Enzo olhava para o apartamento de
Suzy e lutava contra seus próprios instintos tentando não invadi-lo e arrancar
aquele homem de lá de dentro. A portaria permanecer aberta facilitava muito a
vida de Suzy que não precisava ficar anunciando para o porteiro toda vez que
recebesse uma “visita profissional”. Talvez ela tivesse escolhido aquele prédio
por esse detalhe, mas aquilo não representava de forma alguma “segurança” para
ela. Mas pelo visto Suzy raramente se preocupava com isso: “segurança”. Ele
podia perceber pelo jeito louco que levava a vida, quase nunca se preocupando
com nada exceto com o fato de manter sua pequena família, seu filho e sua
sogra, distantes de qualquer vínculo com sua vida profissional. “Sua louca!”,
Enzo pensou enquanto sentiu seu pau pulsar dolorosamente contra a prisão de sua
braguilha. É, ela causava efeitos nele também. O que ela estaria fazendo lá
dentro? Porque aquele homem estava demorando tanto? Ele tinha que protegê-la,
era sua função subir lá e saber o que estava acontecendo. Ter certeza de que
ela não corria risco. Mas e se ele encontrasse algo que não gostasse?
Enzo se perdia em seus
pensamentos quando viu Suzy aparecer da janela. Então ela deu uma olhada para
baixo, ele acenou, ela fingiu que não viu e então fechou as cortinas.
- Porra! – Enzo grunhiu. Era de
fato um cliente. Enzo teve que lutar contra todos os seus impulsos para não
subir até o apartamento dela e tirar aquele cara de lá de dentro, nem que para
isso tivesse que utilizar a força. Mas ele decidiu que não faria. Ela não pediu
por socorro e ele sabia que ela não era nada dele para que ele agisse com todo
aquele instinto protetor em torno dela.
Enzo sentiu seu pau chamejar
apenas com o pensamento de tê-la só para ele. Ele considerou que não seria má
idéia. Chegou até a fantasiar com Suzy amarrada em sua cama, implorando para
que ele a tomasse. Implorando para ser sua. Dele! Só dele e de mais ninguém!
Seu punho cerrou quando voltou à realidade. Agora ela estava em seu apartamento
“trepando” com outro. Só a idéia de outro homem a tocando lhe causou entojo.
- Controle-se, homem! O que há
com você? – ele falou consigo mesmo.
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Suzy estava agachada no chão do
seu quarto enquanto trabalhava sofregamente com sua boca no pau de Luigi. Ele
não era um homem exatamente belo, mas os traços de sua descendência italiana
certamente o deixavam com um ar mais másculo. Ele a segurava pelos cabelos
enquanto puxava sua cabeça contra seu membro. Ela tinha que se empenhar para
acompanhar seus movimentos acelerados.
- Ah, che piacere! – Ele exclamou
enquanto gemia.
Luigi costumava soltar algumas
palavras em italiano quando estava excitado. Ela não compreendia tudo o que ele
dizia, mas sabia que estava gostando. “o importante é a satisfação do cliente”,
ela quase bufou com o pensamento, mas sua boca estava o suficientemente
ocupada. Então ela voltou a trabalhar com sua língua em torno do membro quente
de Luigi. “será que Enzo sabe o que estou fazendo aqui em cima?”, ela vibrou
com o pensamento e a luxúria tornou seu corpo quente. “Como será o toque
dele?”, Suzy pensou enquanto sentia sua boceta subitamente umedecer. Pensar nele
a deixava muito excitada e desejosa. Ela tentou imaginar como seria ter Enzo
ali, na mesma posição em que Luigi estava. Pensou em como seria ter o membro
dele dentro de sua boca. “E como seria o membro dele? Qual seria seu gosto?”,
ela novamente se acendeu.
Luigi alcançou a boceta de Suzy e
ela se arqueou para sentir melhor seu toque. Não era por ele, para ela não era
ele quem estava ali. Então Suzy fechou os olhos e imaginou as mãos de Enzo a
tocando, seus músculos voluptuosos em cima dela. Luigi a levantou e a deitou na
cama, de quatro para ele porque era como ele gostava de tê-la. Como seria Enzo
colocando-a de quatro enquanto se preparava para enterrar-se nela profundamente?
Será que ela gozaria? Suzy dificilmente gozava com algum cliente, e isso
geralmente só era possível depois que ela assistia a algum filme que a deixasse
excitada. Mas agora, pensando em Enzo, ela estava completamente lubrificada e
cercada pela necessidade de ser penetrada.
Luigi se posicionou atrás de
Suzy, enquanto uma de suas mãos alcançavam seu quadril. Ela rebolou para ele,
deixando-o mais excitado ainda. Suzy tentou agarrar seu membro, mas ele foi
mais rápido e a penetrou rapidamente. Ela arqueou com a investida, sentiu sua
boceta tremer e seu desejo acender. Mas não era por Luigi, certamente. Todo
aquele tesão, todo aquele desejo tinha um nome: Enzo. Luigi a puxou pelos
cabelos, debruçando-se em suas costas, fazendo com que ela deitasse na cama.
Então ele começou a bombar estando em cima dela, deixando-a imóvel. Enzo
gostaria disso: deixá-la imóvel. Ele tinha uma fama, pela “casa” que ele
comandava. Segundo os relatos de Letícia, o local era insondável, mas formidavelmente
aconchegante e incitante, o que a fez pensar: ele era um homem cercado de
luxúria, o que a fazia achar que ele poderia olhar para ela e vê-la mulher e
não a ‘garota de programa’ que sairia com o primeiro sujeito que arrematasse a
oferta por sua boceta? O pensamento a destruiu por dentro e Suzy se sentiu
suja.
- Vai, sua puta! Rebola no meu
pau! – Luigi grunhiu uma ordem seca à ela. Suzy deveria não ter gostado, mas
aquilo serviu para trazê-la de volta para seu mundo real. Puta! Era exatamente
isso que ela era, e nada mudaria seu passado e seu presente. Definitivamente,
Enzo não aceitaria uma pessoa assim em sua vida.
- Aí!!!! – ela gritou quando
Luigi empurrou seu pau para mais fundo dentro da grutinha dela, tendo antes se
chocado contra a parede da cavidade de sua boceta, fazendo com que doesse. –
Cuidado!
- Pensei que estava acostumada
com a ociosidade do ofício! – ele respondeu sendo rude.
- Claro que estou! – ela forçou
uma voz sensual. – Agora mete que tá gostoso! – ela fingiu um gemido, mas a
verdade era que o prazer havia desaparecido depois de todos aqueles pensamentos
acerca do que Enzo pensava sobre ela ser uma garota de programa. – Goza pra
mim, goza? – ela pediu com voz doce. Luigi tinha brilho nos olhos quando a
encarou.
- Assim que eu gosto! Sua puta,
safada! – ele rosnou socando seu pau velozmente dentro da boceta de Suzy. Desta
vez ela gemeu de verdade, sentindo-se completamente invadida por ele. – Estou
quase lá, vadia! Quero que goze comigo!
- Eu estou me segurando só
esperando por você! – ela murmurou uma mentira deslavada. Mas havia soado
convincente para Luigi.
- Então goza, vadia! Goza! – ele
ordenou enquanto deixava seu líquido quente jorrar para dentro do corpo de
Suzy. Ela se curvou para traz e soltou um gritinho sufocado seguido por gemidos
ofegantes. E ela novamente fingia mais um orgasmo.
Luigi liberou Suzy, que se virou
para o lado tentando esconder sua frustração. Ele a acariciou durante um longo
período de tempo. Tocava em cada parte de seu corpo como se analisasse sua
“posse” atual. Então, na posição em que ela estava, ele se virou também e se
encaixou na conchinha que o corpo dela formava. Luigi beijou suas costas
enquanto a acariciava.
- Você é uma delícia! – ele
sussurrou. Ela não respondeu, então ele segurou seu queixo até que o rosto dela
encontrasse o seu. Seguiu seus olhos incógnitos. – Algo errado?
- Não. Nada! – ela forçou um
sorriso. Então ela tentou se manter mais presente ali. Os pensamentos em Enzo
não podiam distanciá-la de seu trabalho. Era impróprio! Pensar nele era
impróprio! Mais impróprio ainda era achar que ele um dia perderia seu precioso
tempo com uma mulher que vendia seu próprio corpo. Ele estava em uma missão
contra os traficantes de corpos, ele certamente não achava nada interessante
uma pessoa fazer isso por conta e risco próprio. Se ele imaginasse o quanto ela
detestava o que fazia às vezes...
- Bem, eu tenho que ir agora! –
Luigi falou se levantando. Culpa correu dentro dela, será que ela não estava
dando a ele atenção o suficiente?
- Fique... – ela protestou.
- Eu até que gostaria, ragazza!
Mas tenho alguns compromissos inadiáveis e tenho que resolvê-los antes de nossa
viagem!
- Certo... – ela sorriu enquanto
caminhava pelo quarto catando suas peças de roupas e vestindo-as. O “nossa
viagem” quase embrulhou seu estômago, mas agora estava feito, ela teria que ir
com ele para Angra dos Reis ou estaria voltando atrás em sua palavra. Ser
indecisa num trabalho como aquele certamente não era uma boa coisa a se fazer.
– Te vejo na sexta-feira? – ela perguntou já na porta.
- Sim, ragazza! Esteja com suas
malas prontas. Eu a buscarei ou mandarei alguém para levá-la ao meu encontro! –
ele beijou sua testa e se despediu. Suzy fechou a porta e caiu no sofá, tensa.
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Enzo olhou o homem saindo do
apartamento de Suzy, ele ainda endireitava a gravata enquanto seguia para seu
carro. Enzo rapidamente pegou seu celular e ligou para Jonatas.
- Enzo? – a voz soou do outro
lado da linha.
- Quero que pesquise uma placa e,
se possível, coloque alguém no encalço desta pessoa! – ele falou enquanto
descreveu o homem que saiu do apartamento de Suzy e passou a placa do carro que
ele pilotava para Jonatas.
- Mais alguma coisa suspeita? –
Jonatas perguntou.
- Não, apenas essa por enquanto!
– Enzo cuspiu. – Quero que me faça um favor, Jonatas!
- O que há?
- Não gostei desse cara! Quero
que me mantenha informado sobre qualquer atuação dele!
- Me diz, Enzo, isso é por causa do trabalho
ou por causa de Suzy? – Jonatas sorriu ao perguntar.
- Não enche! – Enzo rosnou.
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