domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma Música Brutal - Décimo Capítulo

- Eu quis dizer, bebê, que você sempre foi uma submissa! E não importa o quanto tente fugir disso, você nunca vai conseguir, simplesmente porque faz parte do seu instinto! – ele me beijou por fim. Seus lábios colaram nos meus de forma suntuosa e eu podia sentir meu coração acelerar a cada investida de sua língua no interior da minha boca. Ele se afastou e eu continuei inclinada, tentando receber mais de sua deliciosa e sedutora boca. Ele se afastou andando pela sala ampliada do apartamento, chegando até a porta do terraço gourmet. Eu voltei a minha forma, ainda necessitada. – Eu me lembro a primeira vez que pisei neste apartamento! – Dérick analisou. – Você tremia como vara verde! – ele sorriu transmitindo aquela sonora e rouca voz para todas as terminações nervosas de meu corpo. Aquilo me fez lembrar o quanto e como eu o desejava.

- Quer água? – eu perguntei tentando retomar minha posição naquele lugar.

- Não ainda, bebê! Você está com sede?

- Na verdade não...

- Então venha aqui, Lê! – ele falou. Eu fiquei sem reação, então continuei onde estava. – Lê! – sua voz soou pela sala e, mesmo estando baixa, o tom grave despertou minha mente. – Aqui! – ele falou apontando a frente dele. Eu obedeci e segui até parar na frente dele. – Chegue mais perto! – eu cheguei e ele me puxou, então andamos até o terraço e paramos na frente da grade do terraço. – Lê, feche os olhos e sinta o vento bater em seu rosto!

- Sim Senhor! – eu respondi sentindo aquele leve sopro sacolejar meus cabelos.

- É boa essa sensação?

- É ótima!

- E essa? – ele perguntou deslizando os dedos sobre o tecido que cobria meus seios. Estremeci.

- Também é! – eu respondi em frenesi.

- E essa? – ele falou na mesma hora em que puxou meu cabelo com sua mão livre. Meu corpo foi para trás puxado pela força. Eu abri os olhos num impulso. – Continuei com os olhos fechados, Lê! – sua voz soou baixa. Eu obedeci. – Responda a pergunta, bebê! – ele falou alisando meu rosto.


- De uma forma estranha... é sim... é boa! – eu murmurei. – Estamos “jogando”?

- Não, bebê, estamos nos conhecendo! – ele falou baixinho ao meu ouvido. Senti sua respiração controlada, mas a contração de seus músculos me dizia que ele estava tão excitado quanto eu. – Você gosta de ser tocada... imagine quantas sensações não sentiria se mais mãos estivessem deslizando pelo seu corpo? – Dérick falou seguindo a linha vertical da minha espinha dorsal. – Você ia gostar? – ele perguntou. Eu olhei desconfiada, pensei em esconder meus sentimentos, mas ele me olhou mostrando que já sabia a resposta. Acabei revelando o que ele já esperava.

- Iria gostar sim...

- Eu soube desde que vi o brilho em seu olhar ao ouvir Samantha confessar para onde ela e Carlos estavam indo! – Dérick falou sorrindo. – E se quer saber... isso me excita bastante! Posso providenciar para que essa “fantasia” se torne realidade, mas por hoje seremos só eu e você, bebê!

- Isso também é excitante! – eu provoquei. Dérick me deitou vagarosamente no chão, me tocando com a mesma velocidade em que me deitava. – Estamos na varanda, Dérick! – eu falei pensando em alertá-lo.

- Algum problema? – ele perguntou sem esperar resposta.

- É que... alguém pode ver...

- Mas ninguém pode tocar, exceto se eu deixar! Fica tranquila, há mais voyeurs do que recalcados! É a nossa festinha particular... – ele finalizou. Continuou deslizando a mão pelo meu corpo.

- Dérick... estamos expostos... – eu insisti. Dérick levantou, fitou em meus olhos. Pareceu ter um olhar reprovador e ao mesmo tempo de desejo.

- Você tem razão... estamos expostos... eu e o corpo que eu comando! Fique de pé, Lê!

Eu o encarei, mas não o obedeci. Por um instante como uma espécie de “flash” vi Victor falando comigo da mesma forma que Dérick havia falado. Aqui havia me travado de certa forma. Eu me senti intimidada, oprimida, abatida. Um desconforto invadiu meu ser inundando meus olhos de lágrimas. Dérick franziu o cenho e mordeu o lábio inferior.

- Há algo diferente! – ele disse. No fundo eu sabia que havia, de fato. Mas eu não queria pensar sobre aquilo, não naquele momento. Dérick agachou-se ao meu lado e se curvou até que eu me encolhesse entre suas pernas como um cachorrinho mimado acolhido pelo dono. – Estou ouvindo! – ele disse tentando me fazer falar algo. Mas era quase impossível, minha garganta estava travada e, se eu tentasse soltar alguma coisa de lá de dentro, seria apenas um choro apreensivo. – Vamos bebê, diga-me o que te incomoda! Eu preciso saber! – “preciso?!”, eu pensei. Aquele realmente era um homem que se importava comigo. Mas o que eu deveria fazer agora? Dizer que fui uma completa irresponsável? Bem, eu não poderia fugir desta conversa por muito tempo. Se minhas suspeitas se confirmassem, logo seria tão evidente do que escrever “casa de sexo” em um bordel.

- Eu não tomo anticoncepcionais... e eu sei que deveria ter te contado antes... mas agora... está tão atrasada... e logo vai aparecer... e...

- Calma, Lê! – Dérick me interrompeu, segurando em meu queixo. – Respira! Está tentando me dizer que...

- Que eu posso estar grávida... – falei entristecida e envergonhada, abaixando a cabeça. Mas Dérick me fez olhar para ele novamente.

- Isso não é uma tragédia, bebê! – ele me falou sorrindo carinhosamente. Percebia o brilho que crescia em seus olhos. Deus, isso não estava acontecendo!

- Não deveria ficar feliz com a notícia! – eu murmurei me sentindo como quem acabara de chutar o castelo de areia que uma criança teve muita dificuldade em construir. Pelo visto, um filho era um dos desejos de Dérick, e eu estava destruindo isso.

- O que quer dizer com isso? E porque esses olhinhos tão caídos? Um filho é uma benção, Lê! Eu ia adorar ter um filho com você e...

- Pare, Dérick! Não torne isso mais difícil, por favor! – eu falei entre lágrimas.

- Céus... agora entendo o que quis dizer... – ele falou desabando entre suas expectativas. Para se recompor acabou sentando na cadeira da varanda – Mas eu ainda posso ser o pai desta criança... se houver uma... você ainda nem fez exame! Ou fez?

- Fiz de farmácia...

- E deu positivo?

- Sim...

- E quando pretendia me contar?

- Estava criando coragem...

- Hum... com a menstruação atrasada e um exame de farmácia positivo... dificilmente o resultado laboratorial daria um resultado diferente.... – Dérick falou refletindo. Depois me puxou para junto dele, fazendo-me sentar em seu colo. Ainda me acolhia... mesmo depois de tudo.

- Sinto muito! – eu murmurei.

- Este bebê é meu, Lê! E eu não vou aceitar que nenhum exame diga o contrário! – Dérick falava de forma gentil, carinhosa, alisando minha barriga. – Estou com você, bebê! Eu serei o pai desta criança... independente de qualquer coisa! – ele falou me beijando e me pegando no colo. Dérick me conduziu até meu quarto, onde fechou a porta comigo ainda em seus braços. Depois ele me deitou na cama. Senti meu jeans se arrastar contra minhas pernas até cair no chão. Depois a blusa. A lingerie logo em seguida. E em poucos minutos eu estava nua. Dérick fez o mesmo processo, ele mesmo. Retirou o jeans. Depois a blusa, revelando todos os seus músculos. Logo em seguida a cueca Box, deixando revelar agora a protuberância gigantesca de seu membro. Pude sentir o cheiro de sua lubricidade, me fez ficar molhada também.

Dérick subiu beijando minhas pernas, deslizando suas mãos entre minhas coxas, chegando até minha virilha. Mas não parou lá. Subiu suas mãos mais um pouco, alcançando meu ventre. Ele me beijou ali, acariciando minha barriga como se pudesse proteger qualquer coisa que se encontrasse dentro dela apenas com seus toques. Não era um toque sexual, era diferente, algo no estilo protetor, terno. Voltei a me sentir confortável perto dele. Sabia que Victor jamais teria esse cuidado comigo, mas Dérick... era um verdadeiro gentleman.

Eu o agarrei pelos cabelos, levemente. Ele virou-se para me ver, levantando os olhos e alcançando os meus. Ficou me contemplando por algum tempo, sem nada dizer. Depois voltou a acariciar minha barriga. Desceu sua cabeça beijando cada espaço, cada detalhe, enquanto desenhava abstratamente em meu ventre. Então Dérick subiu até ficar cara a cara comigo.

- Seu corpo é meu, bebê! – ele falou enquanto encaixava seu pênis próximo a minha grutinha. – Tudo que está nele também é meu! – ele falava e afundava lentamente seu pau dentro da minha grutinha. – Seu prazer, seu ventre, seu bebê... são também meus! – Dérick estocou profundamente, até que eu senti seu grosso membro preencher toda a minha bocetinha, tão quente e aveludado ao mesmo tempo em que era tão duro e latejante.

- Uhh... – eu gemi. Ele estocou. Outro gemido meu seguido do dele. Outra estocada. E mais uma. E uma investida mais profunda e mais forte. Eu tentei recuar, sentido-o muito grande dentro de mim. Ele me segurou.

- Não vai a lugar algum! – Dérick sussurrou com voz tão melosa quanto a minha. Enfeitiçado.

- Ohhh... – eu gemi, me contorcendo.

- Não agora!

- Por favor... não controle... quero gozar... – eu balbuciava. Seu pau quente, grosso, inconveniente, se fazia presente dentro de mim. E cada investida me levava a um êxtase inebriante, exigente. Queria gozar, era praticamente impossível segurar, e ele não estava sendo bonzinho comigo dando todas aquelas estocadas deliciosas. Dérick acelerou nas investidas e eu senti sua mão tocar meu clitóris. Como se não bastasse! – Quero gozarrrr... – o vai e vem não parava, estava sendo impiedoso. Estocadas fortes, compassadas. Seu membro quente dentro de mim, tomando todos os espaços, meu clitóris sendo pressionado pelo seu dedo polegar... e ele queria que eu não... – Oooohhhhh... – gozasse...

- Menina má! De quatro agora! – ele falou se afastando. Eu ainda estava atribulada depois de ter gozado deliciosamente. – Terei que repetir? De quatro agora! – ele ordenou calmamente. Senti um frio na espinha. Havia desobedecido uma ordem... e agora... o que ele faria?

- Sinto muito, Dérick...

- Você vai sentir um pouquinho mais! – ele sorriu maliciosamente. Depois subiu atrás de mim, segurando meus cabelos. – Vou ter que maneirar com os castigos fortes, mas tenha certeza de que eu não irei bani-los! Mesmo que sua gravidez ainda seja apenas uma suspeita, faremos com cuidado. Mas ainda assim, faremos! – Dérick finalizou acertando um forte golpe em minha nádega. – Conte, sub!

- O quê?!

- Conte! – ele acertou outro golpe.

- Aii... um! – seguido de outro golpe. Ele esperou, eu não contei. Então novamente outro golpe.

- UM! – ele disse.

- Ahh... um! – outro golpe. – Dois! – mais um golpe, dessa vez mais firme. – Três! – mais um golpe, forte, violento.

- Pare de contar e me diga porque está sendo castigada! – ele esperou, eu refletia. Neste meio tempo senti outro golpe que me fez endurecer. – Estou esperando, Lê!

- Eu... eu... estou sendo castigada porque... ehrr... porque...

- Porque?

- Porque não o obedeci? – senti um tapa forte, agudo, com certeza deixou marca.

- Está sendo castigada por ser tão impaciente! Você entende isso, Lê? – ele perguntou com voz firme, mas equilibrada, sem alteração em seu tom. – Meu prazer não está em castigá-la, Lê. Meu prazer consiste em satisfazer as necessidades do seu corpo, que pertence a mim, satisfazendo assim as minhas necessidades! Você pode compreender isso, bebê? – ele foi gentil, virando meu rosto e esfregando o polegar em minha bochecha. Eu balancei a cabeça. Certamente havia entendido... e aquilo me excitava de tal forma... que eu parecia querer derreter em suas mãos. De repente outro golpe duro, bem alinhado, acertando onde já havia marcado antes. Eu soltei um grito. – Eu aprecio ter sua boceta molhada como resposta. Mas neste caso eu preciso ouvir de sua linda boca, bebê. Quero saber se me fiz entendido! – ele falou, o tom equilibrado não desaparecia, mesmo eu testando sua paciência. Parecia ser a pessoa mais controlada do mundo, e desde que eu estivesse testando tanto sua infinita calma, eu podia ser considerada uma das crianças que a “Super Nanny” tenta reeducar. De fato, eu não queria parecer uma criança rebelde.

- Eu compreendi perfeitamente, meu amor! – eu respondi da forma mais mansa que consegui expressar. Tendo minha obediência e aquela certa palavrinha mágica sendo contemplada pelos olhos perplexos, e porque não dizer extasiados, de Dérick.

- Você disse...

- Sim, eu disse... – eu confirmei.

- Repita!

- Eu compreendi perfeitamente, meu amor!

- Não. Repita apenas a última frase!

- Meu amor! – Dérick ouviu como se ouvisse a maior sacanagem do mundo, havia ficado extremamente excitado com essas palavras. Ele se aproximou, ainda por trás, encaixando seu pau entre minhas pernas, parando em frente a minha pequena grutinha úmida. Forçou a entrada lentamente.

- Quero que repita essa frase! – “Uau!”, eu pensei. Desde quando “meu amor” havia se tornado uma frase tão erótica? Eu o encarei tentando encontrar alguma resposta, mas ele apertou o olhar. Eu estava prestes a errar novamente, mas me virei e... apenas fiz o que ele ordenou, porém com todo o meu sentimento embutido nesta mesma ordem.

- Meu amor! – ele estocou com toda a força. Eu estremeci. Me admirava eu conseguir ficar excitada por mais de uma vez durante a mesma noite estando envolvida em uma cena erótica com um parceiro. Nunca consegui isso com Victor antes. Dérick era meu homem diferente... – Meu homem? – acabou escapando em voz alta. Me senti constrangida por expressar tal pensamento, mas Dérick apenas sorriu, estocando ainda mais forte. – Ahhh... eu não... eu não quis... dizer... – eu tentava falar, mas as palavras saiam entre gemidos instigados pelas estocadas magníficas que Dérick dava em minha bocetinha.

- Desde que seja minha mulher, terei prazer em ser seu homem! – ele falou puxando meus cabelos e enfiando seu pau até suas bolas encontrarem meu cuzinho apertadinho. – Quente! – ele sussurrou. Eu apenas me contorcia em cima da cama, possessa por suas mãos, seus braços, sua dominação. Dérick levou seu dedo até meu clitóris e o apertou fortemente. As sensações das estocadas se uniram às sensações transmitidas pelo movimento que Dérick fazia em meu grelhinho. Eu precisava gozar novamente. Era uma necessidade estar em suas mãos e me entregar ao prazer que só ele conseguia me proporcionar. Eu me contorci e... – Eu também te amo! – Dérick falou por fim, fazendo acender todas as intensas chamas reprimidas em meu corpo. Gozei como um vulcão que entra em erupção. Meus gritos as explosões. Meu suor, a larva derretendo todos os obstáculos do prazer. Meu ápice. Senti o membro rijo de Dérick pulsar entre minhas entranhas. A explosão também havia acendido cada um de seus instintos e ele gozou sentindo as mesmas vibrações que saiam de meu corpo. Éramos um naquele momento. Éramos nós. Completos. Saciados. Ele deitou meu corpo na cama, se aproximou e se aconchegou entre os travesseiros, depois me puxou fazendo com que eu apoiasse minha cabeça em seu peito forte, másculo.

- A palavra amor pode ser tão afrodisíaca quanto xingamento sujo na hora do sexo! – eu refleti, sorrindo.

- Fácil, bebê. Posso fazer uma sub me chamar de “meu Mestre”, “meu Dono”, entre outras coisas, apenas com um comando. Mas jamais poderei forçá-la a dizer “meu amor”!

- Como assim?

- Amor é algo que vem do coração. E um dominador pode ordenar que sua sub faça qualquer coisa por ele, mas ele nunca conseguirá ordenar que ela o ame. Este é um privilégio para poucos: estar com quem se ama e saber que esta pessoa compartilha os mesmos desejos que os seus. É ágape!

- Eu o amo, Dérick!

- Eu também amo você, Letícia!

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