sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uma Música Brutal - Sétimo Capítulo - Parte 2

- Você está deliciosamente provocante! – ele falou se recompondo daquela paralisia espontânea.

- Aqui está seu contrato! – eu falei levantando a papelada. – Assinado! – ele sorriu reconfortado. Talvez estivesse esperando que eu não assinasse, ou coisa parecida. Percebi pelo seu suspiro.

- Ótimo! – ele analisou. – Agora podemos prosseguir com isso!

- Aqui neste lindo quarto? Não se parece em nada com o local onde estive a primeira vez!

- Qualquer lugar, nas mãos de um bom dominador, pode se transformar em um dungeon! Vai perceber isto ao longo de nossa convivência! – ele falou piscando. Eu sorri, não havia visto por este ângulo. – Letícia, você está linda nesta roupa! Juro que não esperava por toda esta produção e estou aqui pensando, como você consegue ficar tão linda assim em pouquíssimos minutos enquanto as mulheres se matam horas a fio em um salão de beleza?! Mas agora que assinou o contrato eu tenho que alertá-la para uma coisa: desta vez vou perdoar pela superprodução, mas só deve fazer uma coisa quando eu assim permitir!

- Algo mais Mestre? – eu perguntei ressentida. Ele sorriu pelo meu desconforto, mas me acalmou.

- Querida submissa, este foi apenas um alerta, não precisa ficar assim! Mas há algo sim, além de fazer as coisas só quando eu permitir, você deve também solicitar permissão para falar algo, independente de onde estivermos se lá estivermos como Dominador e submissa! Deve ter lido isto no contrato! – ele falou em tom desafiador , porém carinhoso como sempre.

- Eu entendi, Mestre!

- Perfeito! Levante-se! – ele ordenou, eu fiz. Ele me aproximou dele e instintivamente começou a tocar meu corpo com suas fortes mãos. Deslizou pelas minhas coxas, subindo por meus montes até chegar aos meus ombros, apertando-me contra seu peito. Levou a outra mão aos meus cabelos rebeldes e os afagou com ternura buscando em todo o canto do meu corpo saciar seu desejo sentindo meu perfume. Eu, claro, também buscava a cada gesto saciar meu desejo de sentir seu corpo contra o meu. Dérick virou-me de costa para ele, deslizou novamente suas fortes mãos pelas minhas coxas, desta vez seguindo pela linha da virilha. Levantou meu vestido acomodando sua mão sobre minha calcinha, ainda por cima. Esfregou o polegar sentindo minha umidade que já atravessava a lingerie, eu vacilei em minhas pernas, tamanho era o desejo de pertencer a ele naquele exato momento. – Você quer isso, não quer?! – ele sussurrou, senti ondas de prazer percorrerem todo o meu interior. Então arqueei meu corpo dando melhor acesso ao meu sexo sedento por seu toque. Dérick atendeu ao meu subliminar pedido e fez caminho pela parte cavadinha de minha calcinha, chegando até o meu clitóris, onde massageou levemente. Novamente aquelas ondas de prazer, sentia meu corpo pedi mais, então movimentei o quadril fazendo pressão contra o membro dele que já estava rijo mesmo estando preso na calça jeans preta que ele usava. – Ainda não, Lê! – ele falou me afastando. – Quero que tire a roupa! – ele ordenou, continuei obedecendo-o.


Dérick também retirava a sua roupa. Distrai-me quando ele desceu a cueca Box e deixou saltar para fora toda a sua virilidade. Seu pau parecia estar delicioso, veias destacavam sua longitude roliça e eu tive que desviar o olhar para seu másculo peito para não perder o controle. Mas aquele era um estímulo a mais para meus instintos. Músculos singelos delineavam cada gomo de seu tórax e seus braços torneados deixavam evidente o resultado de alguns anos da dança profissional.

– Lê, concentre-se no que está fazendo! – ele ordenou depois de perceber meu olhar secante sobre cada parte de seu corpo. No fundo percebi que ele gostou do jeito que o encarei, mas não deu o braço a torcer.

Quando terminei de tirar peça por peça Dérick me chamou para perto dele, que estava ao lado da cama. Eu fui desejando que ele me jogasse em cima dela e me fudesse com toda a energia que pudesse dispor. Mas não foi o que aconteceu. Primeiro ele ordenou que eu deitasse na cama, em posição ventral. Eu o fiz. Depois ele buscou, em uma cômoda que estava perto de uma penteadeira, do lado inverso ao da janela que dava para o jardim, alguns acessórios eróticos. Estiquei o pescoço para tentar observar, mas fui alertada por ele a não fazê-lo.


- Lê, abaixe a cabeça! – ele ordenou. Mesmo com tantos comandos eu sentia um tom de apelo em sua voz. Com Victor era sempre diferente, ou eu fazia ou eu fazia; não eram ordens, eram ditaduras. Eu sacudi a cabeça com esta lembrança, encolhi meu corpo. Dérick se aproximou, percebeu meu desconforto. – Está tudo bem?

- Sim, está! – eu respondi encontrando consolação em sua aproximação.

- Podemos continuar?

- Sim, podemos!

- Tudo bem, antes de continuar quero saber qual será sua palavra de segurança! – “palavra de segurança”, eu repeti para mim mesma. Para dizer a verdade eu não sabia se era possível parar uma pessoa com apenas uma palavra, pelo menos não uma pessoa descontrolada como Victor. Mas eu sabia, Victor era passado agora. Eu estava agora nas mãos de uma pessoa prudente e em nome desta pessoa eu estava escolhendo minha primeira palavra de segurança dentro daquele novo mundo...

- “São”!

- São? – ele perguntou curioso.

- Isto, “são” de pessoa sã!

- Peculiar! – ele sorriu. – Mas entendo o significado dessa palavra para você, minha doce Letícia! Acredite, eu entendo de verdade! - Dérick sabia ser extremamente gentil e atencioso mesmo enquanto demonstrava seu lado dominador. – Muito bem, bebê... é hora do jogo!

- Hora do jogo? – falei sentindo meu estômago embrulhar. Certamente não estava esperando pelo momento em que eu me transformaria em uma verdadeira submissa, mas eu não recuei desta vez. Dérick, sempre atencioso, compreendeu meu receio e admirou minha coragem, então sorriu singelamente.

- A partir de hoje somos Dominador e submissa! – ele falou chegando perto.

“Wohw!” – eu pensei levantando um sorriso desafiador aos olhos de Dérick. Ele entendeu. Aquilo não soava como “somos ‘namorado’ e ‘namorada’”, ele já estava me tomando... como sua propriedade?! Bem, não havia soado romântico, mas era sexualmente divertido. Meu corpo já começava a corresponder entrando na cena antes que minha mente pudesse acompanhá-lo. – Eu posso ver e sentir os sinais do seu corpo, bebê, mas nem sempre esses sinais se revelam verdadeiros aos meus instintos! Isso quer dizer que se em algum momento você se sentir esgotada, seja fisicamente ou psicologicamente, deve usar sua palavra de segurança! – depois ele me olhou por cima, como se ponderasse. – Você entendeu sub?

- Hurhum! – eu murmurei sentindo seus dedos começarem a massagear minha grutinha lisa.

- Bebê, quando eu lhe fizer uma pergunta sua resposta deve ser “Sim Senhor!” ou “Não Senhor!”, você entendeu? – ele perguntou por fim. Novamente cai no erro e balancei a cabeça como forma de compreensão. Ele pigarreou, mas não disse nada. As regras, claro!

- Sim Senhor!

- Soou melhor agora! – ele se desarmou. – Coloque seus braços acima de sua cabeça, distantes um do outro! – eu obedeci. Então ele saltou da cama e foi até a cômoda, voltou com algo em suas mãos. Senti o pano frio deslizar por um pulso. “Uma algema de couro!”, eu pensei. Logo depois o outro pulso e agora eu sentia meus braços esticados presos um em cada canto da cama. Senti minha mente enviar correntes de sensibilidade pelo meu corpo. Um sorriso retido. Dérick, seu babaca! Do que deveria estar rindo? Não podia conter-se? Tinha que se parecer com Victor em quase tudo? Eu arqueei meu corpo tentando encará-lo, mas ele deslizou a mão até meu ombro e me conteve... com apenas uma leve pressão. – Porque se incomoda tanto quando ouve um sorriso?

“Talvez pelo fato de você e Victor serem tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo?!?!” – eu pensei, mas sentir que não deveria falar. Dérick podia levar o comentário a mal. Mas apesar de estar gostando do que ele me fazia sentir quando me dominava, eu não conseguia entender porque ele e Victor estavam sempre “jogando”. Será que era apenas aquilo que os dois irmãos queriam comigo? Só por eu ter uma alma submissa eles haviam se interessado dessa forma? Mas que diabos aquilo significava afinal? Eu seria uma espécie de “elo” entre aquela eterna disputa entre irmãos? Se fosse eu não queria assim! Eu queria que... que... que Dérick me amasse... não pelo jogo, não pelo meu jeito submisso de jogar, mas por mim... de verdade. E se eu realmente fosse o “elo” que ligava os dois irmãos eu estava decidida a desfazer, ou melhor, faria motim até que Dérick me notasse como mulher, e não como a submissa que seu irmão espancava quando passava dos limites.

Eu faria aquilo sim! Mas talvez mais tarde, porque agora eu estava extremamente inebriada pelo toque sedoso das mãos de Dérick em minhas nádegas, cravando suas unhas vez ou outra em minha saliência. Sua boca estava próxima e também ajudava na brincadeira quando ele soltava levemente sua língua percorrendo a distância de meus dois volumes, indo de uma base a outra. Aquilo me arrepiava fazendo eu me contorcer de tesão. Dérick sabia que eu estava sob seu controle e decidiu dar outro passo. Um estalo leve ecoou brandamente pelo quarto, fazendo eu me assustar e depois repousar na cama, calmamente, empinando meu bumbum para sentir novamente aquele toque sedoso. Uma retribuição pelo esforço e uma compensação por não ter gritado, talvez. Dérick era gentil... do seu jeito.

Novamente sentia meu corpo arquear de prazer quando seus toques se tornaram mais intensos e atravessavam os limites de meus volumes, deslizando cautelosamente entre eles e deixando repousar em meu ânus. Uma investida dele, mas eu não tinha certeza, então, me reprimi. Ele novamente se afastou e após algum tempo no ar sua mão posou estatelada em minha nádega. Desta vez doeu, mas o suficiente para eu apenas me comprimir. Eu gostava do que sentia e não queria que ele parasse por fraqueza minha, eu ainda não havia chegado ao meu ápice por suas mãos, então, ainda estava tudo bem. Ele alisou, beijando na base afetada. Deve ter ficado vermelho, pois ele parou para apreciar.

- Sua bunda está deliciosamente corada! – ele falou vindo me encarar. – E agora seu rosto também! – ele sorriu. Eu abaixei a cabeça, tímida. Inferno! Tinha que estar sempre tão corada em sua presença?

Dérick deslizou seu corpo por cima do meu. Senti-o roçar e seu protuberante membro chocar-se contra minha bundinha quando ele se preparava para levantar. Eu empinei como se pudesse mover seu pau para minha grutinha úmida.

- Impossível bebê! – ele sorriu se afastando. Desta vez voltou com algo gelado, que foi colocado ao lado de minha perna semi-aberta. Ele era um novo mistério com seus diversos brinquedos. Eu gostava, mas não ignorava o medo que todo aquele suspense me fazia sentir. Desejo... medo... uma bela combinação. – Me fez esperar muito tempo por isso, gatinha! Sinto-me no direito de castigá-la por esse descuido! – ele falou descendo a mão com mais força do que na primeira vez. Meu corpo arfou perante a iminência do perigo, mas desta vez eu tinha uma palavra de segurança e isto bastava para eu me concentrar no que viria. – Encare desta forma: você está em treinamento, como no salão em que ensaiamos nossos passos. Eu sempre a conduzo por lá e aqui não será diferente: eu conduzo você! Eu decido quando começa e quando termina! Eu escolho quando pode ou não! Seu corpo me pertence! Suas vontades me pertencem! Resta a você deixar se levar até onde eu deixe que se leve, porque isto também será ditado por mim! Você entendeu, bebê?

- Sim Senhor! – eu respondi sentindo-me ficar mais úmida que antes, se ainda era possível. Sentia necessidade de sua voz, de suas ordens. Minha boceta pulsava tesão e eu o queria bem mais próximo do que ele estava agora. Mas antes que eu pudesse pedir algo Dérick se afastou e aplicou uma chibatada direto em minha nádega. Desta vez doeu e meu grito saiu ao mesmo tempo em que a segunda lapada. Me contorci, mais de prazer. Ele havia me surpreendido. Eu podia realmente sentir prazer com aquilo sem me sentir agredida, ofendida por dentro. Era como se Dérick me libertasse de todo o mal que o irmão havia me feito. E devo admitir, ele fazia isso muito bem!

- A visão fica cada vez mais linda daqui! – ele falou massageando minhas nádegas que agora estavam bastante doloridas. Dor e afago... era uma coisa prazerosa de se sentir.

Quando me acalmei Dérick subiu na cama e abriu mais um pouco minhas pernas, deslizando seus dedos pela minha boceta. Aquele toque era incrível e eu sentia meu clitóris lentamente ficar macio. Eu mexi tentando fazer com que seu dedo deslizasse para dentro da minha boceta, mas Dérick recuou.

- Está tentada, mas não é sua hora de agir, pequena rebelde! É só a minha! Seu corpo é meu divertimento, deve preocupar-se em me servir! – ele falou em tom baixo, mas firme... “como seus dedos sobre meu clitóris”, eu pensei. – Consegue se controlar, bebê?

- Sim Senhor! – eu respondi me consertando sobre a cama.

- Ótimo! Porque não quero que goze até que eu permita! – ele falou introduzindo um estranho objeto em minha boceta. “Um vibrador? Eu já havia usado antes, mas sozinha!”, meu rosto corou. Dérick foi introduzindo aos poucos até enterrar todo o objeto dentro de mim. De repente ouvi um “clic” e senti aquele negócio se mexer como se procurasse algo dentro de mim. O vibrador rotativo fazia um movimento em forma de L dentro da minha bocetinha, Dérick o segurava na ponta, mantendo-o dentro de mim. Seu dedo polegar fazia movimentos uniformes em meu clitóris, tornando o prazer mais irresistível. O outro lado do vibrador, uma pequena polegada, forçava a entrada em meu ânus, mas Dérick não o apertava tanto assim, de forma que esta parte ficou apenas massageando meu buraquinho. Eu gemia e me contorcia naquela cama, tentava me controlar lembrando das palavras de Dérick. Eu não deveria gozar e não iria, porque de alguma forma louca e estranha, a maior parte de minha excitação não estava apenas no brinquedo, mas no controle total que Dérick exercia sobre mim enquanto manipulava aquele brinquedo em meu interior. Ele parecia estar se divertindo com a cena, deleitando-se, e eu não queria estragar aquele ato por egoísmo da minha parte.

Quando meus gemidos ganharam maior intensidade e minha respiração se tornou mais ofegante temi desobedecer de forma imprevisível sua ordem, mas Dérick parecia conhecer como ninguém o meu corpo e, antes que eu pudesse sentir qualquer espasmo amortecedor de prazer, ele desligou o aparelho e parou de movimentar o dedo polegar.

- Como está se sentindo, bebê? – ele perguntou suave e firme.

- Maravilhosa, Senhor! – foi só o que dei conta de descrever. Ele sorriu de forma abrasadora e ligou novamente o aparelho que permanecia dentro de mim. Me contorci, desta vez o efeito foi maior pois eu já estava avançada em minha excitação. Choraminguei sentindo sua mão quente me tocar novamente. Olhei para ele implorando que ele deixasse eu libertar todo aquele ímpeto, mas ele negou apenas fechando a sobrancelha e subindo o olhar. – Por favor, Senhor! – eu tive que pedir, caso contrário acabaria gozando sem sua permissão. – Está delicioso! Porque prolongar tanto? – eu perguntei manhosa.

- Está desrespeitando as ordens sobre falar sem minha permissão! Perguntei antes se pode falar, tudo bem! Ou, se for difícil perguntar, apenas faça algum gesto para que eu entenda sua necessidade de dizer algo!

- Sim Senhor!

- Mas vou te dar o direito a resposta, pois é uma sub que está conhecendo os conceitos agora! Este controle faz parte do jogo, bebê! Enquanto eu a controlo, você só faz o que eu permitir, entende? – ele falava baixinho, mas continuava com o brinquedo movendo-se em mim e seu dedo fazendo maravilhas em meu clitóris.

- É uma tortura! – eu murmurei deliciada. Ele sorriu.

- É um castigo, Lê! Lembra? Pela demora de sua volta! “Volta” porque eu sempre soube que era minha, era só questão de tempo! – ele falou pressionando o vibrador contra meu sexo, agora a outra parte também estava entrando em meu ânus, me fazendo ver estrelas.

- Ah, por favor, me deixe gozar?! – eu murmurei me contorcendo.

- SÓ... COM... O MEU... COMANDO! – ele falou em tom grave e logo em seguida autorizou: - Liberte-se, pequena borboleta! – e eu gozei me rebolando sobre sua mão que ainda tocava deliberadamente meu clitóris.

- Oh, que delícia! – minha voz saiu cantada. Dérick, depois do meu supra-sumo, retirou o brinquedo do meu interior e deslizou o dedo que estava no clitóris, massageando agora minha grutinha molhada pelo meu prazer. Ele retirou o dedo e levou até sua boca, sugando a umidade contida nele. Dérick me deu um tempo para me recuperar do prazer exasperado. Ele retirou as algemas e deitou ao meu lado, fazendo-me colocar uma perna sobre seu corpo e apoiar minha cabeça em seu braço musculoso. Fiquei naquele aparato protetor por quase dez minutos, sem nada dizer, apenas me recuperando. Mas minha curiosidade me puxou do silêncio de forma que eu não pude evitar a pergunta. – Diga-me, Dérick, Victor jamais havia falado sobre você antes... eu nunca sequer havia visto alguma foto sua ou de algum familiar na casa dele... fico me perguntando como dois irmãos se mantém tão afastado um do outro desta forma... – eu conclui por fim, esperando alguma resposta de Dérick. Ele, como eu já imaginava, não ficou muito contente com a pergunta, mas entendeu que responder seria muito melhor do que tentar manter segredo, imitando o estranho modo de Victor encarar os fatos. – Você disse que ia me contar em breve! Ainda estou esperando por um esclarecimento! – eu reforcei.

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