quarta-feira, 26 de maio de 2010

Doce Submissão (Continuação 5)




- O que quis dizer com “seu estado”? – perguntei a Bruno.
- Há quanto tempo está aqui?
- O suficiente!
- Certo... Lê, a Solange está grávida.
- O quê?
- É isso mesmo que você ouviu!
- E quando pretendia me contar isso?
- Olha, Lê, naquele dia que dormi na sua casa sai de lá disposto a terminar com a Solange, mas aí ela veio com essa notícia, eu não poderia abandoná-la nesse momento. E não te contei porque não queria que você se afastasse de mim por causa disso.
- Como você pôde fazer isso comigo? Como quer que eu seja só sua se sabe que não ficaremos juntos pra sempre? O que vamos fazer agora? Eu espero seu bebê nascer pra você ver que seu tempo encurtou e que agora tem que ter mais tempo pra sua nova família? – Bruno se levantou e veio em minha direção.
- Teremos que aprender a lidar com isso!
- Eu tenho que aprender a aceitar você com ela e você não pode aceitar nem que eu fique com alguém??? Espera aí Bruno, eu também vou formar uma família um dia, e se não for com você será com outra pessoa. Eu não posso ser só sua, eu também tenho minha vida e quero poder ter uma família um dia, e... – Bruno me calou com um beijo caloroso. Pude perceber o quanto ele estava sofrendo com aquilo tudo assim como eu.


- Eu não tive escolha, meu anjo. Esse resultado positivo do teste de gravidez também me pegou de surpresa. Eu juro que ia terminar com ela. Meu amor é você, era com você que eu gostaria de passar a minha vida toda e constituir uma família, mas aconteceu. Espero que agora entenda porque não posso deixar Solange.
- Não sei se conseguirei ficar com você depois disso. Vai ser difícil. E depois que o bebê nascer você também não terá tanto tempo assim pra me ver e as coisas ficarão mais complicadas do que já são.
- Eu entendo isso. Mas quero cuidar de você enquanto posso.
Me virei e baixei a cabeça, não queria que ele percebesse o quanto aquilo estava me deixando aflita por dentro. A sensação de perda e vazio mexia muito comigo. Sabia que um dia não poderíamos mais nos ver e que tudo aquilo que passamos juntos um dia seria motivo de saudades. Senti Bruno me abraçando e pude perceber que ele também compartilhava os mesmos sentimentos comigo.
Fomos interrompidos por Júlia, que com duas batidinhas na porta veio nos avisar que o almoço já estava servido. Deixamos aquela “nostalgia” de lado e fomos aproveitar o tempo que nos restava juntos. Bruno, como sempre, não parava de me provocar na frente de Júlia que não se mostrava nem um pouco constrangida com a situação. Quando terminamos saímos para a sala de estar enquanto Júlia ficou lá arrumando algumas coisas.
Bruno me encarava com o olhar mais sacana do mundo. Percebi quais eram as intenções dele só de olhar aquele sorrisinho lindo que me fascinava e que conseguia me manipular da forma que quisesse. E foi exatamente o que Bruno fez. Começou me perguntando o que mais me agradava em Júlia, ao que eu respondi quase furiosa:

- Não comece Bruno! Vamos mudar de assunto por favor?!?! Obrigada!
Júlia era até uma mulher atraente, mas eu nunca havia ficado com uma antes e não estava curtindo muito a idéia.
- Eu estarei aqui! Qualquer coisa me grita que eu vou te socorrer! Mas eu tenho certeza de que você não vai precisar da minha ajuda! Vamos, me dê esse presente?! Deixa eu te ver com ela?!
- Definitivamente não!
- É, então acho que vou ter que apelar com você! Onde já se viu cadelinha tão desaforada quanto você?!?! Me dizer não tantas vezes assim... acha que vai conseguir sair dessa só porque simplesmente não quer? – dizia Bruno tentando manter a seriedade no rosto mas não conseguindo disfarçar o quanto estava rindo por dentro.
- Estou pedindo, amor! Eu não quero! Não sinto desejo algum por ela! – falava baixinho tentando fazer com que Júlia não ouvisse nossa conversa – não sei se conseguirei sentir algum prazer deixando uma mulher me tocar!
Quando terminei de falar isso Bruno só levantou a cabeça e passou a olhar na minha direção só que mais acima. Fiquei gelada na hora e o silêncio que se formou fez com que eu pudesse escutar a respiração ofegante, talvez por ter ouvido alguma parte da conversa. Permaneci na posição em que estava. Minha vergonha era tanta que nem levantar a cabeça eu conseguia. Mas uma coisa eu consegui ver muito bem. Só ele mesmo! Bruno abria seu sorriso mais sem vergonha e, pelo que pude perceber, vi que ele já havia combinado tudo com Júlia.
- O que acha disso, Júlia? – Bruno se referia à minha última frase dita naquele momento.
- Se me permite, Senhor Bruno, posso mostrar o que é desejo pra ela agora mesmo!
Vi Bruno se acomodando melhor no sofá e Júlia vindo em minha direção. - Pronto! - Pensei comigo. Juntando a falta de desejo com a vergonha que estava sentindo naquele momento eu conseguiria realizar uma proeza! Seria a primeira mulher a “brochar” sem ter tido nem a primeira experiência. Eu acreditava segamente que não sentiria prazer algum com Júlia. Mas algumas coisas podem nos surpreender.
Bruno observava cada passo de Júlia vindo em minha direção. – que safado! – pensava eu. Júlia parou na minha frente, veio com as mãos por cima do meu ombro e pressionou me fazendo encostar no sofá. Eu, sinceramente, não estava acreditando no que estava vendo. Uma pessoa com a qual eu não tinha a menor afinidade estava ali na minha frente pronta pra ter um envolvimento sexual comigo. – Bruno me paga! – pensava em voz baixa. Júlia parecia saber exatamente o que estava fazendo. Não se atrapalhava hora nenhuma. Deslizando com uma das mãos sobre meu seio ela foi se abaixando lentamente. Me provocava com olhares por todo o meu corpo, estava com o desejo aflorado. Deslizou com a outra mão pela minha cintura, descendo por entre minhas pernas aonde fez algumas voltar com o dedo sobre a minha virilha e foi descendo para as pernas. A outra mão fez o mesmo percurso partindo do meu seio. Quando estava com as duas mãos na parte inferior das minha s coxas, Júlia abriu minhas pernas de uma só vez. Olhando pra Bruno pude perceber o quanto ele estava excitado observando aquilo tudo. Vendo que eu estava olhando pra ele, Bruno soltou sua última frase:
- Júlia, hoje passo todo o poder que exerço em Letícia para suas mãos. Faça o que tiver vontade, até a hora que eu reclamar meus direitos de dono. Ou seja, aproveite enquanto há tempo!
Olhei assustada para Bruno. Seria Júlia uma domme? Isso eu iria descobrir em pouco tempo.
Júlia deixou minha bucetinha completamente exposta quando abriu minhas pernas. Percebi a cabeça dela se aproximando de minha xaninha e uma de suas mãos me apertando. Passeava com os dedos pela minha virilha, depois pelos grandes lábios, até conseguir achar meu clitóris. Começou a fazer movimentos em cima dele e, antes que eu pudesse perceber, ela já tinha me deixado molhadinha de tesão. Incrível o que a mão de uma mulher pode fazer com uma bucetinha! Me vi delirando e começando a rebolar na mão de Júlia. Quando ela percebeu que eu não estava me agüentando mais ela parou com os movimentos e enfiou a língua durinha dentro da minha xaninha. Eu comecei a soltar gemidos de forma desnorteada. Que coisa maravilhosa!!! Estava uma delícia. Olhei pra Bruno com olhar de gratidão por ter me proporcionado aquele momento e pude ver o quanto aquilo estava deixando-o excitado também. Bruno já estava com a calça aberta e o pau na mão. Enquanto observava meus delírios ele se masturbava de longe, como um perfeito voyeur. Não me agüentei de tanto tesão até que, vendo Bruno se masturbando e Júlia penetrando sua língua todinha dentro da minha xaninha, eu gozei incessantemente. Sentia explosões de prazer e me rebolava loucamente na boca de Júlia que me chupava deliciosamente. Meu corpo amoleceu e eu me encostei no sofá, exausta.

Bruno, que também havia gozado, se aproximou de nós duas e, me olhando maravilhado veio sussurrar no meu ouvido:

- Gostou, meu anjo?

- Amei! Obrigada meu Senhor!

- Chegou a hora de você retribuir, não acha?
Olhei para Júlia, que esperava o fim dessa conversa ansiosamente. Pareciam ter combinado aquilo também. No começo eu fiquei confusa, mas relaxei quando Bruno prometeu me ajudar guiando minhas mãos pelo corpo de Júlia que já nos esperava deitada no outro sofá e com a bucetinha molhadinha de tesão. Nos levantamos juntos e fomos satisfazer os desejos daquela linda mulher. Bruno levantou as pernas de Júlia e fez com que eu me sentasse de frente pra ela colocando as pernas dela abertas caídas uma pro meu lado direito e a outra pro meu lado esquerdo, fazendo com que a visão do corpo de Júlia ficasse perfeita dali de onde eu estava. Ele se sentou atrás de mim e veio como se fosse me abraçar por trás. Segurou minhas mãos e as conduziu até a virilha de Júlia que estremeceu o corpo todinho só de sentir o toque das minhas mãos. Bruno continuava me conduzindo até que, por fim resolveu soltar minhas mãos e disse bem baixinho no meu ouvido:

- Passe as mãos pelo corpo de Júlia como se estivesse tocando seu próprio corpo. Você sabe melhor do que eu sobre como uma mulher gosta de ser tocada afinal, você também é uma!
Ouvindo aquelas palavras que saiam da boca de Bruno comecei a conduzir a situação. Tocava ela nas partes em que mais eu sentiria tesão se fosse tocada. Me agachei sobre Júlia e, abaixada dei algumas mordidinhas nos seios dela. Percebi que ela começava a rebolar em baixo do meu corpo. Achava que isso era impossível, mas ali pude ver que o tesão de Júlia sempre se aflorava mais quando eu encostava minha xaninha em uma de suas coxas. Nesse momento Bruno se afastou novamente e ficou de longe nos observando. Deslizei com minhas mãos pelo corpo de Júlia passando pela barriguinha tanquinho que portava um piercing até encontrar sua xotinha molhadinha. Levantei e me deitei de frente para Júlia, de forma que nossas xaninhas ficassem uma de frente pra outra. Júlia desceu seu corpo pelo sofá até encostar a xaninha dela na minha. Confesso que no começo não gostei muito daquela posição, estava achando aquilo tudo muito estranho, mas depois me acostumei com a situação. Vi Júlia começando a rebolar fazendo a xaninha dela roçar contra a minha. Estava realmente uma delícia. Nossos movimentos foram ficando mais intensos, quase não sentia mais minhas pernas de tanto que eu estava forçando enquanto remexia na xotinha de Júlia. Senti uma quentura invadindo nossos corpos, aquele tesão maluco e nossos gemidos já tomavam conta dos 4 cantos da casa. Bruno não se continha de tanto tesão, estava novamente com o pau pra fora. Vi Júlia se estremecer todinha e soltar um forte gemido, o gozo foi tão extremo que senti a buceta dela me milhar toda. Ela se encolheu no canto do sofá e Bruno veio pra cima de mim. Abriu minhas pernas e começou a meter bem rápido, parecia que íamos derrubar o sofá. Enfiava cada vez mais fundo, não agüentei por muito tempo, gozei naquela vara deliciosa. Bruno continuou metendo até que, num grito meio abafado, me encheu todinha de porra.
Ficamos os três ali, parados por algum tempo, sem trocar nenhuma palavra um com o outro até que Júlia se levantou, vestiu suas roupas e, como se nada tivesse acontecido falou para Bruno:

- Senhor Bruno, se não se importa, vou continuar com meus afazeres!

Bruno, com aquele sorrisinho sarcástico respondeu:

- Pode se retirar!

- Obrigada, Senhor!

Olhei para Bruno, estarrecida. Aquele, com certeza, havia sido o meu envolvimento mais passageiro com alguém. Ela nem se despediu!!! No fim acabei rindo com Bruno.

- É assim que tem ser, meu anjo! – Bruno me falou carinhosamente.

- Era assim que o nosso deveria ter sido...

- Você pensa assim? – Bruno falou enquanto virava para me olhar melhor.

- Penso que deveria ter sido assim, mas não paramos... e agora estamos pagando o preço.

- Não quero que você pense assim sobre nosso relacionamento!

- Que relacionamento? Não vê que desse jeito é ruim pra mim? Não vê que fico magoada quando te ligo e você não pode atender porque está perto dela? Quem deveria estar esperando um filho seu era eu e não ela! Se você me amasse de verdade não teria deixado isso acontecer!

- Oras, Lê. Eu não planejei isso, está me entendendo! – Bruno falou segurando o meu queixo fazendo com que nossos olhos se encontrassem – Não me culpe por isso! Sabe muito bem que meu desejo é você! Quando começamos com isso você também tinha um namorado que...

- Que eu deixei porque te amava e descobri que não poderia viver sem você!

- E eu ia fazer o mesmo, mas aconteceu! O que espera que eu faça? Devo pedir que Solange tire essa criança? Você acha isso certo?

- Jamais! Nunca pediria pra você fazer isso!

- E eu nunca faria isso! Mesmo te amando tanto, isso não envolve só nós três agora.

- Acho melhor eu ir embora. – falei isso me levantando – Isso não vai dar certo mesmo! O bebê ainda nem nasceu e já estamos brigando. Eu acho que...

Bruno me segurou pelos braços e começou a alterar o tom de voz.
- Como pode ser tão egoísta assim? Sabe que eu faço de tudo por você!

- Não Bruno! Eu é que sempre faço tudo por você! Por você eu deixei até de ter vida social, pois quase não saio esperando suas ligações. Esperando que pudesse te ver num desses dias! Com medo de sair e você ligar e não ter ninguém pra atender!

Bruno me olhava meio que perplexo. Acho que não esperava por essa reação que tive. Me encarando de frente colocou as mãos sobre meus ombros e calmamente falou:

- Lê, presta atenção! Primeiro, quero te dizer que você fica mais linda ainda quando está nervosa. Segundo, nós vamos embora hoje. – arregalei os olhos quando ele falou a última frase. Logo tinha percebido que eu havia estragado aquela semana maravilhosa que ele estava me proporcionando. Com certeza iríamos para casa e aos poucos deixaríamos de nos falar.
Eu definitivamente não gostaria nem um pouco que aquilo acontecesse. Até tentei intervir, mas parece que Bruno estava decidido.
- Lê, por favor. Vá se arrumar, estaremos indo embora daqui à uma hora e meia.
- Se esse é seu desejo, meu amor, então que assim seja!
Nós arrumamos as coisas, e em minutos estávamos guardando tudo no carro. Bruno deu as últimas instruções para Júlia e nos despedimos dela e daquela semana que havia sido maravilhosa. O caminho de volta parecia uma eternidade. Nos dois mal nos falamos. Pelo jeito não era só eu que estava magoada, Bruno também se mostrava muito contrariado e meio inconformado com o que estava acontecendo. Ir embora naquele momento foi a única coisa sensata que veio à cabeça dele. E se eu estivesse certa? E se aquilo não tivesse futuro? Ele sabia que quando casasse seria cada vez mais difícil me ver e ele me amava o suficiente para não querer que eu sofresse mais ainda. A solução seria se afastar aos poucos, e era isso que ele faria dali pra frente.
Bruno estacionou na frente da casa da minha casa, me levou até a porta, parecia mesmo um último adeus.
- Eu te ligo.
- Porque será que eu acho que não devo esperar por essa ligação? – eu disse visivelmente aflita.
Bruno apenas me beijou delicadamente. Eu percebi a dor no rosto de Bruno e decidi que não interferiria no rumo que as nossas vidas deveriam seguir naquele momento.
- Sempre vou te amar! – eu disse por fim.
Enquanto eu abria a porta, Bruno entrou no carro e seguiu sua rota. Eu observei o último vulto do carro de Bruno sumir na curva assim como toda a esperança que eu tinha naquele relacionamento. Fechei a porta e sentei-me no sofá. Um peso tomou conta de todo o meu corpo, aquele sentimento de perda e de um novo vazio dentro do peito. Seria só eu dali pra frente. Se Bruno não voltasse a me procurar , com certeza eu também não iria atrás dele.
Apoiei meu corpo contra o sofá, abracei uma almofada e tudo que eu desejava naquele momento era dormir. Dormir por um dia inteiro; por uma semana; ou pelo mês inteiro, na esperança que aquele sono tirasse Bruno de meus pensamentos. Mal pude sonhar com isso pois logo a campainha tocou. Levantei-me rapidamente, meio assustada, seria Bruno? Parecia impossível, Bruno não costumava voltar atrás nas suas decisões. Bem, o gostinho de pagar pra ver seria muito mais saboroso, então eu corri para a porta, abrindo-a com um sorriso que tomava conta do meu rosto de canto a canto. Sorriso esse que foi quebrado pela perplexidade de me deparar com quem menos eu esperava naquela tarde. Era Carlos na porta. Cheguei a ficar pálida na mesma hora. Como Carlos soube que eu já estava em casa?
- Que estranho! – pensei – Mal entrei e ele já estava na porta. Será que ele viu Bruno sair daqui?
Meus turbilhões de pensamentos foram quebrados com um “olá” suave e amoroso de Carlos.
- Letícia! Não sabe como esperei por você!
- Bom, acho que percebi, pois te falei que voltaria só na próxima semana e mesmo assim você apareceu. Como soube que eu estaria aqui? – Perguntei meio desconfiada.
- Na verdade, eu estava passando aqui por perto. Vi que a luz estava acesa e achei que havia conseguido se livrar da semana de reuniões do trabalho e voltado pra casa. – Nem Carlos acreditava nessa desculpa, mas foi a que saiu e eu estava muito cansada pra ficar questionando. Vai ver ele estava realmente ansioso pela minha volta. Vai ver passava por ali todos os dias na esperança de que eu tivesse voltado antes do tempo previsto. Enfim, no momento eu só queria fazer esforço pra que ele não ficasse muito. Depois daquele dia cheio de emoções eu não estava preparada para mais nada.
- Então, tudo bem. Sem problemas, eu acho! – eu falava soltando um sorriso meio forçado. – Que bom que passou pra me ver. Confesso que não estava esperando visita por agora. É que acabei de chegar e estou muito cansada da viagem. Não quero que leve a mal, pode vir quando quiser, mas é que hoje eu não seria uma boa companhia, se é que você me entende.
- Claro que entendo! Não se preocupe, minha querida. Eu só vim ver como estava, estou de passagem, na verdade também tenho alguns assuntos pra resolver hoje e não posso demorar muito. – Carlos falava se aproximando de mim – Só queria te pedir uma única coisa... será que posso?
- Bom, se estiver ao meu alcance, pode sim!!! – Falei já abrindo um sorriso brando.
- Posso te abraçar?
- Claro! Porque não falou logo? (risos)
Carlos chegou mais perto e me envolveu com seus braços fortes. Vi que ele desejava muito por aquilo. Retribui o abraço, me sentindo mais calma em meio aquele aconchego. Carlos foi virando o rosto e me fitou por algum tempo, logo estava me beijando calorosamente. As mãos de Carlos começaram a percorrer meu corpo, tocava minhas pernas, acariciava minhas costas descendo delicadamente para as nádegas. Apertava deliciosamente, eu começou a delirar de excitação, mas estava muito cansada e decidi interromper aquele momento.
- Carlos, desculpa! Eu estou realmente muito cansada, preciso me recompor. Prometo que amanhã estarei melhor e, se você quiser, a gente se encontra em algum lugar.
- Sim, Lê. Eu te espero. Te esperei por tanto tempo, porque não esperaria agora? Descanse minha pequena. Amanhã eu te ligo e nós combinaremos algo.
Carlos se despediu com um beijo e saiu pra resolver seus compromissos. Eu, que estava com os pensamentos à mil por causa de Bruno agora também não conseguia parar de pensar na força da atração que sentia por Carlos. Não era a mesma coisa que sentia por Bruno, mas era um desejo muito forte de estar nos braços de Carlos. Deitei novamente no sofá e adormeci ali mesmo, do jeito que estava.
Acordei me sentindo um pouco melhor, porém com a mesma sensação de vazio. Já se passava das onze horas da manhã, lembrei que teria que retomar minha vida. Liguei para meu chefe avisando que mais tarde passaria por lá para colocar algumas coisas em ordem, mas que não poderia ficar por muito tempo. Eu era uma ótima profissional no, sempre muito responsável. Porém, senti que não poderia continuar naquele emprego, aquilo tudo me ligava muito à Bruno e o que eu menos queria era continuar com essa conexão tão forte entre nós dois. Pensando nisso resolvi pedir demissão. Falaria com meu chefe e esperaria que ele encontrasse alguém que eu pudesse treinar e passar toda a situação da empresa para que depois disso pudesse ir embora de vez. Queria sair, mas sem prejudicar meu chefe que sempre foi muito legal comigo. Decidi que primeiro deixaria a casa arrumada e depois partiria em busca de outros sonhos. Talvez mudasse até de cidade. Mas não faria isso sem que antes pudesse dar uma chance a Carlos, que se dizia apaixonado por mim e por quem eu sentia toda uma atração estranha e deliciosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se você gostou ou tem uma crítica a fazer, comente aqui! ;)