sábado, 23 de abril de 2011

Estranha Sedução (Continuação 21)

- Não é da casa da Letícia não? – Iago perguntou estranhando outra pessoa que não fosse ela atender ao celular.
- É sim! Posso saber quem quer falar com ela?
- É o Iago, dono desse celular aí que o senhor atendeu! Deve ser o pai da Letícia, neh?
- Não, eu não sou o pai da Letícia! Mas espere só um momento que vou chamá-la! – Arthur falou achando que deveria primeiro saber de Letícia que história era aquela dela estar com o celular de um cara sobre quem ele nunca havia ouvido falar antes. E foi o que ele fez. Levantou e foi procurar Letícia pelo apartamento. Ela já estava sentada no sofá da sala, ele chegou, sentou-se ao lado dela e entregou o celular na mão dela dizendo: - Acho que o “Iago” está querendo o celular dele de volta! – ele falou sendo irônico. Letícia gelou na mesma hora e, mais que rapidamente, pegou o celular da mão de Arthur levantando logo para falar ao telefone longe dele. Porém Arthur foi mais esperto e, segurando-a pelo braço, mandou que ela atendesse ali mesmo onde estava. Ela, na tentativa de amenizar o peso da situação, falou somente o necessário com Iago.
- Oi Iago, como vai? Olha, vou deixar o seu celular com a minha secretária, se puder me dar seu endereço, assim ela entrega aí na sua casa, ta ok?! - ela falou tentando resumir. Mas Iago queria conversar.
- Calma, gata! Não tenho pressa não! Liguei pra saber se não podemos combinar de sairmos nós dois, assim você mesma me devolve o celular, pessoalmente! – ele falou jogando verde.
- Olha, seria muito legal, mas eu não posso! – ela falava na corda bamba, tentando não dar bola para Iago. – Quer saber, depois eu te ligo, tudo bem? Pode ser nesse número? Agora estou muito ocupada... – ela falou tentando por fim a conversa. Iago logo entendeu que ela não estava podendo falar, então concordou em ligar para ela mais tarde. Quando Letícia desligou o celular, Arthur já fazia cara de quem esperava uma explicação.
- Um novo “amigo”? Andou se divertindo por aí??? – ele quis saber.



- Ninguém importante! – ela falou levantando. Arthur a puxou novamente e disse:
- Seja sincera consigo mesma! Eu fui um detetive, esqueceu? Já tive muitas experiências com coisas como essas! Então é melhor você se sentar aqui e me contar o que está acontecendo antes que eu descubra por conta própria!
- Está bem, Arthur! Vou contar o que aconteceu! Você passou semanas sem me ligar...
- Porque você me pediu esse tempo! – ele falou interrompendo-a.
- Enfim, senti saudades e fui te procurar lá no pub! Aí quando eu chego lá fico sabendo que você viajou com Ágata sem ao menos ter me ligado para se despedir ou avisar! Você queria que eu ficasse aqui em casa te esperando enquanto eu pensava que você estava se divertindo por aí com ela???
- Você disse certo: você PENSAVA que eu estava me divertindo! Mas eu e Ágata viajamos a trabalho, como já te falei antes! Mas o que o celular tem haver com isso?
- Bem, no dia em que fui te ver e você não estava, eu acabei saindo com algumas amigas!
- E...???
- E aí conheci Iago no baile. E essa parte que vou contar não é muito agradável...
- Conte-me!
- Nós saímos da boate juntos e eu fiquei com ele... – ela falou sendo direta.
- Ah sim, vocês “ficaram”...
- Arthur, não me culpe por isso! Eu fui te procurar primeiro, não te achei! Estava sozinha, carente, essas coisas acontecem...
- Você ainda não chegou na parte em que o celular dele foi esquecido aqui! Vocês vieram pra cá? Foi isso?
- Na verdade não... fomos pra outro lugar...
- Continue...
- Eu que peguei o celular dele!
- Por quê? Queria manter contato? Não podia apenas ter dado o número do seu celular?
- É que não foi bem isso que aconteceu... bem... Iago filmou algumas coisas... e como eu estava meio grogue, não ia conseguir apagar tudo na hora, nem daria tempo! Então tive a idéia de pegar o celular e limpar os arquivos aqui em casa! Só que a semana foi corrida e eu acabei esquecendo, aí o celular descarregou e eu tive que comprar outro carregador e...
- Está bem, eu acredito! – ele falou interrompendo-a novamente. – Me dê o celular, por favor! – ele pediu com voz imperativa.
- Arthur, foi só uma noite! Não significou nada!
- Me dê o celular, pela segunda e última vez! – Arthur ordenou. Letícia viu que não tinha outra opção, então entregou o celular a ele ainda tentando fazê-lo desistir de assistir ao vídeo. Mas Arthur era implacável, enquanto não o fizesse não sossegaria. Ele procura um pouco e logo acha o vídeo; fez questão de assistir na frente dela. – Hum, uma DP?! – ele falou ao longo do vídeo. – Engraçado, só lembro-me de você ter citado um tal de Iago... qual deles é o dono do celular?
- Arthur, por favor, desligue isso!
- Pelo visto não era só eu que estava me divertindo, não é? Deve ser por isso que você não sabe em quem confiar, não é mesmo?! Se não confia em si mesma como confiar na lealdade dos outros? – ele falou entregando o celular para Letícia. – Já vi o suficiente por hoje! – Arthur falou se levantando.
- Aonde vai? – ela perguntou preocupada, sabendo que havia feito a maior burrada de sua vida.
- Aonde acha que vou? – ele falou enquanto se arrumava e pegava suas coisas.
- Arthur, por favor! Me perdoa! Eu não sabia o que estava fazendo! Estava bêbada, fora de mim! E ainda por cima com uma saudade imensa de você... por favor, perdoa!
- Letícia, agora não! Se conversarmos agora vou fazer besteira! Preciso esfriar a cabeça! – ele falou saindo porta afora.
- Sua burra! – ela gritou consigo mesma depois de fechar a porta.
Arthur chegou ao pub muito sério e um tanto irritado. Ágata logo percebeu que o amigo não estava num de seus melhores dias. Mesmo assim ela teve que perguntar como havia sido o encontro entre ele e Letícia. Ao que ele respondeu no ato:
- Um vídeo, Ágata! Um vídeo! – ele falou irritado entre palavras desconexas.
- Calma Arthur... que vídeo? Do que está falando?
- Descobri uma traição através de um vídeo! A noite foi tão perfeita pra acabar assim! E eu ainda não entendo porque ela age como uma adolescente mimada!
- Arthur, se não me explicar eu não vou entender sobre o que está falando! Que vídeo? Que traição? Porque está assim tão nervoso? Respira, tenta se acalmar! Vou pegar uma água pra você! – Ágata falou. Arthur sentou-se ainda desnorteado. Ágata voltou com o copo de água, deu a Arthur dizendo: - Letícia o deixou assim? – ela perguntou. Arthur então, depois de beber toda água que havia no copo, começou a conversar com Ágata sobre o que estava acontecendo. Por fim Ágata concluiu: - É Arthur, pelo que você está me falando, ambos têm culpa no cartório! Tanto você quanto Letícia deixaram que isso chegasse a esse ponto!
- Não, Ágata! Foi pura infantilidade de Letícia! Se havia algo a incomodando ela deveria ter vindo falar comigo antes de tomar qualquer decisão precipitada!
- Está certo neste ponto! Mas você chegou a dar oportunidade à Letícia para que ela conversasse sobre isso com você? Pense bem! Até então você não assumiu com ela nenhum compromisso mais sério, e realmente, estamos sempre juntos e ela não sabia até hoje que somos apenas grandes amigos? Ela deveria ter perguntado ou você deveria ter dito à ela primeiro? Eu acho que essa parte foi falha sua!
- Letícia sabia o que eu estava sentindo por ela, nada justifica o que ela fez!
- Nada, Arthur? Tem certeza? Você a deixou solta para decidir sozinha a vida dela depois de passarem por uma experiência tão forte enquanto estavam juntos e depois nem sequer lembrou-se de ligar para ela ao menos para perguntar se estava tudo bem!
- Ela preferiu assim!
- Não, ela quis um tempo para ajustar a vida, não para se afastar de você! Arthur, você não precisa sofrer assim! Essa menina te ama e, pelo visto, você também a ama, e muito! Eu posso afirmar, pois até então eu só o havia visto desse jeito quando recebeu a notícia sobre sua esposa! Depois disso, nunca mais mulher nenhuma conseguiu deixar você desse jeito assim como Letícia consegue sem ao menos se esforçar! Eu sei que ela agiu por impulso! E foi errado o que ela fez! Mas a culpa não foi só dela! Pelo que eu saibam você ainda não definiu o que vocês dois têm! Como quer que ela se sinta segura num relacionamento onde não há trocas?!
- Ela não quis se afastar de você, ela só pediu um tempo para ajustar a vida dela! Talvez neste momento ela estivesse esperando que você já se considerasse parte da vida dela! Talvez ela estivesse esperando que você não a deixasse sozinha! E você, o que fez? Concordou em se afastar! Aliás, se a idéia deste “tempo” entre vocês não tiver vindo de você mesmo...
- Veio... – ele falou interrompendo.
- Está vendo, Arthur! Eu sabia! Então ela não pediu esse tempo, você ofereceu esse tempo à ela! já passou pela sua cabeça que ela não queria ter dado esse tempo?! Arthur, você já contou pra Letícia que a ama? Bom, acho que já falei demais... o resto é com você! – Ágata falou percebendo que Arthur estava mais pensativo do que prestando atenção à conversa. – Não vou mais te perturbar com minhas teorias, afinal, isto é entre você e ela! Tenho certeza de que você resolverá da melhor maneira possível! – ela falou beijando a testa de Arthur e pegando a bolsa para sair do pub.
Mesmo parecendo não ter dado muita atenção às palavras de Ágata, Arthur passou o resto da tarde martelando tudo o que a amiga havia falado. Sabia que havia certa razão nas teorias de Ágata. Talvez o que estava faltando entre ele e Letícia fosse um simples diálogo, para se compreenderem, para compreenderem aquele relacionamento, e então seguirem em frente. Enquanto estava distraído arrumando algumas coisas e pensando sobre isso a porta do pub se abriu. Ele não perceberia tão cedo que havia alguém lá se Letícia não tivesse vindo já falando alto desde a porta soltando rojões de palavras.
- Da mesma forma que você invadiu meu apartamento me obrigando a ouvir o que tinha a dizer, agora eu me sinto no direito de fazer o mesmo! – ela falou. Arthur, que estava abaixado próximo a um armário do pub levantou-se sem entender aquela invasão.
- Só que eu tinha uma justificativa para suas dúvidas! E você, tem justificativas para as minhas? – ele a interrompeu, sendo duro com ela. – Eu não havia feito nada, e você?!
- Eu também não fiz nada de mal!
- Ah não! Só um vídeo onde dois homens te comiam desenfreadamente! Letícia, vá embora, por favor!
- Não, não vou! – ela falou sentando num banco próximo ao bar. Arthur fechou o punho, numa expressão de inquietude.
- Suas infantilidades não funcionam comigo! – ele falou tentando se mostrar calmo. – Agora, por favor, saia daqui pois eu ainda tenho muita coisa a fazer!
- E?!
- E você está atrapalhando! Está tirando minha concentração!
- Eu tiro sua concentração??? – ela falou sorrindo.
- De forma desagradável, digamos que sim! – ele falou sendo cruel com ela.
- E de outra forma?
- Hoje não Letícia! Nem hoje, nem nunca mais! Agora pega seus pertences e saia daqui do meu pub!
- Está me expulsando do seu pub?
- Sim! Da mesma forma em que me expulsou da sua vida quando decidiu curtir a noite com aqueles dois rapazes!
- Mas Arthur, você sumiu! Simplesmente sumiu! Quer que eu te espere pra sempre? A verdade é que eu nem sei pelo quê esperar! Eu nem sei o que nós temos! Eu nem ao menos entendo o que você sente por mim de verdade! Eu não sei se isso não passa de atração ou qualquer outra coisa do tipo! Eu não sei! – ela falava confusa. Arthur pôde perceber que as mesmas dúvidas, que os mesmos medos que se passavam pela sua cabeça eram os medos e as dúvidas de Letícia também. Ágata estava certa, ele nunca expressou o que realmente sentia por Letícia, porque esperar que ela se guardasse para que um dia quem sabe ele se declarasse?! Ele sabia que deveria ter tomado uma atitude, mas naquele momento ele estava sentindo muita raiva de Letícia para deixar se levar pela emoção e, quem sabe, declarar-se apaixonado por ela. Não, aquele não era o momento. Ele ainda se sentia muito magoado; irado, na verdade.
- Letícia, pela última vez: saia daqui senão...
- Senão o quê? – Letícia interrompeu. – Diz, senão o quê? O que vai fazer? – ela falava chegando bem perto dele, o desafiando.
- Letícia! – ele falava perdendo a paciência.
- Vamos Arthur, quero saber! O que vai fazer? – ela falava peitando Arthur. ele, que já estava extremamente nervoso novamente, falou em voz alta:
- Aquilo foi uma traição! – Arthur falou segurando Letícia pelos braços e encostando-a na parede. Seus olhos fulminavam, parecia estar fora de si. – Com dois homens, ainda por cima! Tudo filmado!
- Não foi traição não! – ela gritou – Teria sido se eu fosse alguma coisa sua, mas eu não sou! – ela revidava quando, por pura coincidência ou maldade do destino, o celular de Iago começou a tocar novamente dentro da bolsa de Letícia. Arthur logo arregalou os olhos, Letícia baixou a cabeça não acreditando no que estava acontecendo. Aquele celular tinha que tocar justo naquele momento?! Arthur ainda a segurava pelos braços encostando-a na parede. Ela fez um movimento para sair dali, ele a pressionou mais contra a parede, então ela falou: - Eu preciso devolver aquele maldito celular, Arthur! Preciso atender! – ela falava com calma, tentado passar essa calma para Arthur também. ele baixou a cabeça, num momento de lucidez, mas depois voltou a encará-la com olhos fulminantes. De repente ele soltou um dos braços de Letícia, levou o punho fechado para trás e, colocando toda a força, acertou um soco estrondoso na parede em que Letícia estava encostada. O soco foi tão perto do rosto dela que ela, pensando que ele iria acertá-la, fechou os olhos na mesma hora. Depois Letícia abriu os olhos lentamente, viu a mão de Arthur sangrando, olhou para o lado, viu a marca do sangue que saía da mão dele também na parede. Arthur soltou o outro braço de Letícia e mandou que ela fosse atender o celular. Enquanto ela atendia o celular, Arthur se dirigiu ao bar do pub e, pegando uma toalha, enrolou-a em sua mão que ainda sangrava. Ele, muito sério, observava Letícia falar ao telefone com Iago. Ela também o observava enquanto conversava ao telefone. Letícia desligou o telefone, caminhou até Arthur, pegou a mão dele que estava sangrando, levou até a boca e beijou delicadamente.
- Eu te amo! – ela falou muito séria. Depois pegou a bolsa e foi saindo do pub.
- Aonde vai? – Arthur perguntou.
- Vou devolver o celular a Iago! – ela respondeu. Arthur ficou pensativo por um tempo, mas quando viu ela cruzar a porta ele a chamou na mesma hora.
- Espere! – ele falou. Letícia parou para ver o que ele queria. – Eu também vou! – completou ele.
- Arthur, acho melhor não... – ela falou achando que não teria sentido Arthur acompanhá-la já que ele já estava nervoso por aquele motivo.
- Porque não? Você prefere se encontrar com ele estando sozinha? Tem algum motivo especial para isto? – ele perguntou jogando verde.
- Claro que não Arthur! Já estou tendo problemas demais por conta disso! Tudo o que eu quero é me ver livre desse celular! Só isso!
- Então está decidido! Eu vou também! – Arthur falou pensando que talvez, se Letícia fosse sozinha, ela poderia ter alguma recaída por aquele cara. E, apesar de não saber se a perdoaria ou não, ele não queria correr o risco de deixar que ela ficasse com ele novamente. Letícia resolveu não se opor a vontade de Arthur. Sabia que a situação entre eles estava muito frágil, por um fio na verdade, e que ela, por gostar muito dele, não deveria negar nada a ele. Arthur foi no carro de Letícia, já que estava com a mão machucada e não poderia dirigir.
- Quer passar no hospital primeiro? – ela perguntou enquanto dirigia.
- Vamos resolver logo isso, depois eu penso no resto! – ele respondeu sério. Letícia não perguntou mais, apenas tocou o carro em direção ao local combinado com Iago. Os dois permaneceram calados durante a viagem. Em poucos minutos Letícia estava estacionando no restaurante que ficava ao lado da boate onde ela havia conhecido Iago e Flávio. – Não teria me conhecido num lugar como este! – Arthur falou entendendo, sem mesmo Letícia precisar falar, que havia sido ali naquela boate que ela conheceu os dois “carinhas” do vídeo. Ela não respondeu, sabendo que poderia perder ponto a qualquer palavra errada que ousasse proferir. Ele olhava em volta tentando encontrar entre tantos rostos o de Iago, seu adversário número um naquele momento. Letícia também buscava este rosto, mas com a intenção de acabar logo com aquilo e entregar o celular de uma vez por todas. – Você é eclética ao escolher suas companhias! Este seu novo affair é praticamente o oposto de mim, tanto nos locais que ele parece freqüentar quanto aos horários que ele parece não cumprir! Sem mencionar a tamanha falta de educação e consideração que é deixar alguém a nossa espera sem ao menos ligar para avisar que não poderá estar no local combinado no horário também cominado! – ele ironizava. Letícia se mordia de raiva das palavras de Arthur, mas preferia ficar na sua a comprar briga com ele naquele momento.
Finalmente Iago chegou. Letícia, mais que rapidamente, pegou o celular e saiu do carro para ir ao encontro dele. Arthur ficou do carro observando. Viu quando Iago se aproximou de Letícia na intenção de beijá-la na boca, mas ela se afastou na mesma hora. Arthur pensou: - Filho da p...! – Mas continuou na dele. Viu eles trocando mais algumas palavras, Letícia permanecia séria, depois Iago falou alguma coisa, ela sorriu por um momento, logo voltou a ficar séria. Por fim se despediram com um beijo no rosto. Iago ainda deslizou seus dedos descendo do rosto para o queixo de Letícia. Arthur olhava, irado; porém Letícia não correspondeu a Iago, o que foi um alívio para o amado que a esperava ainda dentro do carro. Quando ela entrou Arthur falou:
- Atrevido esse seu novo amigo, hein!
- Arthur, acabou por aqui, tudo bem? Não tem mais amigo, não tem mais affair, não tem mais nada! – ela falou olhando pro horizonte. Depois voltou-se para encarar Arthur: - Vai querer ir no hospital ver isso aí?
- Não, pode me deixar no pub!

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