terça-feira, 18 de maio de 2010

Doce Submissão




(Meu primeiro conto!!! Espero que gostem :D)

Eu sempre era pega de surpresa por ele. Apesar de já estar acostumada, o frio na barriga sempre vinha. Talvez porque ele nunca era previsível, sempre tinha um ar de mistério no rosto e um novo truque nas mangas....


Era tarde da noite, estava voltando de um happy hour com as amigas. Roupa simples, um vestidinho leve e soltinho, pois estava fazendo muito calor. Salto alto, era sempre como eu andava. O decote na parte de trás do vestido era do comprimento dos meus cabelos que beiravam a altura dos seios, quase imperceptível pois meus cabelos soltos cobriam a maior parte do decote. Eu já estava meio alta pois havia bebido um pouquinho além da conta, porém nada que um cafezinho quente não resolvesse.

Não fui de carro pois sabia que beberia a mais naquele dia, então fui de carona com a bola da vez, uma amiga nossa que nunca gostou de beber. Estávamos chegando perto do meu apartamento, então pedi que ela parasse o carro na esquina da quadra para não precisarem perder muito tempo entrando lá. Disse à elas que o apartamento estava próximo e não seria necessário que esperassem que eu entrasse no condomínio pois ainda não estava tão tarde assim. Então elas seguiram o caminho delas e eu o meu.

Confesso que aquele vestidinho provocante que eu estava, bem coladinho no corpo, não ajudava em nada o meu estado naquele momento. Seja qual fosse a hora, com certeza haveria riscos. Eu estava indefesa e seria uma presa fácil pra qualquer um que passasse.

Bom, como havia me divertido muito naquela noite, conhecido várias pessoas e beijado muito, não estava esperando mais por ele. Não naquela noite. Ele era um homem comprometido e assim como eu, era uma pessoa muito atarefada. Quase não tínhamos tempo de nos encontrar. Sabia muito bem de como ele gostava que fossem nossos encontros, às surpresas. Porém naquela noite eu realmente não esperava encontrá-lo, muito menos daquela forma. Mas foi inevitável.

Andando em direção ao meu apartamento percebi que a portaria já estava fechada. O segurança com certeza deveria estar tirando o seu "cochilo" costumeiro. A escuridão não estava me dando medo mas como não podemos facilitar nos dias de hoje, eu seguia olhando para todos os lados. Porém foi tudo muito rápido, num momento mínimo de distração e eu já estava em seus braços. Ele havia me pego por trás, não tive tempo de olhar na hora e duvidava muito que fosse Bruno pois nem havíamos nos falado pela manhã. De repente me vi em desespero, estava acostumada a pertencer à Bruno de diversas formas possíveis, mas à um desconhecido? Não! Não poderia ser assim! Me senti completamente fora do controle. Senti minhas mãos sendo amarradas por trás do meu corpo e o resto da corda envolvendo minha cintura. Meu cabelo sendo puxado para trás e eu sem nenhum sucesso tentava olhar as mãos do meu mais novo algoz. Ainda tentava descobrir se não seria o Bruno e mais uma de suas surpresas, porém ele percebeu a minha tentativa de olhar para alguma parte do corpo dele e me deu um forte tapa no meu rosto fazendo com que eu quase perdesse os sentidos. Talvez nem tanto pela força do tapa mas também pelo fato de eu não estar tão em mim naquela hora e de já ter bebido além da conta. Fraquejei. Desejava muito que fosse Bruno e não outra pessoa. Estava realmente com um medo imenso imaginando o que seria de mim dali pra frente. Se estivesse mesmo nas mãos de um estranho eu, além de tudo que poderia passar, estaria correndo risco de vida.

Suas mãos percorriam meu corpo e me apertavam de um jeito que me deixava estranhamente alucinada. Aquela forma de me tocar era igual a de Bruno. Mas porque ele não havia entrado em contato comigo antes? Não poderia ser ele!




O estranho me puxou pela corda que prendia meus braços e foi me arrastando pra trás, para nos aproximarmos do carro. Por um instante consegui desviar o olhar e logo pude ver o carro de Bruno. Uma sensação de alívio repentino fez com que eu amolecesse o corpo e quase caísse nos braços dele. Só consegui sussurrar algumas palavras naquele momento:

- Bruno, é você meu amor?




E só ouvi como resposta sua voz firme e num tom sério:

- Você traiu minha confiança!

Pronto, fiquei sem palavras no momento. Estava pensativa. Como eu poderia ter traído a confiança dele? Era impossível isso acontecer. Primeiro porque não tínhamos compromisso sério um com o outro, daqueles que cobram fidelidade. Segundo porque só se trai a confiança de um dom se um dia nos comprometermos com outro, ou se servirmos à outro sem o consentimento do primeiro, ou ainda assim se mentirmos ou omitirmos algo, fora isso nada seria injustificável. Realmente não estava entendendo. Mas estava muito receosa com o que podia estar por vir. Se eu conhecia bem Bruno, saberia que àquele dia não seria um dos melhores dos nossos dias juntos.

Ele sempre foi um dom sério, obstinado, firme nos seus comandos, não costumava voltar atrás em nada. Além de tudo isso costumava demonstrar ser uma pessoa bem ciumenta e possessiva. Apesar de nunca ter passado dos limites eu ainda assim sentia um medo indescritível quando estávamos sozinhos, porém era este sentimento que me mantinha sempre aos pés de Bruno. Este ar misterioso que ele tinha, este jeito possessivo, sério porém carinhoso, tudo isso me levava à loucura. E Bruno sabia usar muito bem isso à favor dele. Sabia que aquele jeito sedutor me fazia querer sempre ele, cada vez mais e mais. O desejava tanto que abria mão de muitas coisas para podermos viver este nosso, digamos, relacionamento.

Bruno não me proibia de encontrar e sair com outras pessoas. Tínhamos nossas vidas pessoais e sociais distintas. Ele e a vida dele com a noiva, e eu e minha vida com meus namoros passageiros e ficantes variados. Ele não gostava muito dos meus envolvimentos com outros homens, mas estava aí uma coisa que ele não podia questionar. Eu era livre para isso, e tinha que ter minha vida social por fora já que não poderia formar uma com ele que não pensava em momento algum em terminar com a tal noiva. Na verdade eu já tinha até me acostumado com isso. Ser "a outra" daquela forma para mim era muito conveniente. Bruno me seduzia e muito, mas nunca fiz planos de ter uma vida com ele, pelo contrário, gostava de separar esse estilo de vida do meu mundo pessoal. Era muito gostoso e emocionante, era como ter duas vidas e vivê-las de uma forma só, à minha maneira. Não estava disposta a mudar isto.

Ainda intrigada com a frase dita por Bruno resolvi que não esperaria por uma resposta mais clara, iria questioná-lo até que falasse de uma vez por todas o que estava acontecendo.

- Bruno, não entendo, como eu posso ter traído a sua confiança? Eu não fiz nada. Não que eu saiba e, pelo visto, nem o Senhor sabe!

- Como ousa me desafiar dessa forma?

- Não estou desafiando, amor! Estou cobrando uma resposta para estar agindo assim. Sabe que eu morro de tesão quando faz isso, mas só quando sei os motivos mesmo que não seja nada demais. Assim, sem motivos e com esse jeito que o Senhor está hoje, está me deixando com medo.

- Sabe que não farei nada que você não queira, não sabe?

- Sabe que quero tudo o que vem do Senhor, não sabe?

- Não responda minhas perguntas com outras perguntas! Diga somente: "Sim Senhor!" ou "Não Senhor!". Fui claro?

- Descul... quer dizer... sim Senhor!

- Quer uma resposta, não é mesmo minha cadelinha?! Então escuta o que vou te dizer!

Falando isso, Bruno me colocou de joelhos no chão de uma forma tão brusca que cheguei a sentir uma dor que parecia vir de dentro, como um choque. Fiquei ali, do jeito que ele havia me deixado.

- Olhe para baixo!

Obedeci. Tentando ainda entender seus motivos e buscando lá no fundo da minha memória encontrar algo que eu tivesse feito e talvez pudesse tê-lo deixado magoado ou algo parecido, mas nada. Tudo parecia sem sentido. E Bruno então começou com seu discurso:

- Letícia, não estou aguentando mais! Sei que não combinamos isso mas é impossível eu evitar. Sei que pode não parecer, mas eu gosto muito de você. E não gosto quando a vejo com outras pessoas. Você está desrespeitando o nosso trato. Combinamos que poderia ficar com quem quisesse e até que poderia namorar se assim fosse do seu desejo, porém combinamos também que não faria nada disso na minha frente!

Estranhei muito aquela situação. Sabia que ele gostava de mim, mas não daquela forma, com aquela intensidade. E confesso que apesar do medo que sentia, estava gostando muito de tudo aquilo.

- Bruno, você tem a sua vida e eu a minha. Combinamos assim e nunca deixei transparecer nada quando estamos juntos. Mas quando saio tenho todo o direito. Eu não sou a sua noiva. Eu sou seu brinquedinho. Gosto que você me use, mas não estou a fim de cobranças!

- Se assim quer, assim será!

Bruno fez menção de soltar minhas amarras e uma angústia enorme tomou conta do meu coração. Sabia que ele não gostava de levar desaforo. Se estava me soltando era porque iria embora e talvez não voltasse nunca mais. Tinha que tomar uma atitude para não deixar que aquilo acontecesse. Eu ainda precisava muito dele, na verdade eu o amava tanto quanto ele dizia me amar. Definitivamente não poderia viver sem ele. E isso talvez significasse perder por completo a minha liberdade que eu tanto prezava.

- Senhor, me perdoa! Não foi o que quis dizer!

Bruno parou de soltar as amarrações. Parou por um instante e me olhou com o ar mais sedutor do mundo, deu um sorrisinho sacana de lado, quase imperceptível naquela boquinha maravilhosa que me deixava super excitada.

- Eu sabia que não estava falando sério! Tem que aprender que meus desejos são uma ordem. Se não aceita isso, terá que aprender a viver sem me ter ao seu lado.

Me subiu o sangue naquela hora. Fiquei com muita raiva. Como ele poderia ter sempre o controle da situação? Porque ele sempre estava com a razão? Que dominação era essa que me deixava no chão sem ao menos tocar em mim. Ele estava fazendo de propósito, só podia. Sabia que meu maior pesadelo seria um dia deixar de pertencer a Ele. Seria não ter mais aquele corpo junto ao meu. Aliás, corpo que ele preservava muito bem, e se sentia orgulhoso por isso. Fazia o tipo sarado, apesar de ser 8 anos mais velho que eu (que já estou com 22) ele não deixava isso aparentar nem um pouco, nem no corpo, nem no estilo, nem no jeito de ser. Era um eterno garotão.

Até quis revidar o que ele havia dito, mas estava sem forças, e na verdade não era o que eu queria. Eu realmente gostava de estar nas suas mãos.

- Amor, só me conte o que eu fiz para eu poder entender e não repetir. O Senhor falou sobre várias coisas, mas ainda não achei meu erro.

- Fui te buscar depois do Happy Hour com suas amigas. Cheguei um pouco cedo e te vi saindo de lá acompanhada.

Ah, agora havia entendido tudo. No meio da farra eu encontrei um velho amigo que não via há muito tempo. Foi com ele que sai pra fora por alguns instantes. Estava tão fora de mim que não pensei que alguém poderia estar vendo. Na verdade estava totalmente maluca, pois nessa saída acabei ficando com este meu amigo. E não ficamos só nos beijos não, passamos da conta.

Nós estávamos ao lado da churrascaria, num local mais escondido. Porém nem tão escondido assim pois quem passasse por lá poderia ver eu e ele nitidamente, como aconteceu aliás.
Num cantinho, cheios de tesão, meio altos não sabíamos se por conta da bebida ou pelo desejo que estávamos sentindo naquele momento. Ele tocava meu rosto, puxando pra perto dele, sugando meus lábios com toda a intensidade que ele podia. Colocava a língua dentro da minha boquinha e saia de leve tocando meus lábios terminando com leves mordidinhas entre um suspiro e outro. Já estava toda molhada de tesão. Ele também não conseguia esconder mais o tesão já que seu pau latejava por dentro da calça e, de tão duro que estava já ficava bem evidente, me fazia delirar só de olhar aquele volume todo por dentro da calça do meu amigo. Ele também não estava se contendo. Deslizou as mãos pelos meus ombros passando por trás e alcançando minha bundinha empinada. Deu um aperto tão forte nela que eu quase dei um grito, não de dor, mas de prazer. Ele viu que eu estava gostando e continuou com as carícias, dessa vez um pouco atrapalhado foi descendo as mãos pelas minhas pernas, no fim só as tocava com a pontinha dos dedos me fazendo sentir um friozinho delicioso na barriga. Com uma das mãos, ele foi levantando de leve meu vestido, foi seguindo as curvas da minha bunda até que com a pontinha do dedo indicador ele pode sentir o quanto ele estava me deixando maluca. Resmungou no meu ouvido:

- Se soubesse que conseguiria te deixar desse jeito já tinha tentado antes.

- Seu cachorro! - foi a única coisa que consegui balbucilar na hora. Estava totalmente trêmula, aquele calor do momento não estava me deixando aguentar nas minhas próprias pernas. Mais um suspiro dele no meu ouvido:

- Vem!?! Deixa eu sentir você!

Me derreti toda. Ele que já estava escorado no murinho que tinha perto de nós se sentou nele e, com as pernas entreabertas, me puxou para mais perto e voltou a passar os dedos por cima da minha calcinha, alcançando o clitóris. Fazia movimentos suaves que foram se intensificando à medida que percebia que meus gemidos ficavam mais fortes. Meu corpo ficando cada vez mais mole e eu sentindo o tesão dele com minhas mãos que já passeavam por cima da calça dele. De leve fui abrindo o zíper e acariciando o pau dele por cima da cueca. Não sei nem como consegui puxá-lo de dentro da calça, estava tão duro que assim que saiu pra fora ficou mirando pra cima, na posição certa! Pensava eu. Fiz menção de chupá-lo porém meu amigo não deixou. Estava com muito tesão e disse que se eu chupasse o pau dele eu poderia acabar com a diversão pois ele não conseguiria mais controlar e acabaria gozando. Foi uma pena, já estava sentindo aquele pau quentíssimo dentro da minha boquinha.
Como ele viu que não aguentaria por muito tempo, me levantou (pois havia me abaixado um pouco pra abocanhar o pau dele) e, pegando pela minha cintura, me virou de repente. Se levantou e foi logo beijando minha nuca, me fazendo ter arrepios e tremidas pelo corpo todo. Me encostou na parede fria que contrastava com a quentura que estavam nossos corpos, usou uma das mãos para levantar meu vestido e com a outro foi puxando minha calcinha. Me envolveu com seus braços e desceu a calcinha com a mão na frente perto do clitóris que já estava inchado de tanto tesão. Quando conseguiu abaixar minha calcinha foi com a outra mão por baixo do vestido e alcançou meu buraquinho. Enquanto pressionava com um dedo também me apertava contra a parede e dava mordidinhas na parte de trás da orelha. Nossa!!! Não estava me aguentando...

- Vou gozar! - Disse com a voz trêmula e suave.

Ele não respondeu, apenas parou de tocar meu cuzinho e levantando mais meu vestido se aproximou mais e com toda a força que ele conseguiu ter naquele momento estocou todo o seu pau dentro da minha bucetinha. Subiu as mãos rapidamente pela minha cintura enquanto começava a bombar bem forte, alcançou meus seios, os tirou por cima do decote do vestido. Meus biquinhos estavam durinhos então ele os apertou com aquelas mãos de toques deliciosos. Foi massageando meus seios e continuava no vai e vém. Minhas pernas foram ficando moles, aquele arrepio pelo corpo novamente. Senti minha xaninha esquentando por dentro, tão sensível a cada investida dele dentro dela. Não consegui segurar e...

- Ahhhhhhhhhhhhh...

Amoleci na mesma hora, fazendo meu corpo pesar sobre o membro dele que ainda estocava com toda a força. Não demorou muito e escutei ele urgindo e falando no meu ouvido:

- Sua safada! Toma meu pau! É assim que você gosta né!

E num espasmo de prazer me agarrou por trás e numa estocada bem forte soltou um barulho tão alto que se alguém tivesse passado ali por perto poderia ter escutado:

- Uhhhhhhhhhhh...

Encostamos na parede, os dois corpos bem moles e suados. Aquele cheiro delicioso dos nossos sexos. E voltando à sensação de perigo por estarmos na rua àquela hora e aprontando daquele jeito.
Depois de um tempo nos ajeitamos, trocamos mais algumas palavras, nossos telefones e depois voltamos pra dentro da churrascaria. Realmente tinha sido uma noite alucinante e que, pelo visto, com a chegada de Bruno, não tinha nem começado.



(Continua... :D)

2 comentários:

  1. Sinceramente? Tem muito tempo que não leio um conto tão bom quanto esse! Parabéns! Essa e a minha primeira leitura no seu blog e vou ler todos os textos dele! Senho Etrom

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  2. Letícia, espero que andes por aqui, afinal esses contos são nada mais nada menos que pedaços de sua vida e que em certa medida transformaram você em que és hoje. Assim, acho que de vez em quando bate uma certa saudade das memórias (reais e fantasiadas) que compartilhastes por aqui. Não faço idéia porque sumiu, mas tenho esperança que primeiro: estejas bem, com tudo que a rodeia. Segundo, que tenha dado um tempo nas interações que cercam sua mente e te afastam das prioridades reais do dia a dia. E terceiro, a esperança, talvez tola e vã, de voltar a te cortejar, e conhecer a dona destas letras derramadas em diversas matizes e contornos, que traduzem as diversas letícias que vivem no seu corpo e na sua alma. Tal como diz o nosso poeta do Absurdo, Edgar Alan Poe, continuarei com meu dizer "Letícia, palavra única e dileta da minha triste boca sais". Não queiramos ouvir o redarguir do corvo, não quero, não quero !

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