segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma Música Brutal 2 - Dançando com Lobos (parte 6)


- Não! É aqui que eu trabalho, como vocês já devem ter percebido! – ela foi dura com ele, então percebeu Jéssica sorrindo amigavelmente. – Desculpa, Jéssica! Ele consegue me tirar do sério! – Suzy falou meio sem jeito.

- Sei que não vai acreditar agora, mas ele só está querendo te proteger! – Jéssica sorriu.

- Não queríamos invadir seu espaço, Suzy, mas estamos aqui por causa de Dr. João. Você o conhece? – Jonatas foi direto ao assunto.

- Eu gosto disso, Jonatas! Objetividade! E já que está sendo comigo, vou procurar ser o mais objetiva possível com vocês! Dr. João, como não deve ser segredo aqui, era meu cliente! Apenas isso! Não o conheço e não tenho informação nenhuma sobre ele! Fim de assunto! – ela piscou, sempre na defensiva. Jonatas e Jéssica compreenderam. Ela não poderia estar agindo diferente uma vez que eles estavam lá como policiais e não como amigos.

- Isso explica o por que de você ter sido a última pessoa a falar com ele... antes de o assassinarem! – Enzo falou verificando pela janela, deixando a cortina voltar a cobri-la depois de uma breve analisada para o lado de fora. Suzy quase sentiu o queixo encostar no chão quando ouviu a última palavra: “assassinarem”.

- Quer dizer q...q...que... Dr. João... está... m...m... – ela, perplexa, não conseguia completar a última palavra.

- Sim, ele está! E, considerando que foi a última pessoa a vê-lo vivo, concluímos que deva ter informações importantíssimas que podem nos auxiliar neste caso! – Enzo continuava sendo rude, mas parecia mais querer testar seus limites. Até quando a mocinha meiga conseguia ser delicada e não mandá-lo ir a merda, por exemplo.

- Eu não o matei! – Suzy bufou enquanto se encaminhava para o sofá a fim de se jogar em cima dele e aliviar o peso que a perplexidade estava provocando sobre ela. Assustava ter sido a última pessoa a ver alguém antes da morte deste alguém. Jéssica balançou a cabeça em reprovação à Enzo e foi acalmá-la.

- Nós sabemos que não foi você, querida! Temos provas de que estava em casa quando o crime ocorreu. Acalme-se! – Jéssica falou.

- Então porque estão aqui? – Suzy  perguntou.

- Porque você foi a última a vê-lo vivo, como Enzo disse. Talvez possa nos ajudar com algumas informações, qualquer informação. Qualquer detalhe pode ser uma pista! – Jonatas falou.

- Mas eu não sei... – Suzy refletiu tentando realmente se lembrar de algo. Foi então que lembrou que Dr. João parecia tenso quando foi vê-la. – Ele não parecia muito bem. Além do mais, ele nunca vem me ver nos finais de semana...

- Algo mais, querida? – Jéssica perguntou.

- Bem, ele estava com muita pressa... mas pensei que fosse por causa de sua família... – Suzy disse por fim.

- Acho que ele não estava com pressa para ir encontrar com alguém de sua família, afinal! – Enzo bufou. Ela o encarou impaciente.

- Foi só uma suposição! Eu não tenho que saber da vida dos meus clientes! – Suzy grunhiu. Enzo se aproximou dela, ficando frente a frente. A encarou por um longo tempo. Seu olhar firme, porém muito quente, a deixou com um misto de desejo e repulsa. Ele a encarava tão sério que, se ela não o conhecesse de outros carnavais, teria ficado com muito medo dele naquele momento. Então Enzo seguiu toda a extensão de seu corpo até encará-la novamente. Deu um breve sorriso e se virou. Ela não queria admitir, mas ele a despertava como mulher. Ele simplesmente conseguia tirar todo o profissionalismo que ela tinha quando se tratava de homens, era como se a despisse de suas armas e a tivesse tão pura, tão entregue. Ele a intimidava. Ela sacudiu a cabeça e tentou voltar a si.

- Temos algum trabalho pela frente, Suzy. Aqui está nosso cartão. Qualquer coisa não se preocupe em nos contatar! – Jonatas falou entregando um cartão à Suzy.

- Já vamos, querida! Mas não esqueça: estamos aqui para ajudá-la no que for preciso! – Jéssica beijou a testa de Suzy e se levantou também.

- Obrigada! – Suzy forçou outro sorriso, mas agora o motivo da seriedade era diferente. Ela estava completamente assombrada com o que havia acontecido. Só precisava de um tempo sozinha, só isso. Tinha que se recuperar do baque e voltar à ativa. Ela acompanhou eles até a porta, mas antes de fechar disse: - Jéssica, eu só queria saber de uma coisa...

- O que eu puder responder, querida! – Jéssica sorriu.
 
- Como sabem que eu estava aqui quando o crime aconteceu? – Suzy soou curiosa.

- Digamos que você tem um guarda-costas que... sabe dos seus passos! – Jéssica piscou.

- Guarda-costas? – Suzy perguntou quando sua curiosidade aumentou. Então Jéssica se virou para Enzo, Jonatas também se virou para Enzo e Suzy, por fim, o encarou também. – Você!? – ela falou tentando parecer fria. – Sabe que posso dar queixa na polícia por perseguição, não sabe?! – ela falou em tom afiado. Enzo sorriu indiferente e bateu na identificação em sua farda.

- Polícia! – Enzo disse. Suzy esbravejou, mas não quis prolongar a conversa. Até porque ela não queria que ele desistisse da idéia de vigiá-la de perto. Era reconfortante saber que não estava sozinha naquele momento, mesmo que sua companhia fosse um homem fardado que a protegia sem mesmo ela saber ou pedir por essa proteção. E ela tinha que admitir, ele era um homem diferente!

 *   *   *   *   *   *   *   *   *   *   *   *   *   *   *   *    *   *   *   *   *   *   *   *   *  

- Sua vida me intriga! – Letícia falou enquanto percorria o armário de Suzy e mexia em todos os seus “brinquedos eróticos”.

- Não a incentive! – Samantha bufou.

- Não estou incentivando ela! – Letícia retrucou. – Mas deve ser diferente sair com um homem diferente a cada dia! Ou realizar suas fantasias...

- Achei que Dérick a deixava ocupada o suficiente para não pensar em outras coisas. – Suzy sorriu quando falou.

- Ah, garotas! O que é isso?! Uma garota não pode mais ser curiosa??? – ela deu língua para as duas. – Além do mais, Dérick não me proíbe de ter fantasias, pelo contrário! Ele é a forma viva de todas as que eu já pude ter com um homem! – ela suspirou.

- Uau! Alguém parece cruelmente apaixonada aqui! – Samantha caiu na gargalhada.

- E sou! – Letícia admitiu.

- Muda de assunto, Lê! Não quero saber da vida profissional de Suzy! – Samantha bufou. – E feche esse armário cheio de coisas insanas!

- Ok, santa puritana! – Letícia sorriu enquanto tirava Samantha do sério. - Sobre o que quer falar então? – ela a questionou. Então as duas pareceram captar seus pensamentos por telepatia, e logo se voltaram para Suzy.

- Que tal falarmos sobre essa história da Suzy ter o gostosão do “Mestre” Enzo como guarda-costas em tempo integral??? – Samantha falou em tom malicioso.

- Oh, sim! Isso soa muito interessante! – Letícia deu corda ao assunto.

- Ah, por favor! Não venham as duas! Pra começo de informação eu e ele não podemos bater de frente por muito tempo! Vejo uma briga muito feia por acontecer muito em breve! – Suzy bufou.

- Eu vejo um romance tórrido e quente por acontecer muito em breve! – Letícia soltou, então ela e Samantha caíram na gargalhada.

- Se ele espera me ver o chamando de “Mestre” em algum momento da vida dele, pode ter certeza de que ele estará perdendo seu tempo! – Suzy retrucou.

- Sei! – Samantha falou. – E ele não sobe aqui?

- Meninas, este aqui é meu local de trabalho se vocês ainda não perceberam! – ela falou tentando conter o sorriso. – É uma surpresa ver vocês por aqui. E só estão aqui porque não tive serviço nenhum marcado pra hoje! – ela tentou ser séria. Mas Letícia e Samantha a encararam com um sorriso de um canto ao outro.

- Oh, isso foi uma forma sutil de dizer: “caiam fora!”. – Letícia falou séria, depois caiu na gargalhada. Samantha a acompanhou e logo Suzy também não conseguiu se conter e se fez coro com as duas risonhas. – Bem, apesar da sua reivindicação não ter surtido efeito algum, eu tenho que ir agora... tenho alguns compromissos com Dérick e o pessoal do grupo de dança... – ela falou enxugando as lágrimas que saíram depois de ter sorriso tanto.

- Eu também tenho que ir, prima! Coisas pra resolver, você sabe... correria! – Samantha falou beijando Suzy no rosto. Letícia também a beijou e ela as conduziu para a porta.

- Vocês com meu endereço... isso não vai prestar! – Suzy deduziu, mas foi meiga ao falar. – Jéssica vai ter que me explicar isso! – ela sorriu por fim.

- Ela disse que você estava nervosa e precisava de companhia! Não seja tão dura consigo mesma! – Letícia piscou para ela.

- Eu tenho clientes e vocês duas não vão querer ficar pra ver! – Suzy debochou. Letícia e Samantha sorriram. Na verdade foi muito bom ter tido aquele momento com as duas. Era algo novo para ela, uma visita informal dentro daquele apartamento tão frio, tão profissional. Aliás, aquele dia, desde a manhã, estava sendo muito novo para ela. Muitas novidades, algumas ruins, outras boas. Mas nada a fez esquecer do que havia acontecido. A morte de Dr. João ainda a assustava. Principalmente pelo fato de ela não poder pensar em algum motivo para quererem aquele homem morto. Aquilo a fez pensar em muitas coisas, além de ficar imaginando se o assassino em questão sabia dela ou não. – Preciso de um banho demorado! – ela deduziu por fim tentando parar de pensar nas inúmeras possibilidades.


Quando terminou seu banho, Suzy sentou no sofá e foi conferir as chamadas perdidas em seu celular. Enquanto Letícia e Samantha estiveram lá, ela preferiu não atender a nenhuma ligação, não queria negociar com clientes com elas por perto, soaria no mínimo estranho. Suzy então conferiu chamada por chamada. Anotou as ligações que teria que retornar Ela viu a caixa de mensagens também cheia, estava verificando quando viu quatro com o mesmo assunto: “Estou esperando sua resposta. Ass.: Luigi Constantino.”. foi então que ela lembrou que realmente ficou devendo uma resposta para ele. Ela balançou a cabeça em negativa.

- Mais uma!

Antes de ligar para ele, Suzy parou para fazer algumas considerações. Ela sabia que o trabalho era arriscado para ela. Depois da morte de Dr. João, tão perto dela, ela começou a refletir sobre esses riscos. Talvez ter alguém fixo não seria tão mal assim. Talvez fosse uma forma de evitar os possíveis problemas saindo com pessoas estranhas. Mas Luigi também era uma pessoa estranha para ela. Ela não o conhecia a fundo e não podia afirmar nada sobre ele, por outro lado ele havia sido sincero o suficiente com o que queria dela e isso era um ponto a favor dele. Suzy resolveu que ligaria para ele. Talvez aceitar a proposta não fosse má idéia, não enquanto ela fosse uma das testemunhas de um assassinato. Ela discou.

- Suzy?! – a voz masculina parecia satisfeita do outro lado. – Vejo que recebeu minhas mensagens! – Luigi falou.

- Sim, recebi. – ela não pareceu tão feliz.

- E então, presumo que tenha uma resposta?!

- Sim, tenho!

- Então?

- Eu aceito!

- Ótimo! Temos algumas coisas a conversar para acertar os detalhes. Daqui a duas estarei em seu apartamento! Esteja pronta, não ficaremos aí! – ele falou desligando o telefone.

- Lá vamos nós! – ela refletiu. De repente a campainha tocou. – Mas já? Ele não falou daqui a duas horas??? – ela soou confusa, mas abriu a porta. – O que está fazendo aqui? – Suzy perguntou impaciente.

Enzo atravessou a sala sem dizer uma só palavra, então se voltou para ela. Ali estava Suzy, linda e... indócil, com seus braços cruzados na altura de seus seios, fazendo com que eles se ressaltassem ainda mais, deliciosos. Ela estava esperando uma resposta, mas ele não tinha exatamente uma. Ele apenas a estava observando lá de baixo enquanto ela passava por várias vezes em frente a sua janela e depois ao lado, na pele de vidro que tornava a sala visível em alguma parte, e ele considerou que ela poderia ter sido paisagem para muitos homens que já passaram por ali enquanto ela, relapsa, esteve passeando por seu apartamento sem cuidado com as janelas e a pele de vidro. Quantos homens a viram enquanto ela, inconseqüentemente ou ingenuamente, passeou pela sala ainda sem vestir a camisa ou sem colocar um sutiã? Quantos homens a viram? Pior: quantos homens a tocaram? De repente ele se sentiu possessivo em relação a ela. E ele ficava imaginando muitas e muitas coisas e tentou se esquivar, mas aquilo o deixou atordoado.

E então Enzo se viu invadido por esses pensamentos enquanto Suzy ainda esperava por uma explicação sensata por ele ter invadido seu apartamento sem motivo aparente. Ela ficava linda quando batia o pé contra o chão em sinal visível de irritação. Céus, o que ele estava pensando? Tinha que ser sensato! Tinha que dar uma explicação razoável a ela! Não podia simplesmente invadir seu apartamento daquela forma. Ele podia jurar que naquele momento ela passava a o odiar ainda mais um pouquinho, se fosse possível. Mas ela mascarava sua alma. Aprendeu isso ao longo dos anos em que conviveu com tipos variados de homens que só viam nela uma fuga de seus mundos tão entediantes com suas mulheres certinhas e frígidas. Mas Enzo também era uma incógnita para ela. Ao mesmo tempo em que ela achava o conhecer ele simplesmente mostrava que podia ser uma metamorfose ambulante em ponto de ebulição. Inexplicavelmente ele a atraía. Ela tinha estado com muitos homens desde que se tornou uma garota de programa, mas, Cristo, nenhum deles a deixavam tão quente quanto Enzo a deixava apenas de olhar para ela.

Enzo percebeu que também fazia algum efeito em Suzy. Ele estava certo disso quando parou para observar seus movimentos e sua reação em relação à presença dele ali em seu apartamento. Ela quase não se segurava em sua respiração, nem em suas pernas quando ele começou a se movimentar em direção a ela.




- Espere! – ela falou tocando sua farda, na direção de seu peito. A farda ajudava no volume, mas Suzy já tinha o visto sem ela. E ela podia afirmar com todas as letras que, com farda ou não, o peitoral de Enzo era musculosamente inchado e delineado. Então sua mão delicadamente escorregou por ele até encontrar seu abdômen. “Eu me perderia em tantos músculos!”, ela pensou. Depois o encarou apenas para percebê-lo com um sorriso nada decente em seu rosto. Um tanto provocador, ela diria. Mas suas covinhas a encantavam. Sem falar no cheiro que ele exalava, que não era apenas o cheiro daqueles perfumes franceses que seus clientes cismavam em se encharcarem antes de irem a seu encontro. Não, este homem cheirava diferente! Era um odor másculo que acendia sua feminilidade do início ao fim apenas dela transpirar.

Suzy levou a outra mão para acompanhar a primeira e deixou descansar na barriga de Enzo. Em um segundo elas a desobedeciam e desciam mais abaixo, atravessando algum aparente limite entre a pélvis de Enzo e seu abdômen. Enzo levantou uma mão e, calmamente, segurou um dos pulsos de Suzy. Lentamente ele removeu uma mão, depois a outra, e depois fixou seu olhar nela. Era arrebatador a forma com que ele conseguia transformar todos os seus pensamentos em desejos nada sutis. Então ela se irritou e o encarou como pares, de igual pra igual. Ele não tinha o direito de deixá-la tão... tão... tão desnorteada, tão fora de si! Mas afinal, que culpa ele tinha se ele não precisava fazer simplesmente nada para deixá-la assim? Sim, ele podia fazer algo: apenas sair de sua frente!

- E então?! Estou esperando! – ela o enfrentou. Ele parecia sutilmente satisfeito por tê-la deixado tão fora deste mundo por tanto tempo.

- E então o quê? – Enzo perguntou ironicamente.

- O que quer aqui? – ela soou mais irritada. Ele realmente a tirava do sério, mas ela não sabia se isso era exatamente ruim...

- Vim ver se estava tudo bem. Agora que vi que está “ótima”, posso ir! – ele sorriu debochado.

- Por favor! – ela caminhou até a porta, apontando a saída. Ele saiu sorrindo, altivo e convencido de que bastaria um estalar de dedos e ela estaria em seus braços. Ele não sabia o porque, mas aquela situação o deixava extremamente confortável. Indubitavelmente, ele reivindicaria isto, porque, Céus, ele a queria, agora mais do que nunca!

Suzy tentou trabalhar sua impaciência e seu desejo praticamente súbito por Enzo enquanto esperava a chamada de Luigi Constantino. Ela olhou no relógio, faltavam apenas alguns minutos para as duas da tarde; Luigi logo estaria por lá e ela ainda estava completamente acesa por conta da inesperada visita de Enzo.

- Bem, pelo menos não terei que fingir estar molhada quando ele chegar. – ela considerou, sorrindo. Foi então que ela pensou: “Luigi está para chegar e... Enzo está de prontidão lá embaixo... cara, isso não é legal!”. Ela considerou ligar para Luigi e marcar em outro lugar, mas não havia mais tempo. Além do mais, ela não era obrigada a desmarcar seus compromissos porque Enzo a estava vigiando lá embaixo. Aquilo era seu trabalho, aquele era seu local de trabalho. Ela estava acostumada a receber seus clientes lá, e se Enzo não estivesse satisfeito com isso, ele que fosse embora, porque ela não mudaria seu trabalho por ele. Ou mudaria? Os pensamentos novamente lhe enchiam a cabeça e voltaram a deixá-la confusa quanto a seus sentimentos por Enzo. Céus, como ele a embaralhava! – A campainha! – ela saltou para atender quando percebeu tocar.

- Posso? – Luigi apontou para dentro do apartamento.

- Sim, claro! Entre! – ela abriu espaço e fechou a porta atrás deles.

- Estava ocupada? – ele perguntou. Ela não tinha percebido o quanto tempo passou pensando em Enzo até que Luigi ressaltou sua demora ao atender a porta.

- Nada importante! – ela disfarçou seus sentimentos dela mesma.

- Certo. – ele pigarreou. – Estou indo para Angra dos Reis esta semana; na sexta-feira, mas precisamente. Gostaria de sua companhia por lá! – ele foi inquisitivo.

- Sente-se... – ela apontou para o sofá. – Acho que tudo bem pra mim!

- Ótimo! Eu não esperava mesmo um “não” como resposta! – ele piscou. Ela se sentiu um pouco acuada e não gostava desse sentimento nela; não quando se tratava de um cliente. Ela se aproximou dele, chegou seu rosto mais perto do dele e, fazendo um leve movimento, deixou uma das alças de seu vestido cair pelo seu braço.

- Você quer beber alguma coisa? – ela perguntou respirando pertinho dele, o provocando.

- Ragazza, ragazza! A única coisa que desejo beber agora é o líquido do seu prazer! – ele murmurou enquanto a tomava em seus braços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se você gostou ou tem uma crítica a fazer, comente aqui! ;)