo. Tínhamos uma vida perfeita, de casal “quase comum’, com alguns contratempos da vida a dois, mas nada que nos tirasse a felicidade que era dormir e amanhecer na mesma cama, coladinhos, todos os dias. Não tínhamos mais notícias de Solange, que havia se mudado para o exterior, e Carlos, que segundo alguns boatos havia sido morto por um de seus desafetos. Sim, não éramos só eu e Bruno que tínhamos algo contra Carlos. Seu passado sempre foi conturbado, marcado por golpes, corrupções, homicídios, tudo isso da época em que ainda era delegado. A fama dele aumentou depois do que ele fez contra mim. Descobrimos que os policiais que se dirigiram ao local onde ele me mantinha refém eram, na verdade, todos colegas de crime de Carlos, e que contra ele não pesou nenhuma das acusações pois os tais policiais manipularam os depoimentos que eu Bruno demos. Na época resolvemos que não correríamos mais atrás daquilo, pois aquele assunto só nos trazia mágoas e ressentimentos. Ficou por isso mesmo e, talvez a morte dele tivesse selado de vez aquela condição.
Quando nos mudamos ainda havia muita coisa para ser arrumada na casa. Como viajamos em lua de mel quase um mês depois do casamento devido à alguns assuntos que Bruno tinha pendentes em sua empresa, deixamos para arrumar os presentes e a casa bem mais tarde. Passamos férias maravilhosas aqui mesmo, no nosso país. Foram momentos inesquecíveis ao lado de meu amado. Voltamos para casa renovados e com a certeza de que tomamos a melhor decisão de nossas vidas quando nos juntamos. Certo dia, estava eu em nossa casa, começando a arrumar as coisas, quando percebo uma movimentação do lado de fora. Na hora não liguei muito, como a casa era cercada por um paisagismo natural era de costume que alguns animaizinhos passeassem por ali. Continuei com meus afazeres sem dar maior importância ao que se passava lá fora. De repente senti um cala frio que me tomou toda a espinha dorsal, virei imediatamente e quase não consegui me segurar nas minhas próprias pernas quando me deparei com aquela figura que mais parecia uma alma viva. Carlos estava de volta. Na hora não vi mais nada, com o choque, caí desacordada no chão da sala.
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- Você se machucou, meu amor? Está tudo bem com você? – perguntava ele.
- Sim, estou bem. Mas e você? Se machucou? Aonde o tiro pegou? – perguntei tocando ele também.
- Tente se acalmar, meu bem! Vire-se e olhe você mesma!
Quando olhei, Solange estava caída no chão com o corpo sangrando e Carlos com uma outra arma na mão estava ligando para a polícia e para a ambulância.
- Amor, ele também está armado!
- Sim, e foi ele quem atirou em Solange.
- Está falando sério?
- Também custei a acreditar, mas foi exatamente o que aconteceu!
Carlos veio caminhando em nossa direção e disse que a polícia estava a caminho, assim como a ambulância que levaria Solange ao médico. Nos contou também que era um ex-delegado, “ex” porque com certeza seria demitido depois de todas estas denúncias que faríamos contra ele. Ele nos disse que estava disposto a pagar pelos erros cometidos, assim como estava disposto a fazer com que Solange pagasse também. Confesso que a atitude dele me surpreendeu, mas mesmo assim não me sensibilizou. Esperamos algum tempo até que nos levassem para a delegacia para registrarmos a ocorrência. Não vimos Carlos ser levado para a delegacia também, saímos antes e ele ficou conversando com os policiais, de certo relatando tudo o que acontecera. Depois de tudo resolvido na delegacia, eu e Bruno fomos para minha casa. Estávamos ambos exaustos e tudo o que desejávamos naquele momento eram nossos corpos juntos. Chegando em casa:
- Custa-me acreditar que foi algo real. Para mim isso foi um pesadelo ao qual nunca mais quero retornar.
- E não retornará meu bem! Agora estamos juntos e nunca mais ninguém fará mal algum a você! Eu prometo!
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
Depois deste pequeno diálogo ficamos num abraço abrasador e demorado. Sentíamos muita necessidade de sermos um, de estarmos juntos. Bruno e eu fomos tomar um banho e, obviamente, depois de tanto tempo longe, o desejo falou mais alto.

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